Em dezembro do ano passado, o projeto Celular Seguro foi lançado em formato de site e em aplicativo pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com o intuito de facilitar o processo de bloqueio do aparelho e de aviso às autoridades em caso de extravio ou furto. No primeiro dia de 2024, o projeto já possuía um milhão de cadastros.
Ainda segundo o site do Governo Federal, até às 10h de segunda-feira (1), o aplicativo e o site já acumulavam 750.135 celulares registrados, com 692.571 pessoas de confiança incluídas e 7.005 alertas para roubo, furto ou perda dos aparelhos de celular – potencializados pela virada de ano.
Como o projeto funciona?
O Celular Seguro é um programa que pode ser acessado tanto no site quanto no aplicativo, disponível na Play Store (Android) e na Apple Store (IOS), onde você pode cadastrar o próprio aparelho celular e uma pessoa de confiança. A única exigência feita no cadastro é que o telefone esteja vinculado ao seu CPF para poder entrar em sua conta no site do Governo Federal.
Em caso de furto, extravio ou perda, você ou a pessoa de confiança indicada pode recorrer ao Celular Seguro (por meio do ou do site) e bloquear seu aparelho e o acesso a seus aplicativos.
No próprio Celular Seguro, também é possível emitir um alerta de que o celular foi furtado, roubado ou perdido. O Ministério da Justiça ressalta que, após o bloqueio do celular e seus aplicativos, não é possível desbloqueá-los automaticamente, e sim solicitar a reabertura de cada aplicativo individualmente.
Além disso, o Celular Seguro só consegue bloquear aplicativos que estejam incluídos no projeto, como aplicativos de banco ou instituições financeiras. Para consultar quais apps estão participando do projeto, basta conferir o Termo de Uso, onde também é possível ver o tempo que cada instituição cadastrada irá levar para bloquear o acesso.
A estimativa do Ministério da Justiça é de que até fevereiro as empresas de telefonia também farão o corte de linha assim que o alerta de furto, roubo ou perda for acionado no aplicativo por você ou pela sua pessoa de confiança.
Cuidado com fake news
Em contrapartida a alguns comentários que surgiram nas redes desde o lançamento do projeto, o Ministério da Justiça afirma que o Celular Seguro não permite que o Governo Federal “acesse nenhum dado que esteja no telefone do usuário e que o funcionamento segue a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A ferramenta apenas faz a interligação entre a pessoa vítima de um crime e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e empresas parceiras do Projeto”.
O cadastro no site ou no aplicativo do Celular Seguro é feito de forma totalmente independente, então caso você receba qualquer link ou convite para se inscrever, não abra, pode ser golpe!
Passo a passo para obter e usar o aplicativo
- Instale o “Celular Seguro” pela loja de aplicativos. Depois de baixar, abra o aplicativo e faça o login;
- Aparecerá, em seguida, uma tela com os Termos de Uso e Aviso de Privacidade dos Dados do aplicativo. É só clicar em “concordo”.
- Na tela inicial do aplicativo há três ícones: Pessoas de confiança (para cadastrar pessoas que em caso de perda, roubo ou furto do aparelho, poderão criar ocorrências), Registrar telefone (registro do aparelho para conectá-lo diretamente ao seu CPF) e Registrar ocorrência (parar em caso de roubo ou furto seja registrada a ocorrência).
- Para registrar seu telefone você terá que preencher um formulário com os dados do seu aparelho, como: marca e modelo, a pessoa de confiança, a operadora, o telefone, o estado e a cidade, o número de série, o número do IMEI (para obter digite *#06# e aperte a tecla de ligar).
E o que fazer em caso de furto ou roubo?
Como explica o texto da Agência Gov, após ocorrer o furto ou o roubo, o usuário ou sua pessoa de confiança deve clicar no botão “Alerta” para registrar ocorrência informando quando e onde ocorreu o fato. Será gerado um número de protocolo que deve ser guardado. A ocorrência foi registrada e as instituições participantes serão notificadas.
E você, vai se cadastrar no Celular Seguro?