Manu Gavassi começa 2023 em grande estilo: homenageando Rita Lee, quem sempre menciona como sua grande inspiração até nas letras de suas músicas, com um Acústico MTV. Com estreia em 2 de fevereiro, a cantora regravou em um show intimista Fruto Proibido, álbum de 1975, trazendo sua própria personalidade e muita admiração à carreira desse ícone.
Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (27/1), Manu compartilhou mais sobre inseguranças na hora de decidir fazer o projeto: “Até chegou a passar pela minha cabeça. Que audácia, né? Regravar um álbum clássico. Ao mesmo tempo pensava: ‘Não, que incrível! Pensar que esse álbum foi gravado há quase cinquenta anos e está sendo redescoberto”.
“Eu tinha essa ideia de homenagear a Rita de alguma maneira. Sentia isso crescendo em mim. No início, tinha muita vergonha. Falava: ‘Ai, nada a ver, né? Deixa a obra dela lá, não vou mexer nisso’. Acho que fui amadurecendo e entendendo que seria uma homenagem que faria sentido pela minha fase de vida, por me identificar e entender essas músicas como nunca“.
E foi justamente essa identificação que a motivou a escolher Fruto Proibido para a regravação. “Foi uma coincidência depois de eu fazer as contas e descobrir que a Rita tinha mais ou menos a minha idade”, contou a artista. “Na verdade, não é coincidência, né? São a as dúvidas. Esse agridoce que é ser uma jovem mulher, sabe? Na nossa sociedade sempre foi”.
“Eu cresci ouvindo Rita. Meus pais eram grandes fãs. Lembro muito do álbum do Acústico MTV dela, que era uma coisa que a gente escutava muito no carro indo para a escola”, relembrou. “Acho que eu redescobri a Rita um pouco mais velha quando ela lançou a autobiografia. Foi ali pra mim que eu falei: ‘Eu amo essa mulher mais que tudo na minha vida. Agora eu entendi'”.
E as duas já tiveram algumas trocas ao longo dos anos, viu? “Quando eu saí do Big Brother, o primeiro áudio que me mostraram foi um da Rita. E daí eu não entendi nada. Na minha cabeça bugou”. Depois disso, Manu lançou duas músicas – Deve Ser Horrível Dormir Sem Mim e Bossa Nova – que a mencionava na composição. E Rita foi a primeira pessoa a assistir GRACINHA, sabia?
Além da homenagem à admiração que tem por Rita, Manu também descreve o especial como “uma libertação” vocal: “Eu coloquei minha voz em lugares que antes me dava medo e fiz questão de manter os tons originais que a Rita cantava, que é muito mais rock and roll“. E frente a esse desafio, ela concluiu que cresceu como artista.
E amizades surgiram também. O especial conta com algumas participações muito especial, incluindo Liniker – sendo com esta “o momento mais emocionante” segundo Manu. “Foi uma amizade instantânea e muito verdadeira. Daquele tipo que você fala: ‘Caraca, é sério que eu não sou amiga dessa pessoa a vida inteira? Que coisa estranha!'”.
“Se essa mulher, que eu admiro tanto e que é tão incrível, topou participar do meu projeto assim, eu devo ter algum valor. Falei até isso pra ela: ‘Amiga, você me mostrou coisas sobre mim. Muito obrigada por ter topado’. Foi realmente mágico”, contou a cantora.
Aliás, aqui vai uma curiosidade! Manu compartilhou que se desenhava em um palco com um corset, calça boca de sino e cabelo longo quando era pequena. Durante a performance com Liniker que ela percebeu que estava justamente igual ao que queria ser quando crescesse. “Eu estou orgulhando e honrando a minha criança interior, eu já sou o que eu queria ser quando eu era mais nova”. Fofo demais, né?
Acústico MTV: Manu Gavassi canta Fruto Proibido estreia em 2 de fevereiro na MTV e na Paramount+. Ansioso para conferir?