A rapper NADA está no Brasil e se apresentou como jurada durante o evento de dança cover KDT. Sua passagem pelo Brasil ainda rendeu um showcase incrível, levando o público à loucura com seus raps. Ela também bateu um papo exclusivo com a CAPRICHO, falando de empoderamento feminino, inspirações e Anitta.
CAPRICHO: Está é a sua primeira vez no Brasil. Está ansiosa para conhecer os fãs e a comida daqui?
NADA: Eu desejava muito vir ao Brasil há algum tempo. Os fãs sempre pedem “venha para o Brasil!”. Então eu vim! Estou muito feliz e ansiosa para conhecer os fãs brasileiros. Sobre a comida, gravei com os youtubers Thaís Midori e Gustavo Kawashita enquanto estava na Coreia, experimentei alguns pratos como churrasco e feijoada, e eles me deram várias dicas do que comer aqui.
CH: Nós acompanhamos sua carreira e sua passagem pelo grupo de k-pop WA$$UP. Agora, como rapper e solista, você está no comando das suas próprias canções. Está é a NADA que você sempre quis ser?
NADA: Estou fazendo o que eu realmente acredito e estou muito orgulhosa disso.
CH: Qual é a melhor parte de estar no controle e de fazer o trabalho do seu jeito?
NADA: Como rapper, com certeza a tarefa mais difícil é compor as letras, mas ao mesmo tempo é a parte mais divertida. Também adoro escolher minhas roupas para os shows e preparar looks pensando “qual a imagem quero passar hoje?”. Estou sempre criando novos personagens.
CH: O hip hop atingiu o mainstream num mesmo nível que o pop. Os rappers têm funções importantes e são parte essencial nas músicas atuais. Você acredita que exista uma responsabilidade maior agora por causa disso?
NADA: Como já fiz parte de um grupo, treinei como idol desde pequena e aprendi muito sobre como devemos nos comportar. Acredito que agora o hip hop também faz parte do mainstream, e minha responsabilidade se tornou um pouco maior sobre o meu comportamento. Quero sempre passar um bom exemplo para os fãs.
CH: Nós adoramos assistir às suas reações aos novos ídolos da música brasileira. Você gosta dos ritmos latinos?
NADA: Ouvi recentemente a faixa Corazón do cantor Maluma e adorei! Os ritmos do reggaeton e do funk brasileiro são meus favoritos. A música brasileira é sempre muito animada e eu adoraria produzir algo nesse estilo.
CH: Você gostaria de colaborar com algum cantor brasileiro?
NADA: Eu sou muito fã da cantora Anitta e sempre comento sobre ela! Adoraria fazer uma parceria com ela.
CH: Recentemente ocorreram alguns casos de machismo na Coreia do Sul, quando fãs masculinos do grupo Red Velvet acabaram deixando a fanbase após a líder afirmar em uma entrevista que leu o livro 82er Kim Ji Young, que está na lista de best sellers na Coreia e é considerado feminista. Você acha que as coisas estão melhorando em relação a misoginia sofrida dentro do mercado musical?
NADA: Assisti ao vídeo em que a líder Irene fala sobre esse livro. Eu acredito que ler ou não ler este livro não significa uma coisa ruim. Os fãs não deveriam agir desta forma. Hoje fala-se muito sobre feminismo e tentam retratar este tema como uma forma negativa para nós, mulheres. Ser feminista não é cometer um erro e sim um desejo para que este pensamento mude e esteja presente em todos os lugares.
CH: Quem são as mulheres que te inspiram?
NADA: Não posso dizer que minha mãe é necessariamente uma inspiração para mim. Na Coreia, os mais velhos ainda possuem um pensamento retrógrado sobre algumas questões, o que atrapalha um pouco na conexão com os mais jovens. Admiro muito a cantora Lee Hyori e me sinto inspirada por ela. Na música ocidental, adoro Beyoncé e Rihanna. Os estilos e as músicas delas me influenciam bastante.
CH: Podemos esperar novidades para os próximos meses?
NADA: Estou trabalhando numa parceria com o mais famoso estúdio de dança sul-coreano, o 1MILLION, que também têm muitos fãs internacionais é um hit no YouTube. Posso revelar que estou preparando um novo single e também toda a coreografia para serem lançados em breve. Então fiquem de olho!
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