Foi eufórico”, descreveu Any Gabrielly ao relembrar o exato momento em que soube que a arte estaria presente em sua trajetória. Ainda na infância, a artista nascida em Guarulhos, São Paulo, esteve rodeada por uma família que a incentivava criativamente e que não demorou para perceber sua veia artística – mas foi só durante uma apresentação de teatro musical na Teen Broadway que ela sentiu uma faísca se acendendo dentro de si para concretizar a vontade crescente de ouvir sua voz ecoando pelo mundo.
Nem mesmo o nervosismo foi capaz de afastar a sensação de estar vivendo uma experiência única no palco em que cantou Aquarius, do musical Hair: “Na hora que começou, parecia que todo nervoso tinha sumido. Eu estava me divertindo, as pessoas estavam dançando comigo, olhando nos meus olhos. O público estava feliz. Foi uma euforia. É dessa forma que eu posso descrever. Foi eufórico, lindo e perfeito. Foi aí que eu falei: ‘É isso que eu quero fazer pro resto da minha vida’”, recordou Any em entrevista à CH.
Desde então, a cantora de 21 anos se entregou ao mundo artístico e se tornou conhecida por diversos projetos, como quando foi a voz da versão brasileira de Saber Quem Sou, a icônica canção tema de Moana, e também por ter representado o país no grupo global Now United. Agora, ela estampa a capa da edição de fevereiro da CAPRICHO para adentrar uma nova fase em que comanda as próprias decisões, liderando sua carreira solo. Mas, para chegar neste lugar, Any precisou responder a inquietações sobre si mesma e encontrar sua verdadeira essência enquanto mergulhava cada vez mais fundo em seu próprio amadurecimento.
“É um processo muito divertido e muito diferente ao mesmo tempo. Eu tive a parte de entender como era essa mudança. Eu sempre fiz parte de um grupo ou de um filme ou algo com uma estrutura já criada antes, sabe? E agora eu tenho que criar essa estrutura”, compartilhou ela sobre o percurso que trilhou após assinar o contrato solo com a Republic Records, gravadora internacional que é casa para nomes como Taylor Swift, Ariana Grande, The Weeknd e mais.
E é importante porque quando você toma a posse do que você acredita, vai lá e faz, as pessoas observam, as pessoas prestam atenção.
Any Gabrielly
“Foi um presente. Olhar e falar: ‘Uau, posso fazer o que eu quiser’. Mas, ao mesmo tempo, eu falei: ‘Puts, e agora? Eu tenho que fazer o que eu quiser. O que eu quero fazer?’”, contou ela entre risos. “Eu tive meses para explorar, para me descobrir como pessoa, me descobrir como artista e eu cheguei num ponto, alguns meses atrás, em que me entendi. Agora tem sido só um processo de mergulhar nessa descoberta”, explicou a cantora e dubladora.
Em um caminho de evolução e questionamentos, a desobediência não poderia faltar como um fator chave para mudança. “Acho que a desobediência é um ato revolucionário”, destacou. “De verdade, acredito que a desobediência foi a semente de grandes coisas, inclusive na minha vida. Eu estava pensando aqui onde eu fui desobediente e rebelde dessa forma e acredito que em quase todos os meus trabalhos eu fui um pouquinho assim. E é importante porque quando você toma a posse do que você acredita, vai lá e faz, as pessoas observam, as pessoas prestam atenção.”
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