A rotina normal, sem precisar de máscara e com segurança de sair para se divertir com os amigos num lugar cheio de gente, faz com que os tempos sombrios da pandemia pareçam ficar cada vez mais distante – ufa, o que realmente é um alívio. Mas as marcas desse período complicado ainda permanecem em nós, principalmente nas famílias que perderam alguém especial, mas também nas mais diversas áreas da nossa vida.
Você, jovem leitora da CAPRICHO, que precisou encarar do nada o estudo remoto e ficar tanto tempo longe da sala de aula vai entender do que estamos falando. A educação brasileira foi muito impactada nesses últimos anos de crise sanitária e nós ainda estamos lidando com tudo isso. Vamos te ajudar a olhar para essas consequências e você vai ver que você não está sozinha nessa, viu?
A UNICEF e a Rede de Conhecimento Social mostraram o problema em números no relatório “Jovens e Ensino Médio”. Eles apontaram que 7 a cada 10 estudantes do ensino médio sentem que ficaram para trás em seu aprendizado por causa da pandemia. Preocupante, né? Outra dado que chama atenção é que 4 a cada 10 estudantes no Ensino Médio pensaram em parar de estudar em 2022.
Segundo a pesquisa, que ouviu mais de 16 mil adolescentes, muitos desses estudantes estão pessimistas sobre seu desenvolvimento nos estudos e não têm boas expectativas em relação ao mundo do trabalho que os aguardam.
Além do aspecto educacional, a alimentação, condicionamento físico e qualidade de vida desses jovens foram impactados pela pandemia – e é preciso olhar com muita atenção para isso também, viu?
Para ter uma ideia do problema: 9 a cada 10 estudantes do ensino médio relatam ter sentido alguma condição de saúde por conta da pandemia, sendo que as principais são ansiedade, uso exagerado de redes sociais e exaustão. O estado emocional e a qualidade do sono são vistos como regulares ou péssimas por quase 6 a cada 10 deles.
E quais são as soluções?
O UNICEF, que é uma agência das Nações Unidas responsável por defender e proteger os direitos de crianças e adolescentes, além de criar oportunidades para que alcancem seu pleno potencial, separou setes recomendações que precisam ser pensadas pelas autoridades, pela sociedade em geral e pelos próprios jovens, que podem ajudar a disseminar essas necessidades. Vem ver!
- Priorizar investimentos em políticas sociais;
- Ampliar a oferta de serviços e benefícios aos(às) adolescentes mais vulneráveis;
- Fortalecer o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente;
- Implantar com urgência políticas de busca ativa escolar e retomada da aprendizagem;
- Implementar formas de identificar precocemente as famílias vulneráveis a violências;
- Promover e fortalecer oportunidades no ambiente escolar e na transição de adolescentes para o mercado de trabalho;
- Ouvir adolescentes e jovens que querem se engajar, ter participação na política e na sociedade.