om a ‘pausa humanitária’ na Faixa de Gaza, proposta por autoridades sanitárias da região, ONU e ONGs, mais de 600 mil crianças estão sendo vacinadas neste final de semana contra poliomielite – nas crianças, o vírus também é conhecido como paralisia infantil. Recentemente, Gaza registrou o primeiro caso da doença tipo 2 em uma criança de 10 meses. Este foi o primeiro caso da doença em 25 anos em Gaza.
Segundo informações da Reuters, crianças escoltadas por membros de suas famílias chegaram a lotar uma clínica administrada pela ONU na cidade central de Gaza, Deir Al-Balah. Ali, cerca de um milhão de pessoas estão abrigadas em meio a guerra. Equipes médicas marcaram as crianças que receberam as gotas contra a poliomielite com uma marca de caneta nos dedos.
Infelizmente, as mulheres e crianças são as principais vítimas da guerra travada em Gaza. Por isso a importância de ‘pausas humanitárias’ para que a população local consiga o mínimo de auxílio e respaldo médico.
“Vim à clínica da UNRWA [Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina] hoje para vacinar minhas filhas contra a pólio e, se Deus quiser, não veremos mais nenhuma doença além das doenças que já estamos enfrentando. Espero que voltemos para nossas casas sãs e salvas”, disse Afnan Al-Muqayyad à Reuters.
Além da poliomielite, Al-Muqayyad disse que doenças de pele também têm sido comuns, pela falta de materiais de limpeza, além da escassez de comida, que está mais cara na região. “Não há detergentes, os detergentes são muito caros e não podemos pagar por eles. Além disso, a comida é muito cara, tudo é caro, e o peso das crianças está caindo, elas estavam bem antes, mas agora estão ficando muito magras. Espero que Deus corrija as coisas”, acrescentou.
Esta provavelmente é uma das campanhas de vacinação mais complexas, já que Gaza e Israel travam uma guerra desde o dia 7 de outubro do ano passado. Você pode ler como tudo começou aqui. Segundo a OMS, cerca de 90% das crianças vacinadas contra poliomielite precisam ser revacinadas dentro de quatro semanas, para garantir maior efetividade da vacina. Por isso, autoridades já estão se organizando para novas pausas humanitárias.