Balenciaga foi acusada de estimular o abuso infantil e exploração sexual de crianças após colocar no ar uma nova campanha. Nela, crianças aparecem segurando bichos de pelúcia, mas com elementos e poses que remetem ao sadomasoquismo, além de outros objetos relacionados à prática, como fitas de couro, tachinhas e correntes.
I thought people were trolling, but nope. It’s real. Maybe this is why Balenciaga left Twitter. They don’t want to be held accountable. Yes, these are children holding teddy bears dressed in bondage outfits. pic.twitter.com/zBlACUiZjo
— Sav! (@thisissavvy1) November 21, 2022
Hey Photographers :
When Balenciaga hires you to shoot their new lookbook & you show up to find a toddler laid across a sofa with wine glasses & bondage gear arranged around them, you walk away. Period. pic.twitter.com/DSoHgQLM6O— Hoop (@xhoop) November 21, 2022
A repercussão das imagens foi bastante negativa nas redes sociais, e isso só piorou quando descobriram que, ao fundo de uma delas, tinha um papel com um trecho da opinião da Suprema Corte dos Estados Unidos no caso Estados Unidos v. Williams, de 2008. A ação judicial em questão defendia que solicitar a transferência, venda, entrega ou comércio de pornografia infantil não violava a Primeira Emenda da Constituição do país.
the brand "Balenciaga" just did a uh….. interesting… photoshoot for their new products recently which included a very purposely poorly hidden court document about 'virtual child porn'
normal stuff pic.twitter.com/zjMN5WhZ0s
— shoe (@shoe0nhead) November 21, 2022
Diante disso, a grife espanhola veio a público pedir desculpas. “Pedimos sinceras desculpas por qualquer ofensa que a nossa campanha de fim de ano possa ter causado. As nossas bolsas de ursinho de pelúcia não deveriam estar ao lado de crianças nesta campanha. Nós removemos a campanha de todas as plataformas.”
“Pedimos desculpas por mostrar documentos perturbadores na nossa campanha. Levamos esse assunto muito a sério e estamos tomando medidas legais contra os responsáveis por criar o cenário e incluir itens não aprovados na nossa sessão de fotos de primavera 2023. Condenamos veementemente o abuso de crianças de qualquer forma. Defendemos a segurança e o bem-estar das crianças”, finaliza o comunicado.
way to shift the blame somehow. don’t tell me you didn’t supervise your own campaign. their pr team is in shambles pic.twitter.com/knJDoBoBf9
— Gia (@virgoessence) November 22, 2022
Agora, quem se pronunciou sobre o assunto foi Kim Kardashian, que tem uma relação bem próxima com a marca, usando looks assinados por ela em premiações importantes e durante as semanas de moda internacionais.
“Eu fiquei quieta nos últimos dias, não porque eu não estivesse enojada e indignada com as recentes campanhas da Balenciaga, mas porque eu queria uma oportunidade de falar com o time deles para entender por mim mesma como isso poderia ter acontecido”, escreveu. “Como mãe de quatro filhos, fiquei abalada pelas imagens perturbadoras. A segurança das crianças deve ser levada muito a sério e qualquer tentativa de normalizar o abuso infantil não deveria ter espaço na nossa sociedade – ponto.”
As a mother of four, I have been shaken by the disturbing images. The safety of children must be held with the highest regard and any attempts to normalize child abuse of any kind should have no place in our society — period.
— Kim Kardashian (@KimKardashian) November 27, 2022
“Eu agradeço a remoção das campanhas e o pedido de desculpas da Balenciaga. Ao falar com eles, acredito que eles entendem a seriedade do problema e vão tomar medidas necessárias para que isso nunca mais aconteça”, continua a empresária.
As for my future with Balenciaga, I am currently re-evaluating my relationship with the brand, basing it off their willingness to accept accountability for something that should have never happened to begin with — & the actions I am expecting to see them take to protect children.
— Kim Kardashian (@KimKardashian) November 28, 2022
“Quanto ao meu futuro com a Balenciaga, estou atualmente reavaliando o meu relacionamento com a marca, baseando na disposição deles de aceitar a responsabilidade por algo que, para começar, jamais deveria ter acontecido – e as ações que eu espero que eles tomem para proteger as crianças”, finalizou.