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Foi esta sequência de ‘desastres’ que tirou Biden das eleições nos EUA

Atual presidente do país desistiu da reeleição neste ano após forte pressão. A gente te conta o que desencadeou tudo isso.

Por NAIARA ALBUQUERQUE 25 jul 2024, 06h00
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presidente Joe Biden anunciou, no último domingo (21), que não participará da corrida eleitoral americana deste ano. A desistência de Biden já era esperada por analistas políticos e outros estudiosos do meio, que apontavam uma escalada de eventos ‘desastrosos’ do candidato nos últimos meses, com a sucessão de gafes e confusões de nomes de importantes porta-vozes.

 

A carta de desistência de Biden, divulgada nas redes sociais, aconteceu uma semana após o atentado que o candidato republicano Donald Trump sofreu.

Aqui na CAPRICHO a gente te conta a sequência de desastres que levou Biden a se retirar da disputa. Atualmente, sua vice, Kamala Harris é a favorita para disputar o pleito em seu lugar entre os democratas.

 

 

  1. Debate de Biden x Trump em junho de 2024

Uma pesquisa feita pelos canais americanos NPR/PBS News, de abril de 2023, já mostrava que 6 em cada 10 americanos estavam preocupadas com a capacidade de Biden se reeleger como presidente. Desde então, a pressão contra o atual presidente só cresceu, mas o estopim veio neste ano.

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Em 27 de junho, durante um debate contra Trump, a performance de Biden passou a ser mais questionada pelos americanos. O atual presidente deu respostas vagas aos questionamentos que recebeu e estava com a voz rouca. Na época, a mídia americana chegou a chamar atenção para o tom etarista (preconceito contra pessoas mais velhas) e até capacitista (preconceito contra pessoas com deficiência) que estavam sendo feitos contra Biden. Apesar disso, o sinal vermelho do partido democrata foi aceso.

2. Biden confunde nomes de governantes e de Kamala

Em outro momento, Biden confundiu o nome do presidente da Ucrânica, Zelensky, com o do governante russo, Putin. O presidente se corrige rapidamente e segue, até aquele momento, reforçando que não iria se retirar da competição pela reeleição na Casa Branca.

Em outro momento, Biden, ao explicar a sua escolha de Kamala como sua então vice, confunde seu nome com o de Trump.

Donald Trump
O ex-presidente republicano Donald Trump levanta o punho ao ser levado para fora do palco durante um comício em 13 de julho de 2024 em Butler, Pensilvânia. Anna Moneymaker/Getty Images
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3. Atentado contra Trump e enfraquecimento de Biden

O atentado sofrido por Trump em um comício político em 13 de julho deixou em ainda mais alerta os democratas. Isso porque o atentado, de acordo com diversos analistas políticos, deixou o candidato republicano ainda mais forte em relação ao seu oponente. Na ocasião, diversas imagens de Trump com a orelha sangrando passaram a ser compartilhadas nas redes sociais, assim como a narrativa de que Biden estava enfraquecido. Além disso, tudo que estava acontecendo, um diagnóstico de Covid-19 deixava Biden cada vez mais isolado e longe dos holofotes.

Na CAPRICHO, inclusive, nós te explicamos o impacto desse atentado aqui nas nossas eleições municipais. Sim, é real! Vem ler aqui.

4.  Biden perde apoio e doações de democratas

Outro ponto crucial para levar à derrocada de Biden foi a perda de apoio dos democratas. Segundo o jornal Washington Post, Obama teria dito que as chances de Biden diminuíram consideravelmente nas últimas semanas. Outros democratas disseram à BBC que a renúncia de Biden era inevitável.

5. Biden renuncia à corrida eleitoral americana

Aos 81 anos, Biden renunciou no último domingo (21) à corrida eleitoral americana. Em carta divulgada nas redes sociais, o candidato democrata escreveu que “embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre apenas em cumprir meus deveres como presidente pelo resto do meu mandato”. Além da renúncia, Biden endossou seu apoio a sua atual vice, Kamala Harris.

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“Meus colegas Democratas, decidi não aceitar a nomeação e concentrar todas as minhas energias nas minhas funções como Presidente durante o resto do meu mandato”, afirmou. “Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas – é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso.” 

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