Lê minski
Meio estranho esse título, né? Mas é só uma tentativa frustrada (muito frustrada mesmo) de imitar o poeta curitibano Paulo Leminski. Neste ano, a editora Companhia das Letras lançou “Toda Poesia”, uma coletânea dos trabalhos do autor. Eu, que não sou lá muito de ler poesia, fiquei apaixonado pela esperteza e pela delicadeza pop de […]
Meio estranho esse título, né? Mas é só uma tentativa frustrada (muito frustrada mesmo) de imitar o poeta curitibano Paulo Leminski. Neste ano, a editora Companhia das Letras lançou “Toda Poesia”, uma coletânea dos trabalhos do autor. Eu, que não sou lá muito de ler poesia, fiquei apaixonado pela esperteza e pela delicadeza pop de Leminski, morto em 1989. Na boa, acho que tem tudo a ver com a gente. A começar pela forma: o autor adora o haikai, um tipo de poema japonês bem curtinho, com três linhas. E ele usa muito bem essas três linhas, viu? É começar a ler para querer postar no instagram (Eu postei no meu, @luxoeriqueza), fazer camiseta, tatuar na testa (desisti dessa última ideia. Como é que eu ia ler?). Separei alguns, dos milhaaares de trechos de que gostei no livro e que, de alguma maneira, me passaram uma mensagem. Repito no post a forma como eles estão publicados no livro.
A estrela cadente
me caiu ainda quente
na palma da mão
(Sobre o que a gente pede na vida?)
Depois de muito meditar
resolvi editar
tudo o que o coração
me ditar
(Sobre seguir nossos desejos?)
E o meu favorito…
Mesmo
na idade
de virar
eu mesmo
ainda
confundo
felicidade
com este
nervosismo
(Por que ter 14, 30, 100 anos, às vezes, é tão difícil?)
Leia
Vale muito
a
pena
(Por que Thiago não para de ser besta e desiste de imitar o Leminski?)
U
m
b
e
i
j
o (ok, parei agora)