Vimos Aladdin nos cinemas e uma das coisas que nos encantou foi os looks dos personagens, desenvolvidos por Michael Wilkinson, que já foi indicado ao Oscar de Melhor Figurino por American Hustle, em 2014. Em entrevista ao Fashionista, ele revelou vários detalhes sobre o que pensou na hora de desenvolver um figurino que pudesse unir magia e referências históricas ao mesmo tempo.
Para criar um figurino autêntico, Wilkinson pesquisou roupas, arte e escultura da região do Oriente Médio e, como a cidade fictícia da trama, Agrabah, está localizada no encontro entre o Oriente e o Ocidente, ele também usou referências da África, Turquia e Paquistão. “Queríamos que o filme fosse uma celebração da cultura árabe”, disse.
Além disso, Wilkinson queria trazer a magia do desenho para o filme, o que permitiu que ele fosse bastante criativo. “Quando você leva a animação para o live-action, pode realmente acrescentar muito mais detalhes. Então você pode usar o figurino para contar ao público mais sobre os personagens e seus planos de fundo, histórias e mundo interior”, afirmou.
No longa, a Princesa Jasmine tem mais de dez trocas de roupa, e seus looks são compostos por seda, estampa paisley e bordados de ouro são inspirados no sul da Ásia para homenagear a herança de sua mãe do reino fictício Shehrabad. “Queríamos expressar esse real sentimento de força, inteligência e autodeterminação. Nós demos a ela cores fortes e um estilo pessoal ousado para refletir sua confiança e sua natureza franca”, explicou o figurinista.
A gente amou ver a icônica calça de seda azul da Jasmine nas telonas. É uma peça diferente dos longos vestidos formais da personagem e representa uma quebra de padrões dos trajes tradicionais da corte. Outro detalhe importante é que as joias e roupas dela remetem ao pavão, ave que tem tudo a ver com sua personalidade e ainda é simbólica no Oriente Médio e no Sul da Ásia.
Por outro lado, o Aladdin usa praticamente apenas dois looks no filme. Ao contrário do personagem na animação de 1992, o do live-action usa uma camisa de linho, e, como o diretor pediu um Aladdin mais moderno, Wilkinson escolheu uma calça, colete vermelho e botas para dar um toque de streetwear ao visual.
Quando Aladdin tem sua transformação graças ao Gênio, ele entra pelos portões de Agrabah usando camadas de marfim e ouro, uma capa com ornamentos estampados e bordados e um turbante com broche de penas de avestruz. Claro que o personagem estava desconfortável com uma roupa que não tem nada a ver com ele, mas, a partir do momento que ele se conecta com a Jasmine, Aladdin tira as camadas ~desajeitadas~ da sua produção.
A gente também adorou o figurino do Gênio, que é megaextravagante! E um detalhe curioso: uma das partes favoritas de Michael Wilkinson foi criar roupas para Abu, o macaquinho de Aladdin. O figurinista trabalhou com uma maquete, nas mesmas dimensões do animal, para depois a produção ser inserida por efeitos especiais. Demais, né?
E aí, você já foi ver Aladdin? O que achou dos figurinos?