Paris Jackson fala de preocupação com Bieber e assassinato do pai
Filha do Rei do Pop estampa a capa da nova edição da Rolling Stone americana
A filha de Michael Jackson, Paris Michael Katherine Jackson, de 18 anos, estampa a capa da nova edição da revista Rolling Stone norte-americana. Paris abriu seu coração sobre os problemas que enfrentou durante a adolescência (com várias tentativas de suicídio) e falou bastante sobre sua relação com o pai, afirmando ainda que ele foi vítima de “uma armadilha”, além de se preocupar com a saúde de Justin Bieber em sua turnê promovida ela AEG Live, produtora de shows responsável pela turnê do Rei do Pop que nunca aconteceu.
Em junho de 2013, Paris Jackson contou que estava afundada na depressão e abuso de drogas, quando tentou se matar, com 15 anos, cortando os pulsos e tomando 20 comprimidos de Motrin (anti-inflamatório). “Era apenas um auto-ódio, baixa autoestima, pensava que eu não podia fazer nada direito, que eu não era diga de viver mais”, contou Paris à Rolling Stone, que já havia tentado se matar outras vezes. “Foi só uma tentativa que veio a público.”
A filha de Michael Jackson revelou também que andava com pessoas mais velhas e isso acabou influenciando de forma negativa em seu comportamento. “Eu estava fazendo várias coisas que pessoas de 13, 14, 15 anos não deveriam fazer. Eu tentei crescer muito rápido e não era lá uma pessoa muito boa”, revelou Paris Jackson, que também contou que foi abusada sexualmente por um “completo estranho” quando tinha 14 anos. “Eu não quero dar muitos detalhes, mas não foi uma boa experiência, foi muito difícil pra mim e, na época, eu não contei a ninguém.”
Por recomendação médica, Paris foi estudar em uma escola terapêutica em Utah, nos Estados Unidos: “Foi ótimo pra mim. Sou uma pessoa totalmente diferente. Eu era louca. Eu era realmente louca. Eu estava passando por muita coisa, tipo, angústia adolescente. E eu também estava lidando com minha depressão e ansiedade sem ajuda nenhuma”.
Outra coisa que tem ajudado Paris Jackson a superar todos seus problemas é a carreira de modelo, que a própria considera algo “terapêutico”, já que luta contra problemas de autoestima desde pequena. “Muitas pessoas pensam que eu sou feia e muitas discordam. Mas existem momentos quando eu estou modelando que eu esqueço meus problemas de autoestima e apenas foco no que o fotógrafo está me dizendo, então eu me sinto bonita”, afirmou.
Relação com o pai
Durante a entrevista à Rolling Stone, Paris Jackson fala bastante sobre o relacionamento que tinha com o pai e como ela teve que aprender a lidar com a perda dele, que morreu no dia 25 de julho de 2009, quando tinha apenas 11 anos. “Todo mundo sempre fala, ‘o tempo cura’. Mas isso não acontece. Você apenas se acostuma. Eu vivo a vida com a mentalidade, ‘ok, eu perdi a única coisa que realmente importava para mim’. Então, seguindo em frente, qualquer coisa ruim que acontecer nunca será tão ruim quanto o que aconteceu antes. Então eu dou conta”, desabafou ela, que também deu a resposta para quem ainda insiste em perguntar se ele era realmente seu pai biológico. “Ele é meu pai. Ele sempre será meu pai. Ele nunca deixou e nunca deixará de ser [meu pai]. Pessoas que o conheciam muito bem falam que vêem ele em mim, isso é quase assustador.”
Ainda sobre Michael Jackson, Paris acredita que ele foi assassinado e culpa o Dr. Conrad Murray e a empresa de eventos AEG Live, que promovia a turnê This Is It, para qual o Rei do Pop ensaiava até a exaustão: “AEG não trata seus artistas de forma correta e os faz trabalhar até a morte”, disse. “Ele deixava pistas das pessoas tentando ter sua atenção. Chegou a um ponto que ele estava tipo, ‘eles vão me matar algum dia’. Soa como uma teoria da conspiração e como besteira, mas todos os fãs de verdade e todos da família sabem. Foi uma armadilha. Foi uma mer*a”.
Paris Jackson chegou a citar Justin Bieber como exemplo ao falar sobre a forma como a AEG trata seus artistas, após assistir a um show de sua a tual turnê. “Ele [Justin Bieber] estava cansado, fazendo as coisas de forma mecânica”, relembrou a filha de Michael Jackson, que completou: “Olhei para o meu ingresso, vi AEG Live, e pensei em como meu pai estava exausto o tempo todo, e mesmo assim não conseguia dormir”.