Estilista usa meias e cabos quebrados para fazer sapatos diferentões
A partir do upcycling, esta jovem de 22 anos cria peças autênticas e sustentáveis
Você já ouviu falar da técnica do upcycling, que reaproveita itens aparentemente inúteis de forma criativa para criar novos produtos? Ela é aplicada de diversas maneiras por estilistas ao redor do mundo que estão preocupados com o meio ambiente e com a sustentabilidade na moda. Uma dessas pessoas é a britânica Tega Akinola, de 22 anos, que começou a se envolver com isso no início da pandemia de Covid-19, em 2020.
A designer já fez sapatos a partir de meias da Nike, bolsinha com blusa de lã da marca Patagonia e adicionou detalhes ~estratégicos~ e funcionais em calçados para guardar moedas. Incrível, né?
Em entrevista à Vogue americana, ela contou que, enquanto limpava o seu quarto, encontrou um caixa de cabos quebrados e, antes de jogar fora, teve uma ideia. “Eu comprei um sapato de salto e colei os cabos com cola nele.”
Assim que começou a compartilhar suas criações no Instagram, rede social em que já tinha seguidores que acompanhavam seus looks estilosos, as pessoas queriam saber como comprar os produtos, e o hobby acabou se transformando em um negócio. “No início, eu estava apenas cortando e colando as coisas. Era mais conceitual do que funcional”, explicou. “Quando decidi vender as coisas, o meu processo mudou um pouco. Tive que pensar em como as pessoas iriam usá-las e se elas iriam durar.”
Para fazer seu trabalho, Tega Akinola compra peças usadas em brechós e marketplaces e ainda recebe cabos que seriam descartados de empresas que lidam com resíduos elétricos.
“Quando eu comecei, meu foco não era ‘Ah, vou tentar ser sustentável’. Tinha apenas a ideia de comprar peças de segunda mão e transformá-las em coisas novas. Assim que percebi que eu poderia ajudar a contribuir ou inspirar pessoas a terem mais consciência do que elas compram, eu comecei a aprimorar isso um pouco mais”, refletiu. “Na verdade, eu me pergunto qual a diferença que eu realmente estou fazendo como uma pessoa só em um contexto mais amplo. Mas, se todo mundo fizer alguma coisa pequena, acaba ajudando no caminho de sermos mais sustentáveis na moda.”
Por ser uma produção manual, a britânica é adepta do slow fashion e vende pequenas coleções no e-commerce multimarcas da APOC, que faz entregas no mundo inteiro. Para se ter uma ideia, uma bolsa pequena, por exemplo, custa 400 libras, cerca de R$ 2.900.
As criações da designer são bastante autênticas, daquelas peças únicas que completam o look de um jeito original, sabe? É muito importante valorizarmos esse tipo de trabalho artesanal – e tem muita gente talentosa fazendo isso no Brasil também! E, se você se interessa por moda e pretende tornar seus hábitos de consumos mais conscientes, um bom começo é customizar o que já tem no seu armário. Que tal colocar essa dica em prática?