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Louca Por Séries: 6 séries atuais que passam no famoso teste Bechdel

O teste pergunta se a obra de ficção tem duas mulheres com nome próprio e que conversam entre si sobre algo que não seja homens

Por Priscila Harumi 25 nov 2018, 14h10

Recentemente, eu devorei o livro Dando um Tempo, da Marian Keyes (a mesma autora de Melancia, Sushi e outros sucessos). O livro faz diversas referências interessantes que me fez dar um google um monte delas. Amei que até fala de Crazy Ex-Girfriend! (essa, obviamente, não precisei pesquisar).

BBC/Divulgação

A referência que mais me chamou a atenção foi o teste de Bechdel! Eu não acredito que em pleno 2018, eu não sabia o que era esse teste ainda! O teste é simples: a série precisa ter pelo menos duas personagens femininas que tenham nome próprio, que conversem entre si e que o assunto não seja homem! Não parece ser tão difícil, né? Mas você ficaria surpresa de quantas séries não passam pelo teste! Por exemplo, The Flash e Stranger Things quase não conseguem passar no teste.

WB/Divulgação

Bom, sabemos da falta de representação feminina realista no mundo do entretenimento, mas gosto de pensar que boa parte das séries tem feito a parte delas em contribuir para um universo fictício mais igualitário entre homens e mulheres!

Então, em vez de dar destaque para séries que tem dificuldade no teste, quero apresentar as que passam com louvor, porque assim, podemos apreciar juntas essas mulheres fortes e interessantes:

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1) Big Little Lies

HBO/Divulgação

O clichê de que mulheres ricas e bem-sucedidas se encontram para falar de homens? Jamais! Essa série mostra diversas mulheres ricas, vivendo com seus segredos, mas que conversam sobre uma variedade de assuntos: os filhos, a carreira, as ambições, os problemas com outras pessoas e claro, homens. Mas não exclusivamente homens. Jane, Madeline, Celeste, Renata e Bonnie formam um grupo simplesmente maravilhoso! Consegue imaginar com Meryl Streep no elenco?

2) Riverdale

CW/Divulgação

Quem disse que precisa ser uma série adulta ou que adolescentes só falam sobre isso? As personagens femininas aqui são indivíduos próprios, não existem apenas como acompanhantes dos personagens masculinos e tem suas próprias motivações e características. Até parece que Veronica e Betty iam perder tempo apenas com a vida romântica, já que tem tão mais a contribuir.

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3) The Handmaid’s Tale

Hulu/Divulgação

Talvez uma das melhores séries de todos os tempos, essa obra prima do Hulu passa no teste com louvor. Apesar de deixar com um nó na garganta e uma vontade de chorar e gritar ao mesmo tempo. Não consigo imaginar personagens tão fantásticas como June/Offred, Serena, Emily/Ofglen, tia Lydia e Moira falando sobre homens, mesmo nesse mundo aterrorizante dominado exclusivamente por eles.

4) 13 Reasons Why

Netflix/Divulgação

As mulheres dessa série são bem fortes! Cada uma com suas características próprias e conversam bastante entre si, sem que o assunto seja apenas meninos. Hannah e Jessica conversam sobre uma variedade de assuntos da vida, que não é somente sobre a vida romântica.

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5) The Marvellous Mrs. Maisel

Eu tenho que tomar cuidado para não virar apenas uma coluna sobre o meu amor eterno e verdadeiro por Amy Sherman-Palladino. Ela jamais faria uma série que não passaria pelo teste (Gilmore Girls, inclusa). Uma série que se passa no final dos anos 50 sobre a quebra com o imaginário de mulher dona-de-casa e submissa ao marido. Midge descobrindo sua vocação e sua independência, ao lado de Susie, é algo simplesmente lindo e engraçado demais.

6) The Good Fight

CBS/Divulgação

Uma série com Christiane Baranski no papel principal deve passar pelo teste com louvor! Seguindo os mesmos passos de The Good Wife, afinal Diane Lockhart, Maia e Lucca conversam sobre poder, estratégia, política, vida profissional, mas não consigo nem imaginar conversarem apenas sobre homens, quando a vida delas é tão corrida e interessante.

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Aqui são apenas alguns exemplos, mas quis mostrar que é um exercício interessante e curioso. Estou assistindo minhas séries com outro olhar, porque não basta o assunto não ser apenas homens, mas o fato de precisar ter duas personagens femininas com nome próprio e que conversam entre si é algo que não acontece muitas vezes.

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