AZ Marias cria conexão entre moda, cultura e sustentabilidade no SPFW
Com diversidade de corpos na passarela, a estilista Cíntia Felix apresenta coleção inspirada no elemento Ar, que representa a vida
A marca AZ Marias, da estilista Cíntia Felix, apresentou o quarto ato da coleção ‘Florecer’, focada no elemento Ar, na São Paulo Fashion Week N57 nesta quinta-feira (11), em desfile realizado no Teatro Oficina, espaço considerado palco de resistência cultural. Celebrando elementos que fazem parte da essência da etiqueta, como sustentabilidade, corpos reais e influência das religiões de matriz africana, os looks foram enriquecidos pela inspiração no conto das borboletas de Oyá, a senhora dos ventos, e peças que representam o ar em diferentes formas – a brisa, a nuvem e a fumaça.
“Nessa coleção, a gente fala de muitas transparências, volumetrias e sensações que o ar nos provoca. Essa sensações são divididas em vários momentos, os momentos visuais, que são a roupa em si, o momento sonoro, que é toda a trilha que foi construída em cima desse florescer no ar, e a gente tem o cheiro como essa grande influência do ar, porque ele carrega tudo“, afirma Cíntia Felix em entrevista à CAPRICHO.
Mais do que apresentar roupas, a AZ Marias segue fiel à sua proposta de proporcionar uma experiência imersiva, com dança, falas, performances e até aromas, desenvolvidos pela empresa de fragrâncias Givaudan Brasil, que perfumaram momentos específicos da apresentação. A trilha sonora, por sua vez, foi utilizada como um outro recurso na homenagem à diversidade cultural, devido aos diferentes ritmos e gêneros musicais, incluindo hip hop, reggae e dancehall.
O casting contou com nomes de peso como as ex-BBBs Sarah Aline, Lumena e Tina Calamba, e as artistas Tati Quebra Barraco, Pepita e Rebecca. “A conexão que eu sinto é que ela [a marca] valoriza a preciosidade da arte, lembrando principalmente da ancestralidade, isso é o que mais me dá vontade de continuar envolvida, e também pela moda sustentável que é extremamente importante, e a AZ Marias traz isso não só na arte da criação, mas na história que é contada”, afirmou Sarah Aline em entrevista à CAPRICHO antes de cruzar a passarela do SPFW N57.
Já a cantora Rebecca destacou o quanto se ver representada em uma passarela é fundamental. “O que eu acho mais representativo não só para mim, mas para outras mulheres que sonham em ser modelo, é que é uma marca que exalta todos os corpos, além de ser uma marca sustentável, e fico muito feliz em fazer parte disso.”
Cíntia Felix ainda se uniu a Veja (antiga Vert), marca de tênis ecológica, uma parceria que contribui para a transmissão da mensagem da sustentabilidade na moda. Nesse contexto de reforço dos valores em prol do meio ambiente, também houve a colaboração com a Vicunha Têxtil, empresa que é referência global em soluções de jeanswear.
A beleza, assinada por Marcos Costa, maquiador oficial da Natura, chamou a atenção pelo desenho de borboleta, que também está espalhada na coleção, feito com delineador, como uma forma de remeter à feminilidade. “É a asa da borboleta falhada, e do outro lado fragmentos da asa, com uma pele natural e blush cushion, misturando dois tons, que tem um glow que funciona como um iluminador, e as bocas uniformes de acordo com o tom da pele da modelo.”
A ideia do desfile, enfim, foi trazer o significado do ar como símbolo de vida e do que ‘transita entre o passado e o futuro’, criando, através dele, um espetáculo inspirador que serve como ponto de encontro entre moda, cultura e sustentabilidade.