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Ação iluminará Congresso Nacional de vermelho no Dia da Higiene Menstrual

Mulheres brasileiras que estão entre os 5% mais pobres da população precisam trabalhar até 4 anos só para custear absorventes que usarão ao longo da vida.

Por Andréa Martinelli Atualizado em 28 Maio 2024, 15h31 - Publicado em 28 Maio 2024, 06h00

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enstruar não é igual para todo mundo. E, ok, cada corpo é um corpo. Mas, além disso, você já parou para pensar como seria o seu dia a dia no período menstrual se não tivesse acesso a um item básico de higiene, os absorventes? A resposta pode ser um completo caos: sentimento de vergonha no ambiente escolar, ao estudar, ao trabalhar e até ao praticar esportes.

Sim, a lista não é pequena, viu? Para chamar a atenção de parlamentares e tomadores de decisão, hoje, terça-feira (28), organizações do terceiro setor que trabalham para promover direitos de meninas e mulheres, vão iluminar o Congresso Nacional, e as Câmara Municipais do Rio de Janeiro, de Curitiba e do Teatro Amazonas, em Manaus de vermelho para promover a conversa sobre menstruação e dignidade.

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Ainda há muito o que fazer para garantir a menstruação com dignidade. Em 2022, o Brasil passou a ter uma política nacional para tratar da questão, mas ainda há muito o que se avançar do ponto de vista de políticas públicas para assegurar os direitos das 60 milhões de pessoas que menstruam no Brasil.

“A distribuição de absorventes descartáveis pela Farmácia Popular, por exemplo, não contempla todos os que deveriam ser beneficiados pela política. E é apenas um ponto do Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual da União, alvo de Ação Civil Pública, movida por Criola, que aguarda deferimento de audiência solicitada e cobra ainda outros aspectos necessários para a garantia de dignidade menstrual”, afirma texto das organizações divulgado à imprensa.

A ação é promovida pela Coalizão para a Dignidade Menstrual, composta por diversas organizações da sociedade civil e especialistas no tema como:

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Criola, Girl Up Brasil, Menina Cidadã, Plan International Brasil, Serenas, UNICEF, UNFPA, Flávia Castelhano, Lari Agostini e Ursula Maschette.

“A pobreza menstrual, que envolve questões como a falta de acesso à infraestrutura de saneamento, produtos menstruais e informação sobre a menstruação, segue cerceando direitos”, afirmam as organizações.

A ação também tem o apoio dos mandatos da deputada Tabata Amaral, do deputado Amom Mandel, do senador Alessandro Vieira, e da vereadora Giorgia Prates de Curitiba.

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É importante saber que, globalmente, 500 milhões de meninas e mulheres não dispõem de itens para cuidar de sua higiene menstrual.

Segundo estudo da Girl Up Brasil, só aqui no Brasil, as meninas e mulheres que estão entre os 5% mais pobres precisam trabalhar até 4 anos só para custear os absorventes que usarão ao longo da vida.

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