uas alunas da escola Vera Cruz, Zona Oeste de São Paulo, foram suspensas por tempo indeterminado, desde a última quinta-feira (25), acusadas de cometer racismo contra a filha de 14 anos da atriz Samara Felippo. Na situação, as duas meninas do 9º pegaram o caderno da filha de Samara, rasgaram e escreveram ofensas racistas nas páginas.
A medida punitiva tomada pela escola foi a de suspender as duas garotas por tempo indeterminado, embora deixou em aberto a possibilidade de outras punições. Já Samara, por outro lado, pede a expulsão definitiva das alunas sob a justificativa de que elas cometeram um crime e devam responder à altura. Ela, inclusive, já abriu um B.O sobre o caso.
Nas redes sociais, a atriz agradeceu pelo apoio que tem recebido, afirma estar acolhendo a filha e reforça seu posicionamento: “Racismo é crime e vou até o final para que seja aplicada a lei perante um crime”, afirma. Além disso, ela também criticou a escola por possuir “políticas antirracistas” que “falham miseravelmente”.
O g1 teve acesso ao comunicado interno, enviado as famílias envolvidas no caso, pelo coordenador psicológico do Vera Cruz, Daniel Helene. No texto, ele narra as punições destinadas as alunas e afirma encerrar a punição somente quando concluir “nossas reflexões sobre sanções e reparações, que ainda seguimos fazendo – fato também comunicado a todas as famílias diretamente envolvidas. Ressaltamos que outras medidas punitivas poderão ser tomadas, se assim julgarmos necessárias após nosso intenso debate educacional, considerando também o combate inequívoco ao racismo”.
No comunicador, o coordenador reforçou que a suspensão foi imediata e que as alunas também não poderão participar de uma viagem escolar. “Na quinta-feira, dia 25 de abril, as alunas agressoras foram convocadas pela Escola para devolução das folhas arrancadas do caderno, bem como para serem informadas oficial e presencialmente das sanções que seriam aplicadas a elas. As sanções envolvem a proibição da participação delas na viagem de Estudo do Meio na Serra da Canastra e uma suspensão por tempo indeterminado, iniciada na própria quinta-feira”, afirma o coordenador.
Além disso, também pontuou que elas “não reincidiram em agressões racistas; a Escola nunca havia tomado conhecimento de qualquer atitude racista de ambas as alunas. Ações de reparação ainda serão definidas”.