Você já parou para pensar em como nossos conectamos com diferentes perspectivas e temáticas ao mergulhar em um novo livro? Para Igor Pires, autor responsável por títulos de sucesso como Textos Cruéis Demais Para Serem Lidos Rapidamente e Textos Para Tocar Cicatrizes, a oportunidade de criar percepções distintas de diversas temáticas é uma das coisas que mais gosta de desenvolver na literatura.
“No livro, você pode tudo“, declarou o autor sobre as inúmeras possibilidades de construções de enredos em entrevista à CAPRICHO. Pires, que está trabalhando em novos projetos – incluindo seu primeiro livro de ficção, explicou que é uma pessoa observadora e tem se inspirado em pequenos detalhes de sua rotina para se conectar com sua criatividade.
“Estou escrevendo dois livros ao mesmo tempo e eu estou escrevendo meu livro de meu primeiro livro de ficção”, disse o autor. “São histórias de amor com começo meio e fim. O que me inspirou a escrever esse livro, já dando um mega spoiler, foi uma série que eu amo, Modern Love. Eu amo muito essa coisa de crônicas do cotidiano, sou um observador e amo escrever sobre isso”, acrescentou ele ao destacar que está em busca de expandir seus trabalhos e sua linguagem dentro da literatura.
Pires, inclusive, se surpreendeu em como passou a trabalhar cada vez suas habilidades de escrita e foi descobrindo uma nova forma de criar narrativas: “Eu não sabia que eu tinha essa capacidade de ser tão criativo escrevendo. Ser imaginativo mesmo, de inventar histórias malucas.”
E, apesar da jornada não ser tão fácil, Igor está aproveitando o desafio: “Comecei a escrever um romance e é muito difícil porque você precisa pensar na temporalidade do texto, a história não pode ter furo, você precisa conectar todos os personagens, você não pode abandonar os personagens no meio do livro. Então eu acho que é como se fosse uma equação matemática mesmo, sabe?”
Estou amando me descobrir nesse escritor que inventa coisas que não existem porque acho que é bom você imaginar outras possibilidades.
Igor Pires, escritor
As diferentes perspectivas do fim
Os finais felizes, entretanto, não estarão tão presentes na história. “Nenhum final na história é feliz”, afirmou Pires. “Eu acho que elas não são tristes, elas são retratos do que acontece mesmo. A gente tende a achar que o fim do amor acontece quando você se separa de alguém e, às vezes, não é sobre a separação. É sobre distanciamento, sobre questões maiores“, adicionou o autor.
“Às vezes, para ganharmos alguma coisa, a gente sempre perde. Acho que o livro é sobre isso. Sempre estamos perdendo coisas para ganhar outras”, refletiu Igor sobre como falar sobre fim não precisa ter, necessariamente, uma abordagem triste. Na verdade, o assunto pode trazer um novo ponto de vista de retorno ou de um espaço em branco para ser preenchido por algo diferente.
Para ganhar um pouco da gente mesmo, para voltar para casa, a gente está sempre perdendo.
“Uma vez, um amigo meu uma vez me disse algo que acho que vou levar para o resto da vida. Ele falou: ‘Voltar também é caminho, também é começo.’ E a gente está sempre voltando, né? Fazendo as pazes com a gente, fazendo as pazes com as decisões que gostaríamos de ter tido e não tivemos. Acho que a vida é sobre isso, é sobre esse processo”, completou Pires.
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