oi lá em 2018, no mesmo ano em que Marielle Franco foi brutalmente assassinada no Rio de Janeiro, que, em São Paulo, Erika Hilton chegou ao seu primeiro cargo eletivo na política e entrou para a lista de uma das ‘sementes’ da vereadora morta eleitas pelo país, em um efeito de resistência contra a violência.
Na época, ela – ainda com uma atuação tímida na política institucional e estudante de gerontologia na Universidade Federal de São Carlos (UFscar) – chegou à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) como uma das integrantes da Bancada Ativista, chapa coletiva do Psol, liderada por Mônica Seixas.
Aqueles quase 150 mil votos da época se transformaram em outros números. Em 2020, ela foi eleita vereadora por São Paulo com 50.508 votos, se tornando a vereadora mais votada do Brasil e a primeira mulher trans a ocupar uma cadeira na Câmara Municipal da capital.
Conquistar direitos, para que a juventude não lute para sobreviver, e sim, viva uma vida digna, com direitos, respeito, educação e saúde de qualidade, felicidade, mesmo.
Erika Hilton
Mais tarde, em 2022, ela sonhou mais alto: chegou ao Congresso Nacional, eleita como deputada federal por São Paulo e uma das candidatas mais votadas do país. Recentemente, ela foi escolhida para presidir a bancada de seu partido, conquistando mais um feito: a primeira mulher trans a liderar uma bancada.
Mas chegar até aqui não foi fácil, é doloroso, e os desafios são muitos. “Entrei na política a partir de uma necessidade, não de uma vontade”, ela conta à CAPRICHO. “Difícil elencar desafios diante de um mar de dificuldades. Desde as tentativas de transformar nossas pautas, e as vezes até a gente [pessoas trans e transexuais], em chacota. A dor de ver tantas realidades duras e sofridas sendo tratadas como “mimimi”. São muitos os desafios que exigem de nós força, resiliência e foco para não sucumbir.”
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