ais uma vez a polícia deteu a ativista jovem Greta Thunberg, de 21 anos. Desta vez, o motivo foi o seu envolvimento em uma manifestação pró-Gaza em frente à Universidade de Copenhague, na Dinamarca, realizada nesta quarta-feira (4).
Segundo a agência de notícias internacional Reuters, a informação foi confirmada por um porta-voz do grupo de estudantes que organizou a manifestação, chamado Students Against the Occupation (Estudantes contra a ocupação, em tradução livre; o coletivo se refere à ocupação de Israel em Gaza e é de origem palestina).
Com Greta, outras seis pessoas também foram detidas no local após bloqueios serem realizados na porta da Universidade. Uma foto publicada pelo jornal local “Ekstra Bladet” foi divulgada (clique aqui para ver); nela, a ativista aparentemente está sendo escoltada para um carro com algemas.
Ela também aparece com um keffieh, lenço tradicionalmente usado no Oriente Médio que se tornou símbolo da causa palestina ao redor do mundo. Horas depois, ela foi liberada da detenção.
Mundialmente conhecida por sua campanha para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, a jovem nascida na Suécia tem assumido cada vez mais protagonismo em protestos sobre a causa palestina. Em maio deste ano, ela afirmou que “todos deveriam estar protestando” contra a guerra.
Ainda em maio deste ano, Greta também participou de um protesto contra a participação de Israel durante o festival Eurovision 2024. Á época, pelo menos 10 manifestantes pró-palestinos foram presos na cidade sueca de Malmo.
A trajetória de Greta
A ativista começou a receber reconhecimento midiático em agosto de 2018, quando, no dia 20, começou a protestar em frente ao Parlamento da Suécia contra as recentes ondas de calor e os incêndios que invadiram o país.
Greta atraiu ainda mais a atenção porque, no horário em que estava protestando, deveria estar na escola. Com o apoio dos pais e uma placa com os dizeres “Skolstrejk för klimatet” (“em greve escolar pelo clima”).
Ela já discursou na Cúpula do Clima, evento da ONU (Organização das Nações Unidas), foi indicada ao Nobel da Paz e capa da revista norte-americana Time em 2019. Nos últimos anos, ela afirmou publicamente que não irá participar destes eventos – já que os entende como “blá, blá, blá.”