Responsável por uma estrondosa turnê que impulsionou a economia dos lugares por onde passou e no topo dos maiores rankings musicais, Taylor Swift esteve nos principais assuntos do momento ao redor do mundo e é inegável como ela domina cada vez mais as conversas na indústria do entretenimento.
Agora, eleita Pessoa do Ano pela revista TIME, a cantora demonstra os altos e baixas de sua trajetória em uma entrevista sincera sobre os principais pontos de sua carreira. A verdade é que a lista de motivos que a levou até o topo é imensa e o mérito é todo dela, que construiu seu legado com uma comunidade de fãs que a acompanham fielmente em todos os novos passos.
Afinal, não é segredo que um dos principais triunfos de Taylor é a grande conexão que a cantora tem com seu público e muito disso vem de sua grande habilidade de se comunicar através da composição. As músicas que constroem sua narrativa são trilhas sonoras de momentos significativos para diversas multidões e conversam com diferentes gerações ao mesmo tempo.
É justamente pela capacidade de se reinventar e criar elos com quem a ouve que o trabalho de Taylor se torna tão identificável e único na indústria. “Você deveria celebrar quem é agora, onde você está indo e onde você já foi”, declarou Taylor sobre os aprendizados que teve com suas próprias escolhas e pensamentos do passado.
“O trabalho de compositora dela é o que mais fala comigo. Escrever músicas que vem de uma parte tão profunda de si mesma e conversar diretamente com a alma de outras pessoas“, comentou a diretora Greta Gerwig ao abordar sua própria relação com as canções de Taylor.
Taylor’s Version
Definida pelo veículo como “a protagonista do mundo”, Swift também se destacou em 2023 ao alcançar mais recordes em sua discografia. Ela foi tópico de inúmeras conversas, premiações e conquistas no decorrer dos últimos meses. E você sabe que não pode negar isso. Mas, antes de chegar onde está agora, a própria cantora reconhece que dois momentos difíceis a levaram a tomar decisões importantes e que mexeram muito com seu psicológico.
“Eu não esqueci que dois grandes catalisadores para isso acontecer foram duas coisas horríveis que aconteceram comigo. A primeira foi ser cancelada no mínimo da minha vida e sanidade. A segunda foi ter o trabalho da minha vida tirado de mim por alguém que me odeia”, disse ela sobre os episódios envolvendo a ligação de Kanye West e Kim Kardashian em 2016 e a compra de seu catálogo musical feita por Scooter Braun. “Não se engane, minha carreira foi tirada de mim”, adicionou ela.
O fato é que a ligação manipulada e a luta pelo direitos dos masters se tornaram um combustível para Swift se consagrar como uma força imparável na indústria. As regravações, intituladas Taylor’s Version, permitiram que ela não só recuperasse seu trabalho como também revisitasse memórias antigas e tivesse a chance de compartilhar seu trabalho com novas gerações além de resgatar memórias naqueles que já acompanham sua música há anos.
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“Tudo depende de como você lida com a perda. Minha resposta à dor extrema é desafio”, compartilhou ela sobre a decisão de regravar suas antigas canções. “Nada é permanente. Então, eu tomo muito cuidado em ser grata por cada segundo em que posso fazer coisas desse nível porque já tive isso sendo tirado de mim antes. Uma coisa que aprendi é que minha resposta para tudo que acontece, seja bom ou ruim, é continuar fazendo algo. Continuar fazendo arte”, explicou ela.
Também aprendi que não faz sentido tentar ativamente derrotar seus inimigos. O lixo se retira sozinho todas as vezes.
Taylor Swift para TIME
The Eras Tour
A preparação para Swift dar início ao grande espetáculo que celebra todos os seus discos começou seis meses antes do primeiro show. “Eu corria na esteira todos os dias cantando a setlist inteira em voz alta. Eu corria rápido para as músicas mais animadas e diminuía o ritmo para as músicas mais lentas”, revelou ela sobre o processo de desenvolvimento físico para a The Eras Tour.
Os treinos de dança também foram intensos, visto que ela queria estar tão bem preparada que poderia interagir com os fãs durante os shows sem se perder na coreografia. “Eu sei que vou estar naquela palco, mesmo que esteja doente, machucada, desconfortável ou estressada. Isso é parte da minha identidade como ser humano agora. Se alguém comprar um ingresso para o meu show, eu vou tocar, a menos que tenhamos algum tipo de força maior“, acrescentou ela.
A TIME ainda destacou como a grande turnê de Taylor teve um grande impacto na economia, apelidando o caso como o “efeito Taylor” – em que as cidades por onde os shows passavam viam um crescimento econômico como resultado.
Outra turnê que movimentou o mundo em 2023 foi a RENAISSANCE TOUR, de Beyoncé, e Swift não deixou de expressar sua opinião sobre quem tentou incansavelmente compará-las: “Tivemos tantas turnês em estádios neste verão, mas as únicas que foram comparadas fomos eu e Beyoncé. É evidente que é muito lucrativo para a mídia e para a cultura de fãs colocar duas mulheres uma contra a outra, mesmo quando as duas artistas em questão se recusam a participar dessa discussão”, ressaltou.
“Ela é a joia de pessoa mais preciosa – calorosa, aberta e engraçada. Ela é ótima em desfazer normas da indústria musical. Ela ensinou a todos os artistas como virar o jogo e desafiar práticas comerciais arcaicas”, acrescentou a cantora ao falar de Beyoncé.
Taylor também concorre em 6 categorias no Grammy de 2024, incluindo a de Álbum do Ano com o disco Midnights, que se tornou a maior estreia de um álbum em 2022. “Parece um momento muito incrível da minha carreira, acontecendo aos meus 33 anos”, destacou Taylor sobre suas recentes conquistas. “E, pela primeira vez na minha vida, eu estou mentalmente firme o suficiente para o que vem com tudo isso.”
“É o momento mais orgulhoso e feliz que já me vivi. É o mais criativamente completa e livre que já estive. No fim, podemos enrolar o quanto quisermos, ou tentar complicar demais as coisas, mas existe apenas uma pergunta: Você não está entretido?“, provocou Swift.
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