*** Não quero estragar essa surpresa pra ninguém, afinal, pra mim foi um baque tão grande que me marcou. Mas se você não tem problemas com spoilers, siga em frente (e desculpa ser tão pesada e dramática). Caso contrário, espere ansiosamente por Outlander (que volta hoje finalmente, no canal Fox Premium) comigo nas redes sociais.
Pois é, quase nunca a morte de um personagem querido é esperada. Mas tem séries e séries. Tipo, em Game of Thrones e The Walking Dead, você meio que sabe que todo mundo está correndo perigo 24h por dia. E depois de assistir umas temporadas de Grey’s Anatomy sabe que Shonda Rhimes, a criadora da série, não é muito cuidadosa quando o assunto é destruir nossos corações.
Mas se você me acompanha aqui na coluna Louca Por Séries, sabe que eu estava na minha maratona de Vikings, completamente e perdidamente apaixonada por esses guerreiros nórdicos e suas invasões históricas. Terminei a quarta temporada parte 2 nesse feriado e ainda estou mal com tudo o que aconteceu (então se você está também, vem ajudar conversando com uma amiga no Twitter, por favor).
Depois que terminei essa temporada, fiquei pensativa. Boy oh boy, como é difícil perder um personagem que a gente acompanha na TV! Lembro de alguns que eu chorava como se fosse alguém de verdade e tive que ficar repetindo pra mim mesma que não era real, que era só um personagem fictício.
Minha teoria é que em muitos casos, são anos acompanhando o desenvolver desses personagens. A identificação é imensa e a ligação é tão forte quanto uma pessoa que você conhece de verdade.
Eu amo séries de TV por permitirem essa catarse maravilhosa. Aprendi que catarse é uma espécie de purificação da alma através de uma experiência emocional causada por um trauma. Ou seja, você assiste algo que tem alta carga emocional e através dessa cena, acontece uma espécie de purificação da alma para te ajudar com algum trauma da vida. Não é lindo isso?
O modelo Kubler-Ross diz que existem 5 estágios que as pessoas passam quando estão em luto: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação. Sei que parece meio extremo utilizar elas com personagens fictícios, mas essa é a minha verdade. Em todo caso, esses foram os personagens que foram mais difíceis de me despedir. E confesso que até hoje estou em algumas fases diversas do luto com eles:
1) Negação: Ragnar Lothbrok, de Vikings
Não acredito que isso aconteceu! Até o último momento fiquei esperando que ele desse um jeito, que fosse algum plano dele e que ele iria se salvar. Depois fui ler o que aconteceu com a figura histórica real e o baque foi imenso ao descobrir que ele morreu mesmo. Eu estava esperando tanto um momento de Ragnar e Lagertha ainda. Estou arrasada. Queria que a série desse um jeito dele sobreviver, reaparecer na próxima temporada, porque não sei o que será de Vikings sem o mito, o rei, a lenda que foi Ragnar Lothbrok.
2) Raiva: Derek Shepard, de Grey’s Anatomy
Shonda! Eu parei de assistir todas as séries dela aqui! Está de brincadeira? Que palhaçada! Que maldade! Quanta crueldade! Sim, estou com raiva disso ter acontecido! Não consigo mais assistir essa série… Meredith Grey estaria internada, sedada, completamente maluca com tanta morte em volta dela. E a falta que Derek faz? Não, simplesmente não assisto mais essas maldades de Shonda Rhimes…
3) Negociação: Jack Pearson, de This is Us
Por favor roteiristas! Nem assisti essa morte ainda, mas só de saber que vai acontecer em algum momento, meu coração treme. Por favor, deixa a gente ter algum tipo de fim conclusivo. Deixa a gente ter alguns muitos momentos ainda com o papai Pearson. Eu não estou pronta! Eu aceito se vocês estiverem enganando a gente desde o começo e de alguma forma, ele ainda esteja vivo e ninguém sabia. Eu aceito, porque realmente não estou pronta…
4) Depressão: Tara Knowles, de Sons of Anarchy
Nossa, essa morte cortou meu coração em mil pedaços. O som do choro do Jax, encontrando o amor da vida dele naquele chão da cozinha, é algo que me marcou pra sempre. Eu entendo que a série tinha que continuar, mas ali tudo parou pra mim. Tudo o que Jax fez foi pela família dele e pelo amor a Tara. E a música? Day is Gone é a música perfeita para essa cena e faltam palavras para o quão devastador foi essa cena.
5) Aceitação: Will Gardner, de The Good Wife
Uma das mortes da TV que mais me fez chorar na vida – e olha que eu assisti Grey’s Anatomy. Céus! Foi a morte mais próxima do que acontece na vida real: não tem despedidas, não tem propósito, não tem motivo. Simplesmente aconteceu e destruiu meu coração. Foi a morte mais inesperada e mais fiel à realidade que eu já vi. Hoje já aceitei e entrou para minha lista de melhores cenas que já assisti na TV na vida.
Desculpa ter sido tão depressiva, mas é como me sinto em fim de feriado e fim de série. E você? Qual morte foi devastadora? Compartilha comigo nos comentários ou vem conversar comigo no Instagram @priharumi | Twitter @priharumi | TV Showtime priharumi
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