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Razões pra empoderar uma garota a explicar feminismo pra um cara

Jovem formada em Rádio e TV usa o Facebook para disseminar campanha a favor das mulheres. You go, girl!

Por Isabella Otto Atualizado em 15 ago 2018, 11h27 - Publicado em 30 nov 2015, 14h40

A montagem a seguir foi feita com imagens que circularam recentemente nas redes sociais. Cada uma delas representa um dos muitos discursos que nós, garotas, já estamos cansadas de ouvir, como, por exemplo, aquela velha história de que lugar de mulher é em casa, fazendo os afazeres domésticos. Alô-ow! Em 2015, a primeira lei trabalhista brasileira direcionada especificamente ao sexo feminino, criada em 1917, completa 98 anos e tem gente que ainda está nessa?

Aos 23 anos, Maynara Fanucci percebeu que era hora de criar um movimento online para dar um basta nessas formas de machismo. Principalmente, porque essas falas, muitas vezes, acabam saindo da boca de garotas, que, como discutimos anteriormente na CAPRICHO, não deveriam gongar garotas. “Muitas coisas que dizemos na rua, escutamos primeiramente em casa. O conteúdo já vem todo mastigado. Feminismo é uma dessas palavras que podem dar medo, pelo injusto peso pejorativo que ela ainda carrega”, explica a idealizadora da campanha “Empodere Duas Mulheres”.

Com quase uma semana de vida, o projeto já impactou mais de 160 mil pessoas. O diferencial é que, nele, Maynara não pretende explicar o conceito de feminismo, mas fazer as meninas entenderem o princípio básico do movimento, que é a sororidade. Ou, em termos mais claros, a importância de você vivenciar experiências de outras garotas e buscar alguma forma de apoiá-las, para, assim, dar um basta na opressão e na desigualdade entre gêneros.

A CAPRICHO, em parceria com a idealizadora da campanha, listou 7 motivos para você empoderar duas amigas e contribuir com essa corrente do amor:

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1. O empoderamento quebra barreiras

Quando você dá poder a uma amiga, você dá voz aos sentimentos dela. É como se você desse um voto de confiança e acreditasse nela para valer! Parece algo meio bobo, mas é desse jeitinho que você vai superando as barreiras pratriarcais que existem há séculos. “Empoderando você encoraja. Não existe corpo ideal ou garota ideal. Existe o que você quiser que exista”, esclarece Maynara.

2. Empoderar é bem melhor que competir

Você já deve ter escutado um menino ou até mesmo uma colega de sala dizer que garotas não têm amigas, pois são muito competitivas e até se vestem para impressionar as rivais. Quando você dá poder a uma menina, você acaba com toda essa rivalidade e, acredite, vive mil vezes mais leve sem toda essa cobrança. Maynara explica o motivo: “ouvimos o tempo todo que mulher não pode ser isso e não pode fazer aquilo, para não ficar mal falada, e que deve cuidar do corpo de tal forma para deixá-lo de acordo com os padrões de beleza. O machismo faz com que as garotas vivam em constante competição, quando, na verdade, deveriam ser pura e simplesmente aliadas”.

3. Apoiar outras garotas é o princípio básico do feminismo

“A troca de experiências conforta uma parte das mulheres que se sente incomodada com a opressão e faz com que a outra metade, que, eventualmente, ainda não consegue enxergar o quão machista é a nossa sociedade, sinta-se tocada”, conta Maynara. Afinal, os homens não precisam lutar a favor do movimento.

4. Compartilhar experiências te faz abrir os olhos

“Eu já tive meus 13, 15, 17 anos. Você precisa ser uma boa filha, estar dentro dos padrões, mas não exagerar para não ficar com má fama. Precisa agradar um namorado e trocar de roupa quando ele disser que aquela está muito curta. Conhecer seu corpo e se descobrir, pois dizem que é importante, mas fazer isso sem se sentir culpada depois. Não é fácil, mas quando você descobre que acontece igual com a amiga, fica menos aterrorizante”, afirma May. A mesma coisa acontece quando você descobre que não foi a única assediada no metrô, que não foi a única que se sentiu invadida por uma cantada no meio da rua ou que foi agarrada por um menino sem noção na festa e ainda precisou sorrir para não parecer grossa. A troca de vivências, de conselhos, de amor, é a saída.

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5. As mulheres não têm obrigação de explicar o conceito de feminismo para os homens

“Para isso existe o Google, não é mesmo?”, brinca. Não é que os homens não precisam ficar a par dessa luta, muito pelo contrário, mas eles jamais serão os protagonistas dessa batalha. Por isso, é preferível, de acordo com a idealizadora da campanha, perder energia e ganhar tempo dando força às garotas a gastar saliva explicando a um rapaz o porquê do movimento ser tão importante. “Enquanto isso, muitas mulheres também continuam sem entender o motivo e elas devem ser as principais impactadas”, esclarece.

6. Opressor e oprimido nem sempre convivem em harmonia

Para não falar nunca! Isso é justificado por um simples fato: o privilegiado nunca quer abdicar de tudo aquilo que lhe favorece. Fica muito difícil incluir o opressor dentro de um movimento de oprimidos. É por isso que a campanha da Maynara é e sempre será de menina para menina. “Muitos caras se dizem feministas para agradar, mas, na prática, continuam fazendo tudo aquilo que os tornam machistas”.

7. Você é a primeira pessoa que precisa se libertar de estereótipos

Quando alguém te coloca láááá em cima, você não fica com uma sensação de “eu posso, eu consigo”? É esse sentimento que, muitas vezes, te dá coragem para ir além, se abrir, se aceitar, lutar por um sonho. Teoricamente, você tem liberdade de se vestir do jeito que bem entender, ficar com quem quiser e quando sentir vontade, se depilar com cera, com lâmina ou até mesmo não depilar. Contudo, na prática, as coisas não são tão simples. Muitas vezes, a garota não se sente segura para tomar tal decisão. Autoestima é o primeiro passo para a quebra de paradigmas. Como já dizia Demi Lovato: “minha armadura é feita de aço. Você não pode entrar nela. Sou uma guerreira e você nunca poderá me machucar!”

Para curtir a página da campanha “Empodere Duas Mulheres” no Facebook e saber mais sobre ela, clique aqui .

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Comportamento
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