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Giulia Benite é adolescente que quer mudar o mundo em ‘Chama a Bebel’

Atriz interpreta personagem cadeirante e, além das críticas nas redes sociais, produção do filme viveu a falta de acessibilidade na prática dentro do set.

Por Da Redação Atualizado em 12 jan 2024, 09h20 - Publicado em 11 jan 2024, 18h36

Giulia Benite está de volta às telonas com o novo filme Chama a Bebel. No longa que estreia hoje, quinta-feira (11) nos cinemas brasileiros, ela se distancia da infância brincalhona de Mônica, da Turma da Mônica – personagem que interpretou no live action dos quadrinhos e ganhou fama – e dá vida à Bebel, uma adolescente de 15 anos que sonha em mudar o mundo.

Uma das inspirações da personagem, claro, é a sueca Greta Thunberg que, na mesma idade, liderou protestos contra as mudanças climáticas que repercutiram globalmente. “Queremos destacar que isso é urgente. Não podemos adiar. Fazer um pouco já faz diferença, mesmo que pareça pequeno”, pontuou Benite, em conversa com a CAPRICHO.

Em entrevista à nossa reportagem, a atriz e o diretor do longa, Paulo Nascimento, compartilharam um pouco de como foi o processo de trazer temas tão importantes como sustentabilidade e cuidado com o planeta para um filme jovem. O longa é baseado no livro homônimo, publicado pelo selo Lucens Editorial, da Citadel Grupo Editorial.

“Queremos que o público no cinema se emocione, se divirta e saia com a sensação de que é preciso fazer algo. Pode ser algo pequeno, pode ser feito no dia seguinte, não é algo para ser adiado por 20 anos. Essa é a proposta do filme, e tenho certeza de que vai impactar o público dessa forma”, disse o diretor e roteirista do longa.

Representação no cinema e a vivência de PCDs

O enredo segue a jornada de Bebel, que deixa sua vida no interior para encarar os desafios de viver em uma cidade grande, fazer novos amigos e estudar em uma escola nova. Ela enfrenta não apenas a adaptação ao novo ambiente escolar, mas também desafia um poderoso inimigo local, um empresário envolvido em testes laboratoriais em animais.

Bebel, além de super ativista, também é uma jovem PCD (Pessoa com Deficiência), o que traz ainda mais camadas para sua personagem. Interpretada por Benite, que não é cadeirante, a personagem foi criticada nas redes sociais logo após a divulgação das primeiras imagens de divulgação.

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“O fato dela ser uma pessoa com deficiência trouxe diferentes camadas para o papel”, aponta Benite, que contou com o apoio do ator e artista visual, Rafa Muller, que é cadeirante, para conduzir as cenas com Bebel.

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“No filme, temos o Rafa, que interpreta o professor da personagem, e sua presença foi crucial nesse processo. Foi muito importante tê-lo ao nosso lado, pois ele também é uma pessoa com deficiência. Aprendi muito com ele, tanto para o filme quanto para minha vida pessoal”, declarou a atriz, sem comentar diretamente sobre as críticas direcionadas ao filme.

Ao compartilhar curiosidades sobre o set, o diretor do longa, por exemplo, comentou que, além das críticas nas redes sociais, a produção vivenciou a falta de acessibilidade na prática.

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“Percebi quantas barreiras uma pessoa com deficiência enfrenta na prática, né? Quando chegamos à escola para filmar, eu não tinha ideia de que havia uma plataforma quebrada lá. Mandamos consertar na produtora, pensamos que estava resolvido mas não, aquilo resolvia apenas uma pequena parte. Havia degraus para todos os lados, era um problema.”

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A atriz ainda ressaltou que o filme trouxe representatividade e a chance de mostrar personagens PCD fora do clichê. “O filme proporcionou a ele [Rafa Muller], não apenas profissionalmente, a chance de mostrar uma personagem com deficiência tão forte, determinada e empoderada. Isso é algo que me enche de alegria e orgulho.”

Para ela, Bebel é intensa e vai atrás do que acredita e isso pode ser uma fonte de inspiração para o público.

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Assista abaixo ao trailer de Chama a Bebel:

Chama a Bebel chega aos cinemas nacionais no dia 11 de janeiro.

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Giulia Benite é adolescente que quer mudar o mundo em ‘Chama a Bebel’
Atriz interpreta personagem cadeirante e, além das críticas nas redes sociais, produção do filme viveu a falta de acessibilidade na prática dentro do set.

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