“Nós estamos exaustos, mas cheios de amor e raiva.” É assim que Greta Thunberg define seu sentimento sobre 2023, em postagem no Instagram neste sábado (30). No texto, a ativista ambiental relembra acontecimentos marcantes do ano, como guerras, desastres climáticos e como as desigualdades foram intensificadas.
“Também foi outro ano onde pessoas em posições de poder lutaram para manter seus negócios violentos como de costume, por meio de mentiras perigosas, discursos de ódio e greenwashing”, escreve.
A ativista não poupou palavras para se revoltar e lembrar da situação atual da luta pelo planeta e daqueles ativistas e defensores do meio ambiente que foram mortos.
“Parece que não há limites para onde vão para se defender da exploração das pessoas e do planeta para benefício próprio. Ignoram a ciência tanto quanto os gritos dos próprios filhos e das pessoas que são mais afetadas.”
Apesar dos acontecimentos desastrosos contra a humanidade cometidos, segundo Greta, por pessoas em posição de poder que fariam de tudo para se manter onde estão, o ano de 2023 também representa mudanças positivas, com a luta das pessoas sendo cada vez mais intensa.
“Foi também o ano onde pessoas lotaram as ruas, resistiram, defenderam suas terras e lutaram pelos seus direitos e liberdades”.
Para Greta, foi um ano de solidariedade global, onde houve a união pela justiça climática. Esses fatores, principalmente, são essenciais para a continuidade do movimento. É por isso que a ativista é categórica ao afirmar que não existe outra alternativa: “Nós não podemos tolerar que as coisas continuem assim.”
Por isso, ela lembra que embora estejamos exaustos, também “estamos cheios de amor e raiva”. A esperança para o próximo ano é de que 2024 seja o ano da “mobilização, solidariedade e responsabilidade.”
Quem é Greta Thunberg?
A ativista de 20 anos começou a receber reconhecimento midiático em agosto de 2018, quando, no dia 20, começou a protestar em frente ao Parlamento da Suécia contra as recentes ondas de calor e os incêndios que invadiram o país. Greta atraiu ainda mais a atenção porque, no horário em que estava protestando, deveria estar na escola. Com o apoio dos pais e uma placa com os dizeres “Skolstrejk för klimatet” (“em greve escolar pelo clima”).
Ela já discursou na Cúpula do Clima, evento da ONU (Organização das Nações Unidas), foi indicada ao Nobel da Paz e capa da revista norte-americana Time em 2019.