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‘Minha Vida é um K-drama’ diverte e quebra estereótipos sobre adolescência

Em novo livro, Gaby Brandalise traduz as "dores do crescimento", a descoberta do primeiro beijo e muito mais à lá k-drama, só que em texto.

Por Gustavo Balducci 9 set 2024, 17h42
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paixão pela cultura sul-coreana já inspirou muitas pessoas. No caso de Gaby Brandalise, jornalista curitibana, o k-pop e os k-dramas foram responsáveis por dar um giro completo em sua vida pessoal e profissional. Hoje, ela também é escritora e acaba de lançar Minha Vida é um K-drama, seu primeiro livro publicado pela editora Intrínseca (R$ 43, Amazon)*

“A Coreia do Sul surgiu quando eu estava refletindo sobre as coisas que tinha feito até aquele momento e sentia falta de um desafio. Meus gostos musicais estavam estacionados, não conseguia achar nada interessante – e tudo isso impactava minha criatividade. Quando conheci o k-pop, voltei a criar, mudei de trabalho, transformei minha forma de enxergar as coisas e foi assim que meus livros, influenciados por esses temas, nasceram”, contou Brandalise à CAPRICHO.

A trama, cheia de referências à cultura pop (incluindo menções a artistas, músicas, filmes e séries coreanas), segue Talita, uma garota de 14 anos que está enfrentando as dores do crescimento. Além de lidar com conflitos na escola e o divórcio dos pais em casa, ela sofre por um problema muito específico: ainda não deu seu primeiro beijo.

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“O primeiro beijo é um momento marcante. Na vida adulta, contamos essa história de como foi a experiência para nós. No livro, o beijo simboliza para a protagonista não só uma descoberta, mas a quebra de crenças em que ela vai rever muitas das certezas que tinha sobre os amigos, o amor e ela mesma. E, como as produções coreanas são, para mim, uma referência em histórias de amor e já me inspiraram tantas vezes, inspiraram também a Talita”, afirmou a autora.

Depois de assistir a um k-drama, Talita fica encantada com o beijo entre os protagonistas e propõe um acordo ao único aluno coreano da escola, o introvertido Joon. Em troca de ensiná-la a beijar, ela se compromete a melhorar seu desempenho nas aulas de Artes. Mas, conforme o plano avança, Talita descobre muitas coisas sobre o garoto que ela nem imaginava. Enquanto os dois se aproximam, ela aprende a desconstruir estereótipos, muitas vezes reforçados pela mídia e pelos fãs, sobre a cultura coreana e o próprio Joon.

“Os estereótipos existem. Primeiro, imaginamos e definimos o mundo, para só depois realmente observá-lo e entendê-lo. Todos nós passamos por essa experiência de estar errados sobre o outro. Achei interessante mostrar Talita descobrindo novos amores ao decidir abrir mão das certezas míopes que carregava”, explicou Brandalise.

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A autora ainda aponta que “desejar, admirar, ter curiosidade, tudo isso faz parte da trajetória de qualquer pessoa. O que não faz sentido é colocar as pessoas em lugares distorcidos, como objetos inanimados, que estão ali para serem adorados. Então, ao criar Joon, tive o cuidado de desenvolvê-lo como qualquer personagem: conduzindo sua história como pessoa.”

O que não faz sentido é colocar as pessoas em lugares distorcidos, como objetos inanimados, que estão ali para serem adorados.

Gaby Brandalise, autora de 'Minha Vida é um K-Drama'

Narrado em primeira pessoa, como se fosse um diário, Minha Vida é um K-Drama aborda temas importantes de forma leve e sincera, com momentos engraçados e emocionantes. Segundo Gaby, o conselho para meninas que estão passando por problemas parecidos é ter coragem de expressar seus desejos e fazer suas escolhas.

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“Não tenha medo de desagradar sendo quem você é. A vida só faz sentido quando caminhamos por ela com a nossa assinatura. Quem te ama vai ficar ao seu lado, sempre. E entenda que a dor que o outro te causa não tem a ver com você, mas com ele. Se você tentar ver as coisas dessa forma, o sofrimento irá diminuir muito. Deixe para o outro o que é dele. Tenha mais acolhimento e menos raiva para oferecer.”

Não tenha medo de desagradar sendo quem você é. A vida só faz sentido quando caminhamos por ela com a nossa assinatura.

Gaby Brandalise, autora de 'Minha Vida é um K-Drama'

Participando da Bienal do Livro, que este ano acontece em São Paulo entre os dias 6 e 15 de setembro, Gaby Brandalise, que tem entre seus k-dramas favoritos Itaewon Class, Profecia do Inferno e Kill Me, Heal Me, revelou qual história sua vida seria se também fosse um drama coreano: Moon Lovers: Scarlet Heart Ryeo.

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“Quando estamos escrevendo um livro, não temos ideia de como aquela história irá impactar as pessoas. Está sendo incrível receber mensagens de leitores apaixonados pelos personagens e ver como o livro mexeu com eles e, ao mesmo tempo, como mexeu comigo enquanto eu o escrevia”, disse a autora.

*As vendas realizadas através dos links neste conteúdo podem render algum tipo de remuneração para a Editora Abril.

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