presidente Joe Biden, 81 anos, anunciou, em suas redes sociais, a sua desistência de participar da corrida eleitoral para a reeleição nos Estados Unidos. Em um comunicado divulgado neste domingo (21) em suas redes sociais, o atual presidente afirma que “ao longo dos últimos três anos e meio” fez avanço muito significativo enquanto Nação e endossou Kamala Harris como candidata.
A desistência acontece a menos de três meses da eleição – o que indica uma instabilidade muito grande para as eleições lá na américa do norte, viu, leitor e leitora de CAPRICHO? Biden não resistiu à intensa pressão interna do Partido Democrata para sua saída após desempenhos considerados desastrosos em debates contra Donald Trump e em eventos públicos.
“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente”, escreveu em carta aberta. “E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre apenas em cumprir meus deveres como presidente pelo resto do meu mandato”, concluiu.
O atual presidente afirmou que falará à nação de forma detalhada ainda esta semana. Em um outro tuíte, Biden ainda endossou Kamala Harris como sua opção de escolha para o Partido Democrata.
“Meus colegas Democratas, decidi não aceitar a nomeação e concentrar todas as minhas energias nas minhas funções como Presidente durante o resto do meu mandato”, afirmou. “Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas – é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso.”
— Joe Biden (@JoeBiden) July 21, 2024
E olha só como o cenário é conturbado: a desistência da reeleição também acontece uma semana após a tentativa de assassinato contra Trump e logo após a convenção do Partido Republicano que oficializou o ex-presidente como candidato.
Isso fez com que a base de Trump ficasse ainda mais organizada, enquanto Biden precisou interromper sua campanha não só devido às crises diplomáticas com o Partido Democrata e, também, com o eleitorado; mas também após um diagnóstico de Covid-19.
O anúncio de hoje antecipa o fim de sua carreira política, com mais de 50 anos de história. Biden, além de ter sido o vice-presidente nos anos do governo Obama, tem uma história longa na política. Aos 29 anos, ele foi um dos mais jovens senadores eleitos na história dos EUA e, aos 77, o presidente mais velho a tomar posse.
Leia, abaixo, a carta completa traduzida do inglês:
Meus queridos americanos,
Nos últimos três anos e meio, fizemos grandes progressos como nação.
Hoje, a América tem a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos na reconstrução de nossa nação, na redução dos custos de medicamentos prescritos para idosos e na expansão do atendimento de saúde acessível para um número recorde de americanos. Prestamos cuidados extremamente necessários a um milhão de veteranos expostos a substâncias tóxicas. Aprovamos a primeira lei de segurança de armas em 30 anos. Nomeamos a primeira mulher afro-americana para a Suprema Corte. E aprovamos a legislação climática mais significativa da história do mundo. A América nunca esteve melhor posicionada para liderar do que estamos hoje.
Sei que nada disso poderia ter sido feito sem vocês, o povo americano. Juntos, superamos uma pandemia de uma vez por século e a pior crise econômica desde a Grande Depressão. Protegemos e preservamos nossa democracia. E revitalizamos e fortalecemos nossas alianças ao redor do mundo.
Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre apenas em cumprir meus deveres como presidente pelo resto do meu mandato.
Falarei à nação mais detalhadamente sobre minha decisão ainda esta semana.
Por enquanto, permitam-me expressar minha mais profunda gratidão a todos aqueles que trabalharam tão duro para me ver reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceira extraordinária em todo esse trabalho. E permitam-me expressar minha sincera gratidão ao povo americano pela fé e confiança que vocês depositaram em mim.
Acredito hoje no que sempre acreditei: que não há nada que a América não possa fazer quando fazemos juntos. Só temos que lembrar que somos os Estados Unidos da América.