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Balenciaga processa produtora envolvida em campanha e pede R$ 130 milhões

Após ter sido acusada de incitar pedofilia em imagens, a grife pede desculpas e alega "falta de supervisão"

Por Da Redação 29 nov 2022, 11h02

Nos últimos dias, as redes sociais foram tomadas por comentários a respeito de campanha da Balenciaga acusada de incitar pedofilia. Kim Kardashian se pronunciou sobre o assunto e disse que estaria reavaliando sua relação com a marca. No Brasil, a atriz e influenciadora Gkay, que sempre mostrou admiração pela grife, também comentou a polêmica: “Foi um erro inenarrável essa campanha e não é porque eu gosto da marca que eu vou defender”, disse.

Em show, Dua Lipa substituiu look assinado pela etiqueta espanhola, que a acompanhou durante toda a turnê Future Nostalgia, por um macacão da Mugler – mas não falou abertamente sobre a polêmica.

Agora, de acordo com o The Washington Post, a Balenciaga entrou com um processo contra a produtora North Six e o cenografista Nicholas Des Jardins, pedindo uma indenização de pelo menos US$ 25 milhões (cerca de R$ 134,6 milhões). A grife alega que “atos inexplicáveis e omissões” feitas sem o consentimento da Balenciaga foram “malevolentes ou, no mínimo, imprudentes”.

Gabriela Moussaieff, empresária de Nicholas Des Jardins, contou ao jornal americano que “todo mundo da Balenciaga estava na sessão de fotos, em todos os cliques e na edição de todas as imagens durante a pós-produção”.

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Nesta segunda-feira (28), a marca, que já havia feito um comunicado sobre o assunto, voltou a pedir desculpas em publicação no Instagram. Leia a tradução abaixo:

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“Nós condenamos fortemente o abuso infantil; nunca foi a nossa intenção incluir isso na nossa narrativa. As duas campanhas separadamente refletem uma série de erros graves pelas quais a Balenciaga assume responsabilidade.

A primeira campanha, The Gift Collection Campaign, com crianças segurando bolsas de ursinhos de pelúcia em que algumas pessoas rotularam como trajes inspirados pelo BDSM [Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo]. As nossas bolsas de urso de pelúcia e a The Gift Collection não deveriam ter sido apresentadas com crianças. Essa foi uma decisão errada da Balenciaga, combinada a nossa falha em avaliar e aprovar as imagens. A responsabilidade disso é apenas da Balenciaga.

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A segunda, campanha separada de Primavera 2023, que deveria ter recriado um ambiente de escritório, incluía uma foto com uma página no fundo de uma decisão da Suprema Corte no caso ‘United States v. Williams’, de 2008, que confirma como ilegal e não protegida pela liberdade de expressão a promoção de pornografia infantil. Todos os itens desse ensaio foram fornecidos por terceiros que confirmaram, por escrito, que esses itens eram documentos falsos de escritório. Na verdade, eles eram documentos judiciais reais provavelmente vindos de filmagens de uma série de televisão. A inclusão desses documentos não aprovados foi o resultado de negligência irresponsável contra a qual a Balenciaga já registrou queixa. Nós nos responsabilizamos completamente pela falta de supervisão e controle dos documentos no cenário e poderíamos ter feito as coisas de forma diferente.

Enquanto as investigações internas e externas estão em andamento, nós tomamos as seguintes providências:

Queremos aprender com os nossos erros e identificar formas com as quais possamos contribuir. A Balenciaga reitera suas sinceras desculpas pela ofensa que causamos e estendemos nossas desculpas a talentos e parceiros”.

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A nota e o caso repercutiram bastante nas redes sociais – no Twitter, “Balenciaga” ainda está nos assuntos mais comentados do momento. Estas foram algumas discussões levantadas por lá:

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“Balenciaga não está pedindo desculpas pelo o que fizeram. Balenciaga está pedindo desculpas porque foram pegos. Não confudam os dois”, disse este usuário.

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“Não vi nenhuma celebridade criticar a Balenciaga por sexualizar crianças.”

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