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Greve dos roteiristas chega ao fim em Hollywood; entenda o acordo

Após 5 meses, o WGA decretou o fim da paralisação ao chegar em um consenso com os estúdios

Por Da Redação 4 out 2023, 19h44

Grupo de pessoas reunidas da Times Square, em Nova Iorque, com cartazes da greve dos roteiristas e atores — Greve de roteiristas em Nova York Alexi Rosenfeld/Getty Images

A greve dos roteiristas chegou ao fim! Após 5 meses de paralisação, a Associação de Escritores da América (WGA) e Aliança de produtores de cinema e televisão (AMPTP) entraram em consenso sobre o novo acordo – que será negociado em um contrato de 3 anos.

Em um comunicado divulgado pela WGA, os escritores receberam liberação para retornar ao trabalho enquanto uma votação validava os novos termos acordados com os estúdios. Os tópicos do documento incluem novas regras de pagamento, novas condições para programas em serviços de streaming e regularizações no uso de inteligência artificial.

Ainda foi dito que o novo acordo é “excepcional – com ganhos e proteções significativas para roteiristas em todos os setores da associação“. Com isso, diversas séries e filmes retornaram ao processo de desenvolvimento e, de acordo com informações da Variety, a greve dos atores também está caminhando para o fim – o que normalizaria a produção de novos conteúdos e divulgações em Hollywood.

Relembre como começou a greve dos roteiristas e dos atores

A cada 3 anos, um novo contrato é negociado entre a Associação de Escritores da América (WGA), que representa cerca de 11,500 pessoas que escrevem roteiros de produções nos Estados Unidos, e a Aliança de produtores de cinema e televisão (AMPTP), que responde pelos estúdios e produtoras como a Warner Bros Discovery, Apple, Netflix, Amazon, Disney, Paramount e mais.

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O contrato entre as instituições chegou ao fim no dia 1 de maio de 2023 e, como um consenso não foi alcançado, membros do WGA votaram para autorizar a greve, que teve início no dia 2 de maio de 2023. Foi aí que roteiristas e profissionais da indústria levantaram reclamações sobre falta de reajuste nas remunerações e pagamentos abaixo do que seria justo pelo trabalho demandado.

O valor de publicidades arrecadado por serviços de streamings e emissoras também se tornou uma pauta relevante, que intensificou ainda mais os debates. Outro fator que chamou atenção foi o surgimento de conversas sobre o uso de inteligência artificial em roteiros.

Já em agosto, mais de 160 mil atores e atrizes de Hollywood se juntaram à greve dos roteiristas. Após muitas tentativas, o Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA) não entrou em acordo com os grandes estúdios e se uniu ao movimento do WAG. Essa foi a primeira vez em 60 anos que atores e roteiristas entram em greve juntos. Ou seja, o impacto foi ainda maior já atores pararam filmar qualquer projeto, deixaram de participar de entrevistas e promover projetos em eventos, etc.