Josh Hutcherson fala dos pontos aterrorizantes em Five Nights at Freddy’s
Em entrevista conduzida antes da greve, o protagonista refletiu sobre seu papel no filme inspirado no famoso videogame
Mais um lançamento assustador chegou aos cinemas. Nesta quinta-feira (26/10), Five Nights At Freddy’s – O Pesadelo Sem Fim estreou nas grandes telas com um enredo repleto de elementos aterrorizantes e fantásticos baseados no videogame de mesmo nome.
A história se passa na famosa Pizzaria Freddy Fazbea, que é cenário para uma narrativa repleta de mistérios e muito suspense. No papel principal, Josh Hutcherson interpreta Mike Schmidt, um homem que está fugindo de um grande trauma do passado e consegue um emprego como segurança noturno do local. Ele ainda precisa proteger sua irmã mais nova, Abby – vivida por Piper Rubio – enquanto enfrenta seus próprios fantasmas.
Para saber mais sobre o longa, Josh revelou detalhes de seu papel e dos pontos que mais devem chamar a atenção do público que for assistir a produção da Universal Pictures em parceria com a Blumhouse nos cinemas. Confira a entrevista exclusiva com o ator:
Nota: Os membros do SAG-AFTRA seguem em greve; A entrevista que faz parte desta matéria foi realizada antes do início da greve.
CH: Antes de se envolver nesse projeto, qual era a sua conexão com o videogame em que o filme é baseado?
Josh Hutcherson: Na verdade, eu tinha zero experiências com o jogo antes disso entrar no meu mundo. Mas aí eu descobri que o filme estava sendo feito e que eu seria uma parte dele, então fui na internet, vi toda a base de fãs e história por trás disso. É de outro mundo!
CH: Como você descreveria Mike Schmidt?
J: Eu o vejo como o cara que tem o peso do mundo nos ombros. Ele está tentando apoiar a irmã mais nova, meio que sendo uma figura paterna para ela, ao mesmo tempo em que lida com seus próprios problemas pessoais e procura uma forma de mudar seu passado no decorrer desta história.
CH: Em qual estado a mente de Mike está quando o vemos pela primeira vez?
J: Quando começamos a história, Mike está apenas tentando fazer as coisas funcionarem na vida dele, mas ele não está achando isso muito fácil. Ele não tem um emprego e precisa cuidar da irmã mais nova. Ele ainda está procurando respostas para um trauma do passado nos sonhos deles, então ele não está no melhor estado. E, então, quando ele consegue esse novo trabalho, ele meio que sente que as coisas talvez possam melhorar, mas elas não melhoram…
CH: Como foi seu processo criativo para esse papel complexo?
J: Meu processo com Mike foi encontrar uma maneira de tornar ele e sua história muito fundamentados, já que o mundo de Five Nights at Freddy’s é tão imenso. Então, para mim, tratava-se de entender quem Mike é e o que ele realmente quer da vida e dessa experiência. E como o jogo tem elementos fantásticos e espantosos, misturar esses dois mundos é um desafio em termos de tom, mas acho que a diretora Emma Tammi e o criador do jogo Scott Cawthon encontraram uma maneira de fazer isso.
CH: E como você descreveria o relacionamento do Mike com sua irmã mais nova, a Abby?
J: É complexo. Acho que qualquer pessoa da idade de Mike que perdeu os pais e agora precisa enfrentar a responsabilidade de cuidar de um irmão mais novo estaria mal preparada. Além disso, ele não tem construção certa para proporcionar estabilidade ou a paciência e inteligência emocional necessárias para criar uma criança adequadamente. Então ele não está numa boa situação, mas acredito que o que eles estão passando os torna mais próximos um do outro.
CH: Como foi ver os personagens animatrônicos de Five Nights at Freddy’s ganhando vida?
J: Foi incrível! Ser parte disso depois de ler o roteiro e ver o videogame me fez imaginar como eles poderiam ser, mas o que a Creature Shop de Jim Henson fez é simplesmente fenomenal. Quando os vi pela primeira vez, fiquei impressionado. Eles têm aquela textura e qualidade especiais que só Henson pode fazer, sendo estranhamente realistas e, ao mesmo tempo, quase que uma caricatura. Foi uma loucura vê-los realmente ganhando vida. Eles poderiam ser aterrorizantes quando assombravam meu personagem ou fofos com a irmã mais nova dele, a Abby. Realmente ajudou poder atuar em frente a essas criaturas e não apenas olhar para uma bola de tênis em um suporte ou algo assim. Então, mesmo que trabalhar com animatrônicos possa ter seus altos e baixos, nesse caso foi uma experiência incrível porque eu tinha algo físico e real para interagir.
CH: Por falar na Abby, o que você pode nos dizer de Piper Rubio nesse papel e a dinâmica que vocês tiveram como irmãos?
J: Trabalhar com Piper foi incrível e senti que estabelecemos essa dinâmica irmão/irmã de uma forma linda. Na verdade, não trabalhei com muitas crianças desde que me tornei adulto, mas conseguimos criar um relacionamento especial, embora às vezes fosse difícil apenas porque estávamos nos divertindo muito. É uma alegria imensa estar perto de Piper Rubio e ela é muito talentosa. Amei ver os momentos em que ela estava pensando no papel porque ela tem muita propriedade criativa sobre seu trabalho. Nossa diretora, Emma Tammi, vinha perguntar se ela estava bem e Piper explicava que estava pensando em talvez mudar a fala. Ela estava tão sintonizada com a posição de Abby na história – foi simplesmente incrível fazer parte disso.
CH: Emma Tammi trouxe quais aspectos como diretora?
J: Quando você tem um filme como Five Nights at Freddy’s, que é tão elevado, surreal e complicado em termos de tons, você precisa de uma diretora como Emma, que está sempre procurando pela verdade. Quero dizer, ela é também ótima em saber onde a câmera precisa estar para contar a história – acima disso, encontrar a verdade emocional em um ambiente tão caótico nunca é uma coisa fácil, e ela está sempre procurando por isso porque sabe que é essencial.
CH: O que podemos esperar de Five Nights at Freddy’s?
J: Um filme muito inesperado, que está repleto de reviravoltas. Você ficará com medo, pode ser que tenham algumas risadas, e então você também experimentará alguns momentos emocionantes. E os fãs mais dedicados da franquia podem ficar tranquilos, sabendo que cuidamos do mundo deles e de seus personagens porque Scott Cawthon – o criador do jogo – esteve fortemente envolvido em cada cena que filmamos. Acho que combinar os elementos de terror com as atuações e personagens bem baseados vai fazer disso um filme muito completo e redondo.
CH: Por que você acredita que é importante assisti-lo com o público nos cinemas?
J: Para mim, quase não existe nada melhor do que ver um filme assustador com o público. Acho que existe uma versão em que você se senta em casa, se abraçando no escuro, mas você sempre pode pausar. No cinema, você realmente está se permitindo ser transportado para outro lugar.
Five Nights at Freddy’s está em cartaz nos cinemas.