Ufa! Sobrevivemos a uma das eleições mais intensas desde a redemocratização brasileira. Tá tudo bem por aí? Por aqui também. Mas como eleição boa é aquela que rende, a gente sentiu que precisava fechar esse ciclo com um relato bem importante: aquele de quem votou pela primeira vez e participou de forma ativa do período eleitoral.
Bruna Nunes tem 20 anos, é estudante de jornalismo e estagiária de comportamento aqui da CAPRICHO. Desde abril deste ano você deve ter visto a carinha dela por aí. Isso porque ela foi quem apresentou, quinzenalmente, o programa CH na Eleição nas nossas redes sociais. Ela te explicou a importância do voto consciente, como acompanhar debates, porque este ano o protagonismo seria das meninas e mulheres – e muito mais. Todos esses vídeos você pode assistir aqui.
E mais: ela votou pela primeira vez e contou um pouco dessa experiência pra gente, relatando uma sensação que, temos certeza, muitos que fazem parte da nossa galera também sentiram.
É importante registrar momentos como esse porque, como a gente já contou por aqui, esse ano batemos o recorde de adolescentes registrados para votar. Depois das campanhas de incentivo deste ano, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) anunciou que mais de 2 milhões de jovens entre 16 e 18 anos fizeram o registro para votar. Legal, né?
eu vi muitos jovens votando e ver isso me deixou bem entusiasmada, perceber que tem gente que se mobiliza real para fazer a diferença na realidade do país é muito legal!
Bruna Nunes
Pra nossa galera, o voto é facultativo – como vocês bem sabem, né? -, mas ver tanto adolescente colocando a mão na massa e fazendo parte desse momento histórico da nossa política é incrível – e com certeza influenciou nos resultados registrados pelas urnas.
Com isso em mente, bora entender como foi a experiência da Bruna? Vale lembrar que o nosso papo rolou logo após o primeiro turno, justamente para registrar a novidade do primeiro voto.
No segundo turno – um spoiler – ela precisou fazer todo um malabarismo pra votar porque quebrou o tornozelo e a acessibilidade, infelizmente, ainda não está em todos os espaços. Mas no final deu tudo certo e ela conseguiu chegar à urna.
CH: Bru, como foi a sua preparação pro primeiro turno das eleições?
Bruna: Olha, vou confessar que estava muito ansiosa! Eu conversei com muita gente, procurei bastante sobre como funciona o processo eleitoral… (acompanhei o CH na Eleição, né? Hahaha!). No dia, eu conferi umas trezentas vezes o que eu tinha que levar e a minha colinha! Confesso que conferi até o último minuto!
Falando nisso, como foi o dia? Você chegou cedo? Pegou fila? Como tava o ambiente?
Eu não consegui chegar cedinho, mas fui na hora do almoço e peguei uma fila bem rapidinha para entrar na sala. Eu voto em uma escola aqui do meu bairro, então vi muita gente que eu conheço lá, inclusive parecia uma reunião familiar, encontrei primo, tio, fui com meu pai, meu irmão e minha melhor amiga porque votamos no mesmo lugar! Ver gente que eu conheço e compartilhar o momento com essas pessoas deixou o ambiente menos intimidador… apesar de eu ver muita gente que claramente tinha um posicionamento político diferente do meu, eu respirei e pensei “democracia, né?”. Eu também pude observar muitos jovens que foram com os pais e vi gente dividindo a cola eleitoral, etc. Ao mesmo tempo, eu vi muitos jovens votando e ver isso me deixou bem entusiasmada, perceber que tem gente que se mobiliza real para fazer a diferença na realidade do país é muito legal!
Bora pro momento: como foi a sua passagem pelos mesários?
Acho que eles perceberam o quanto eu estava animada! Tem a paranóia de dar algum problema no meu título ou em algum documento, então mesmo eu sabendo as coisas, como onde deixar o celular, eu perguntava só pra confirmar!
E na hora de votar mesmo? O que rolou? Você ficou nervosa? Como foi?
Eu estava super nervosa! Fiquei encarando um tempinho antes de apertar em “confirmar”, e fiquei me perguntando “será que votei certo?” “Será que to demorando demais?” “É esse número mesmo né?”
Depois de votar, o que você sentiu? Acompanhou as apurações? Como foi?
Me senti “A cidadã”! Senti que estava fazendo o que era meu dever, senti que realmente depositei meus ideais nos votos e fiquei com uma sensação de dever cumprido. E eu acompanhei as apurações ao vivo, foi um misto de emoções, parecia uma final de jogo, e é né? Ali tava em jogo o governo do meu país nos próximos anos… impossível não ficar nervosa! Fora que também pude perceber o posicionamento das regiões do país, etc, isso é muito interessante de observar.
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