Greta Thunberg é detida durante protesto climático na Alemanha
Contra a expansão de uma mina de carvão mineral, a sueca de 20 anos e outros ativistas foram retirados carregados do local
A ativista Greta Thunberg foi detida durante um protesto realizado próximo à cidade de Luetzerath, no interior da Alemanha, na tarde desta terça-feira (17). A sueca de 20 anos estava na companhia de outros ativistas e o grupo protestava contra a extinção de uma vila operária para a expansão de uma mina de carvão mineral a céu aberto.
O foco da manifestação era ambiental, uma vez que o crescimento da mina significaria uma maior emissão de gases tóxicos na atmosfera. Além disso, os ativistas lutavam para que os moradores do local não tivessem suas casas destruídas.
Greta Thunberg carried away from protest by German police https://t.co/ff0BF4D0H4 pic.twitter.com/v1x7K0eUWQ
— BBC News (World) (@BBCWorld) January 17, 2023
Em contrapartida, autoridades locais disseram que a expansão da mina é inevitável, ainda mais por causa da guerra entre Ucrânia e Rússia, que deixou muitos países europeus, como a Alemanha, em crise de abastecimento energético.
Greta foi retirada do local carregada por policiais e foi encaminhada para a delegacia, onde deve ser ouvida. As autoridades, contudo, não informaram oficialmente o que deve acontecer com a sueca e com os outros ativistas. Nas redes sociais, um movimento a favor da ativista jovem ganhou repercussão.
A cara de tranquilidade da Greta Thunberg ao ser presa por protestar numa mina de carvão é de quem sabe que sua prisão não será em vão. Conectar ativistas climáticos com acesso ao poder com quem tá no front da causa fortalece a causa e cria um novo tipo de ativismo pic.twitter.com/7HsJlmXWWY
— Giovanna Nader (@Giovannader) January 17, 2023
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My solidarity with @GretaThunberg, arrested today at a protest against the expansion of a coal mine in Germany. / Minha solidariedade a Greta Thunberg, detida hoje em um protesto contra a expansão de uma mina de carvão mineral na Alemanha. pic.twitter.com/L25kncw6cf
— txai suruí #MarcoTemporalNão (@walela15) January 17, 2023
Solidariedade à ativista Greta Thunberg, presa hoje na Alemanha durante uma manifestação contra a demolição de uma vila para exploração de carvão. A LUTA CONTRA A MUDANÇA CLIMÁTICA NÃO PODE SER CRIMINALIZADA pic.twitter.com/2unljT3DYE
— Ediane Maria (@EdianeMariaMTST) January 17, 2023
A tranquilidade da Mona
Continua após a publicidadeGreta Thunberg pic.twitter.com/zu3BV3YCMX
— Greg (@ukulwa7) January 17, 2023
Thunberg é um dos principais nomes do ativismo ambiental. A jovem ficou conhecida mundialmente em 2018, quando, aos 15 anos, liderou um movimento que ficou conhecido como Fridays for Future. Naquele ano, às sextas-feiras, ela e outros estudantes faltaram às aulas para protestarem em escolas e empresas, pressionando pelo combate à crise climática, um movimento chamado de “Greve pelo Clima”.
No mesmo ano, Greta marcou presença na Conferência do Clima da ONU, realizada na Polônia, e na ocasião fez um discurso pra lá de cético, dizendo que a conferência estava desmoronando. “A ciência é clara, mas a ciência é ignorada(…) Eu esperava que fosse mais ação e menos conversa“, disse a ativista.
Na edição seguinte do evento organizado, a sueca também demonstrou seu descontentamento com relação ao que acontecia no encontro e posicionou-se nas redes sociais. “A COP26 acabou. Aqui vai um breve resumo: blá-blá-blá. Mas o trabalho de verdade continua fora dos salões, e nós nunca vamos desistir.”
Esta edição do evento, a jovem não foi ao local por acreditar que “o espaço para a sociedade civil este ano é extremamente limitado”. Ela também chamou atenção ao fato de que as conferências são realizadas principalmente com o objetivo de chamar atenção para os governos e líderes mundiais e que não tem foco em soluções que, de fato, tenham resultado.
Sabe aquela pessoa que quer a glória por fazer simplesmente o mínimo? Então. Mas alô, galera em espaços de decisão! Estamos insistindo há tempos que existem grandes chances de não existir um futuro nos próximos anos. Pesquisas indicam que, nos últimos 20 anos, mais de 75% da floresta perdeu capacidade de recuperação, ou seja, se nada for feito a Amazônia pode virar um deserto em um futuro muito próximo.