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Farm é acusada de lucrar com morte de Kathlen Romeu após divulgar desconto

A marca carioca anunciou um código com o nome da jovem, que foi vítima de violência policial

Por Sofia Duarte Atualizado em 9 jun 2021, 17h18 - Publicado em 9 jun 2021, 16h26

Kathlen Romeu, mulher negra de 24 anos que estava grávida de 14 semanas, foi morta após ter sido baleada pela PM na Zona Norte do Rio de Janeiro nesta terça-feira (8/6). A tragédia repercutiu na mídia, nas redes sociais e demonstra, mais uma vez, o genocídio da população preta e periférica do Brasil.

A jovem também era vendedora da loja de roupas Farm e, por isso, a etiqueta carioca, que faz parte do Grupo Soma, publicou um texto no Instagram lamentando a morte de Kathlen. Ao final, a marca disponibilizou um cupom de desconto para ser usado nas compras feitas em seu e-commerce. “Toda venda feita no código de Kathlen terá sua comissão revertida em apoio para sua família. Reforçando que nós também vamos apoiá-la de forma independente e paralela“, diz a legenda.

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Esse posicionamento viralizou na internet e virou alvo de críticas. “O que a Farm está fazendo disfarçado de ato de bondade é um absurdo. É lucrar com a morte de gente preta“, escreveu a jornalista Jéssica Batan, no Twitter.

A comissão, que seria revertida à família de Kathlen, é apenas uma porcentagem do lucro das vendas das peças feitas com o código de vendedora. Para muitas pessoas, seria uma forma de vender mais roupas e, portanto, lucrar, às custas do assassinato de uma jovem negra.

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Veja a repercussão:

Mais tarde, a Farm fez um pronunciamento por meio de outra postagem, admitindo o erro. “Com vocês, entendemos a gravidade do que representou esse ato, por isso, retiramos o código E957 do ar.”

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