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Filmes e livros fora do comum para curtir o final das férias sem celular

Sim. Livros e filmes (para ler e assistir) e que são muito mais interessantes que o feed da sua rede social preferida.

Por Andréa Martinelli Atualizado em 22 jan 2024, 18h50 - Publicado em 22 jan 2024, 18h50
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ada contra o feed da sua rede social preferida, mas tudo a favor de passar um tempo longe do celular e investir na leitura de livros com mais de 200 páginas e no momento único que é assistir a um bom filme com mais de 2 horas de duração. E, acredite, não tem melhor momento do ano para investir nessas atividades do que o período de férias.

Para te incentivar, nós, da CAPRICHO, selecionamos livros e filmes fora do comum – do jeito que a gente gosta e que vão surpreender a sua galera, além de gerar boas conversas – para você aproveitar os dias que antecedem o Volta às Aulas.

Boys State (2020, AppleTV+)

cena do documntário da appletv+ boys state
AppleTV+/Reprodução

Você já imaginou como seria juntar um grupo de mil jovens – neste caso, meninos – para uma imersão de vários dias e, a partir dela, formar do zero um governo representativo e democrático?

É o que acontece durante as férias de verão no Texas, nos Estados Unidos e se tornou tema de um documentário. Com o mesmo nome do programa, o filme Boys State (Estado feito por garotos, em tradução livre) retrata de maneira impressionante como a divisão entre dois lados ideológicos está enraizada e também deixa explícito como a “velha política” está presente nas novas gerações.

No Rotten Tomatoes – plataforma colaborativa de avaliação – traz o filme com uma taxa de aprovação de 95%. Entre 2020 e 2021, o documentário levou 30 prêmios, entre eles, o Critics’ Choice Documentary Awards. Ah, e a versão com meninas está para estrear, viu? Enquanto isso, o Boys State está disponível na AppleTV+

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Assista ao trailer abaixo:

Heartstopper v.5 – Mais fortes juntos, de Alice Oseman

capa da edição do quadrinho heartstopper v.5, de alice oseman
Companhia das Letras/Divulgação

Enquanto a nova temporada de Heartstopper (Amazon, R$ 69,90*) não estreia na Netflix, você pode não só rever os episódios já disponíveis, mas também ler o 5º volume dos quadrinhos, recém lançados no Brasil.

Nesta etapa, Nick e Charlie estão mais apaixonados do que nunca – afinal, o subtítulo é “mais forte juntos”. Eles estão namorando e Charlie está quase convencendo sua mãe a deixá-lo dormir na casa de Nick e, um mini-spoiler: a sexualidade é um assunto que fica ainda mais intenso, viu?

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Além disso, com a partida de Nick para a universidade no ano seguinte, ambos encaram sentimentos confusos e de ansiedade que, certamente, você também vai se identificar. Heartstopper é sobre o amor de dois meninos, mas ressoa em todos nós.

Você pode ler no seu Kindle, ou comprar a versão física aqui.

How To Have Sex, de Molly Manning Walker (2023, Mubi)

cena da personagem Tara em
Reprodução/Reprodução

How To Have Sex (Como fazer sexo, em tradução livre), poderia ser mais um filme sobre a juventude e o descontrole de ações impensadas, hoje classificadas de forma coloquial como a “vibe de Euphoria”, mas o filme é muito mais que isso. Este é o primeiro longa dirigido por Molly Manning Walker, uma cineasta estreante e jovem.

Nele, três adolescentes britânicas saem de férias e querem se desconectar completamente da realidade, já que o ensino médio acabou e é hora de encarar a vida adulta. O longa não só celebra a amizade feminina, como entrega todas as complexidades existentes nela e, além disso, traz a experiência feminina com sexo sob o olhar… feminino.

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E é aí que entra o ponto central do filme: porque é comum que as primeiras experiências das meninas com sexo sejam atravessadas pela violência e sejam cultivadas com o trauma do silêncio?

Disponível na plataforma MuBi. Veja aqui.

Gênero Queer, de Maia Kobabe (2019, Tinta da China)

capa do livro de maia kobabe, gênero_queer
Editora Tinta da China/Divulgação

Um livro que foi alvo de movimento de censura, com direito até a pedidos de banimento da obra de bibliotecas dos Estados Unidos. Este é Gênero Queer (Amazon, R$ 83,80*), de Maia Kobabe, que foi publicado no Brasil em 2023 pela editora Tinta-da-China.

Em resumo, a obra é a autobiografia de Kobabe. Elu se identifica como assexual (alguém que não sente ou sente pouca atração sexual) e não binárie (quem não se identifica com nenhum gênero), e nas páginas dos quadrinhos, compartilha sua jornada sobre como foi o processo de se enxergar de uma forma diferente e questionar padrões.

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O livro é uma jornada de descobertas com um ótimo toque de cultura pop, passando por David Bowie, One Direction, Tolkien e Harry Potter. Daqui pra frente, se eu escrever mais sobre, é spoiler. 👀

Meninas Malvadas (2023)

frame do trailer da releitura de meninas malvadas
Trailer/Reprodução

Esse dispensa apresentações, né? Vale ir ao cinema assistir, sim. A gente já te contou aqui neste texto que o anúncio do remake deixou muitos fãs da clássica comédia de 2004 receosos justamente por ser um enredo marcado e que atravessa gerações.

Então, o que poderia ser adicionado na nova versão deste verdadeiro marco cultural? O gancho e o ponto chave foram adaptar a versão musical da Broadway, que funcionou muito bem nos palcos mas não recebeu o mesmo destaque do longa de 2004. Agora, ela tem sua redenção nos cinemas.

Ah, e você vai sair de lá amando as maquiagens de Auli’i Cravalho, que interpreta a Janis, dentro e fora do filme (a gente te conta mais aqui) e certamente repensará sua relações (ou não) com a galera na escola.

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Minha Coisa Favorita é Monstro, de Emil Ferris (Cia. das Letras, 2019)

minha coisa favorita é monstro
Companhia das Letras/Reprodução

Sério. Se você não conhece Emil Ferris e Minha coisa favorita é monstro (Amazon, R$ 109*), precisa correr para a livraria. Esta é uma das mais celebradas obras recentes dos quadrinhos no mundo – isso porque Ferris fez todo o projeto gráfico à mão, com canetas esferográficas (sim, aquela que usamos para fazer as provas na escola, o Enem…), e traz uma história super cativante.

A história de Ferris é o diário de uma menina de dez anos, Karen Reyes, que no cenário político de 1960, em Chicago, nos Estados Unidos, tenta investigar sozinha um assassinato misterioso que aconteceu em seu prédio. Mas, na verdade, o livro é um verdadeiro suspense mágico sobre nossos monstros reais e imaginários.

Você pode ler no seu Kindle, ou comprar a versão física (nesse caso, muito mais legal, aqui).

Saltburn, de Emerald Fennell (2023, Prime Video)

cena de barry kougahn olhando para jacob elordi em saltburn
Reprodução/Reprodução

Filmes lindos e com crítica social incisiva? Gostamos. Esse é Saltburn, da diretora Emerald Fennell, que mistura um thriller sobre desejo, poder e classe social de uma forma cativante (mas com cenas bem explícitas e até… escatológicas, viu?).

No longa, o personagem Oliver Quick, interpretado por Barry Keoghan, é um estudante de aparente classe média que ingressa na Universidade de Oxford e está tentando se adaptar a um mundo de jovens com um estilo de vida extravagante, bem diferente do seu.

Ele acaba se aproximando de Felix Catton, interpretado pelo ator do momento, Jacob Elordi, e é aí que a trama começa. Nada de “assistir” ao filme a partir de comentários ou vídeos nas redes sociais, hein? Disponível no Prime Video.

Mandíbula, de Mónica Ojeda (Autêntica, 2018)

capa do livro mandíbula, de monica ojeda
Autêntica/Divulgação

Tudo começa quando Fernanda, uma estudante do Ensino Médio não tão dedicada assim, mas apaixonada por literatura e filmes de terror (alguém aí se identifica?) acorda com os pés e as mãos amarrados em uma cabana no meio da floresta.

Pois é, parece coisa de terror, mas, na verdade, estamos falando de um romance… perturbador. Em Mandíbula (Amazon, R$ 55,52), a escritora equatoriana Mónica Ojeda explora as complexidades, medos e conexões geradas pelas relações entre meninas e mulheres, mães e filhas, alunas e professoras, amigas e por aí vai. É um texto que coloca a nossa imaginação para funcionar, viu? 

Você pode ler no seu Kindle, ou comprar a versão física aqui.

*As vendas realizadas através dos links neste conteúdo podem render algum tipo de remuneração para a Editora Abril.

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