A estação Vila Sônia da linha-4 amarela do metrô em São Paulo vai passar a se chamar “Estação Vila Sônia – Professora Elisabeth Tenreiro”. Isso porque o governo paulista optou por fazer uma homenagem à professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que foi morta a facadas por um aluno de 13 anos na Escola Thomazia Montoro no mês passado. A estação é a mais próxima da escola e, de certa forma, batizar o espaço com o nome dela é driblar o esquecimento, viu?
E olha só, talvez não demore tanto tempo para isso acontecer. A medida foi publicada no Diário Oficial deste sábado (15) – um documento super importante que é divulgado com as principais decisões tomadas pelo poder público e que dá validade à elas. Porém, ainda não há prazo para que a concessionária responsável pela a linha mude o nome da estação.
Foi nesta segunda-feira (10) que a rotina voltou ao normal na instituição; as aulas retornaram e toda a galera que estuda e trabalha lá tentou voltar à rotina após o ataque. Foram duas semanas de recesso. Além da morte da professora Elisabeth, outras cinco pessoas foram feridas no ataque.
No dia 27 de março tudo mudou na escola Escola Estadual Thomazia Montoro. Um aluno de 13 anos, mascarado com uma bandana de caveira, esfaqueou quatro professores e dois alunos. A professora Elisabete chegou a ser socorrida no hospital, mas teve uma parada cardíaca e acabou não resistindo.
Na época, em nota, o Governo de São Paulo decretou luto oficial de três dias pela morte da educadora e e ressaltou sua “importante contribuição na área da saúde e da educação na rede pública”.
E olha só que legal: a ideia da homenagem aconteceu após um aluno e um representante do Grêmio Estudantil entregarem um abaixo-assinado ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) com o pedido. Em nota, a ViaQuatro, responsável pela linha 4-amarela, disse que vai cumprir determinação do novo decreto.
Violência no ambiente escolar
Infelizmente, o caso não é tão isolado e reflete o aumento da violência no ambiente escolar nos últimos anos. Em 2019, um adolescente de 17 anos, vestindo um bracelete com uma suástica, um símbolo nazista, e um machadinho nas mãos, arremessou bombas caseiras em um colégio, onde estudavam cerca de 300 jovens, em Monte Mor, São Paulo.
A Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo) afirmou que, há anos, vem trabalhando em pesquisas sobre a violência nas escolas e cobra a secretaria de Educação por falta de policiamento no entorno das unidades escolares e políticas de prevenção.