Nasim Pedrad, a Dalia de Aladdin, entrega detalhes de bastidores do filme
A atriz do novo live-action da Disney conversou com a CAPRICHO em Los Angeles
O live-action de Aladdin, que chegou aos cinemas na semana passada, é bem fiel à animação, mas também traz algumas novidades para a trama. Uma delas é Dalia (Nasim Pedrad), a dama de companhia e melhor amiga de Jasmine (Naomi Scott). Se no original a princesa só tinha amizade com o tigre Rajah, na versão com atores de carne e osso o bichano vira uma espécie de pet da filha do Sultão, enquanto Dalia está ali para apoiá-la e ajudá-la em todas as ocasiões. E dessa dinâmica entre as duas surge uma amizade linda e empoderada.
A CAPRICHO conversou com Nasim Pedrad, que dá vida à personagem, sobre representatividade, empoderamento e, claro, algumas curiosidades de bastidores. Vem ver!
CH: Como foi para você interpretar essa nova personagem que não existia na animação?
NASIM PEDRAD: Foi uma honra. Eu cresci tendo Aladdin como o meu filme favorito da Disney e é muito especial fazer parte desta releitura. Tive toda a diversão de poder criar uma personagem do zero, já que a Dalia não existia na animação, mas também pude estar dentro de um mundo que significou muito para mim quando eu era criança. Foi incrível.
CH: Jasmine e Dalia apoiam muito uma à outra, e nós temos falado – não apenas em Hollywood, mas ao redor do mundo – sobre o empoderamento de jovens mulheres e o quanto isso é importante. O que pensa sobre isso?
NASIM: Acredito que toda sociedade se beneficia de mulheres empoderadas, que possuem uma voz e que usam essa voz para o bem. Ter este filme centrado em mulheres que se apoiam desta forma… Parte deste apoio também significa serem brutalmente honestas uma com a outra, sabe? A mãe da Jasmine não está no cenário, então a Dalia representa a figura materna para ela. Eu tenho uma irmã mais nova e me identifiquei muito com esta dinâmica. A Dalia cuida da Jasmine e a apoia em tudo, mas também é muito protetora e sincera. Ela não diz à Jasmine somente o que ela quer ouvir. Isso me pareceu real e muito autêntico. E eu tive muita sorte porque me tornei amiga da Naomi [Scott, a Jasmine], que é extremamente sensível e um ser humano incrível.
CH: Você também tem algumas cenas com o Will Smith. Foi a primeira vez que trabalharam juntos?
NASIM: Sim! E você pode imaginar como me senti, já no primeiro dia de gravações, trabalhando com um dos maiores atores de cinema da nossa geração. Eu não sabia o que esperar, mas ele foi tão incrível, charmoso, bondoso e carinhoso como pessoa. Como profissional, você descobre o porquê de ele ser uma estrela de cinema assim que ele abre a boca. O Will tem uma magia inegável e foi muito legal vê-lo trazer sua voz e sensibilidade para este personagem icônico. Ele realmente dominou o Gênio.
CH: A coreografia e a dança são partes marcantes desse filme. Isso foi um desafio para você?
NASIM: Tivemos uma sequência de dança em que o Jamal Sims, nosso coreógrafo, encorajou Naomi e eu a fazermos um pouquinho de dança livre. Nós não conseguíamos parar de rir porque nos sentimos tão ridículas e bobas! Ficamos tentando dançar de forma cada vez mais estranha para ver se alguém notaria e nos pediria para parar, mas ninguém notou. Eu acho que parte desta dança está no filme, então foi muito divertido.
CH: Este filme celebra a diversidade, algo com o qual ainda não estamos tão acostumados no cinema…
NASIM: Sim. Eu estou tão empolgada para que meninas vejam. Quando eu era pequena e assisti à animação de Aladdin, foi a primeira vez que vi alguém parecida comigo sendo representada, por isso acho que vai ser especial para a nova geração de crianças. Essa é a beleza, sabe? Muitas vão poder ver uma princesa que é diferente das que vieram antes. Claro que depois da Jasmine tivemos a Pocahontas, a Mulan… Eu amo este senso de inclusão.
CH: Outra coisa incrível deste live-action é o figurino…
NASIM: Imagine eu aparecendo de jeans e, em seguida, me transformando na Dalia? Tive que me beliscar! (risos) O Michael Wilkinson, nosso designer, visitou sete ou oito países somente para selecionar os tecidos que usaria nos figurinos. A construção das peças foi feita com muita atenção aos detalhes e autenticidade às culturas que transparecem. Das coisas que usei, cada laço e botão foi tão bem pensado e vinha de alguma parte do mundo, sabe? Agrabah é uma cidade de múltiplas culturas e acho que isso é lindamente representado no figurino.