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Fefe Schneider e Bibi Tatto levam amizade da vida para Avassaladoras 2.0

Em entrevista exclusiva, as influenciadoras contaram como foi protagonizar e coproduzir seu primeiro filme para os cinemas

Por Arthur Ferreira 13 jun 2024, 13h38
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esta quinta-feira, 13 de junho, chega aos cinemas nacionais o filme Avassaladoras 2.0, uma nova adaptação da comédia romântica de 2002 para a geração atual. As influenciadoras Fefe Schneider e Bibi Tatto, que são muito amigas na vida real, interpretam duas adolescentes em uma aventura repleta de mentiras e surpresas. Em entrevista exclusiva para a CAPRICHO, elas contaram como foi a experiência de levar a amizade para as telas.

Para Fefe, que dá vida à Bebel, atuar ao lado de Bibi foi um “presente de Deus”. Ela explicou que, como o longa foi gravado em 2021, elas precisaram morar juntas durante o processo de filmagem por conta do protocolo de segurança envolvendo a Covid-19. Para ela, a convivência com a parceira de cena foi fundamental para a preparação: “Se precisássemos bater uma cena, estávamos lá. Se estivéssemos nervosas, estressadas ou com medo, ajudávamos uma à outra.

Bibi Tatto, que interpreta Lu, a melhor amiga de Bebel, comentou sobre a química entre as duas: “Foi surreal quando descobrimos que íamos fazer o filme juntas. Foi a realização de um sonho das duas. Foi delicioso porque tínhamos uma pessoa de confiança com quem podíamos desabafar no meio das gravações.

No filme, acompanhamos Bebel, uma adolescente apaixonada pelo influenciador ativista ambiental J-Crush (Murilo Bispo). De sua casa em Hollywood, ela troca mensagens com J enquanto finge ser uma atriz em ascensão. Porém, sua mãe Laura (Juliana Baroni) decide que elas irão passar férias no Brasil, onde sua farsa é desmascarada e ela vê os planos com o amor de sua vida escaparem.

Agora, Bebel vai tentar reconquistá-lo com a ajuda de Lu, sua melhor amiga super sincera. Nessa tentativa de recuperar o amor, segredos vão ser revelados e mãe e filha descobrem que têm muito mais em comum do que podem imaginar.

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“A Bebel tinha muito de mim”, compartilhou Fefe sobre a experiência, pontuando ainda que, assim como sua personagem, ela também viveu nos Estados Unidos antes de voltar ao Brasil após a morte de seu padrasto. “Eu não precisei atuar muito. A diretora inclusive disse que eu usei o método de Stanislavski, que é sobre pegar algo que você já viveu e trazer essa emoção para o personagem”, acrescentou.

Assim como suas personagens, tanto Fefe quanto Bibi enfrentaram pressões para se conformar a certos padrões. “Na internet existe muita pressão para seguir um molde, fazer um tipo específico de conteúdo”, contou Fefe, que faz vídeos sobre crimes e casos bizarros, enquanto Bibi ficou conhecida por ser uma das primeiras mulheres criadoras de conteúdo sobre games no Brasil.

Bibi também enfrentou desafios semelhantes, especialmente ao lidar com sua sexualidade publicamente. “Quando isso veio à tona, conversei com muitas pessoas da minha equipe e houve quem dissesse que eu não poderia fazer isso por causa da minha imagem infantil e meus fãs crianças. Mas é nesse momento que você precisa mostrar quem você é”, afirmou Bibi.

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Os bastidores de “Avassaladoras 2.0” foram recheados de momentos engraçados e inesquecíveis. Fefe relembrou um episódio em que, durante uma cena em cima da cama, ela e Bibi acabaram quebrando a mobília. “Todos os momentos eram engraçados”, brincou ela. Outra lembrança divertida foi durante uma cena de brinde com um suco de gosto terrível. “Se você olhar bem, consegue ver a cara dela reagindo ao gosto do suco”, riu Fefe.

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Acho muito legal voltarmos para os cinemas. Durante a pandemia, os jovens perderam o hábito de ir ao cinema. É um momento único e lindo para você ir com a família ou amigos, largar o telefone um pouco e assistir a um filme completo.

Fefe Schneider sobre o hábito de ir ao cinema

Leia a entrevista completa:

CAPRICHO: Fefe, em uma outra entrevista para a CAPRICHO, você mencionou que a história da Bebel tem muitos paralelos com a sua própria vida. Como foi vivenciar essa experiência de atuar enquanto também processava suas próprias emoções pessoais?

Fefe: Eu acho que não precisei atuar muito. A diretora inclusive disse que eu usei o método de Stanislavski, que é sobre pegar algo que você já viveu e trazer essa emoção para o personagem. E a Bebel tinha muito de mim. Brinco que eu não estava atuando, só seguindo as falas da Bebel, porque era muito eu ali na tela. Acho que conseguimos imprimir isso não só nas vivências da Bebel com o pai e o padrasto, de ter perdido o padrasto, mas também na minha amizade com a Bianca, com quem sou amiga na vida real. Essas relações já existiam, e só levamos isso para a tela. Acho que isso ficou bonito no cinema.

Como foi para vocês a experiência de interpretar melhores amigas, sendo que vocês também são muito amigas na vida real? Vocês acham que isso facilitou a criação da química entre em cena?

Bibi: Foi surreal quando descobrimos que íamos fazer o filme juntas. Foi a realização de um sonho das duas. Foi delicioso porque tínhamos uma pessoa de confiança com quem podíamos desabafar no meio das gravações. Se tivesse alguma dificuldade, teríamos um apoio. Foi perfeito.

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Fefe: Servimos muito de base uma para a outra porque estávamos num período de pandemia, então morávamos juntas. Não saía de perto da Bibi. Estávamos naquele núcleo, e aquela era nossa família. Tínhamos apoio o tempo todo. Se precisássemos bater uma cena, estávamos lá. Se estivéssemos nervosas, estressadas ou com medo, ajudávamos uma à outra. Ter a Bianca nesse projeto foi um presente de Deus mesmo.

Avassaladoras 2.0 é o primeiro filme da Bibi nos cinemas e o primeiro da Fefe como protagonista. Vocês também são co-produtoras. Como estão se sentindo com a estreia se aproximando?

Fefe: Estou muito feliz de ver esse projeto nas telas porque gravamos em 2021. Então tem um tempo que estamos ansiosas para isso sair. Ter co-produzido um filme desses e ser protagonista é muito gratificante. É uma honra porque Avassaladoras foi um sucesso de bilheteria em 2002, ficando atrás apenas de Cidade de Deus. Então, é um filme muito famoso no Brasil. Trazer o segundo para o cinema nacional, numa versão geração Z com quebra de quarta parede e influenciadores, além de questões ambientais, é muito diverso e interessante.

Bibi: Isso traz uma riqueza muito grande ao processo. Às vezes, se fosse um filme sem tantas coisas apaixonantes, não seria igual. Mas este filme tem muitos elementos que nos fazem apaixonar por ele, desde o elenco até a história e todos os aspectos que agregam valor às nossas vidas. Isso fez a gente se apaixonar ainda mais pelo projeto.

Bibi, a Lu, sua personagem, é super sincera e está sempre ali para dar o conselho mais honesto possível. Você se identifica com essas características da Lu?

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Bibi: Essa característica da Lu é algo que trouxe para a Bianca. Sou uma pessoa que às vezes prefere não falar algo sincero, sabe? E a Lu mostra a importância disso. Se a Lu ficasse passando a mão na cabeça da Bebel o tempo todo, ela não entenderia a importância de ser sincera. É o tipo de amigo que todos precisam ter. Alguém que não apoia todas as besteiras que você quer fazer, mas que dá conselhos verdadeiros.

Em Avassaladoras 2.0, Bebel se vê presa em uma trama de mentiras para conquistar o J Crush. Na vida real, vocês já sentiram alguma pressão para ser alguém que não são para alcançar um objetivo? Como lidam com isso?

Fefe: Na internet existe muita pressão para seguir um molde, fazer um tipo específico de conteúdo. Falo por nós duas, eu e a Bianca saímos da caixa. Eu, por exemplo, falo sobre crimes e casos bizarros, e a Bianca abriu o mundo das meninas gamers. Somos duas pessoas que saíram da caixinha. 

Bibi: Quando entrei na internet, fui saindo da caixa, me descobrindo, até em relação à sexualidade. Quando isso veio à tona, conversei com muitas pessoas da minha equipe e houve quem dissesse que eu não poderia fazer isso por causa da minha imagem infantil e meus fãs crianças. Mas é nesse momento que você precisa mostrar quem você é. Muitas pessoas passam a vida inteira se reprimindo e só aos 50 anos decidem ser quem realmente são. Então, quando conseguimos fazer as pessoas serem quem elas são desde cedo, é uma sensação maravilhosa de estar ajudando alguém em seu processo pessoal.

Vocês podem compartilhar algum momento engraçado ou curiosidade dos bastidores de Avassaladoras 2.0?

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Fefe: Todos os momentos eram engraçados. Tem uma cena em que estamos dançando em cima da cama e quebramos a cama. Outra cena é a Bianca fazendo um brinde com um suco horrível, e se você olhar bem, consegue ver a cara dela reagindo ao gosto do suco. É muito bom. Também tem uma cena de um jantar em que estávamos caindo de sono. 

Tem alguma frase ou momento dos bastidores que se tornou uma piada interna entre vocês?

Bibi: A maior piada interna foi da Denise, que tem uma frase que diz “mas no final quem ficou com o Miguel fui eu”. Repetimos isso o tempo todo. 

Sem dar muitos spoilers, vocês têm alguma cena favorita em Avassaladoras 2.0? Por quê?

Fefe: Acho que a cena da praia é icônica para mim. Nunca tinha feito nada do tipo, me jogar no mar de roupa e tênis. E a do bondinho também, amo muito.

Bibi: A cena do bondinho foi surreal. Gravamos no bondinho do Rio de Janeiro, o que é incrível. Foi uma cena importante, inclusive foi a cena que fiz o teste de elenco.

O filme é repleto de reviravoltas. Qual foi a reação de vocês ao descobrir todas as revelações ao ler o roteiro?

Fefe: Eu passava mal de rir. Pensava “não é possível, o que está acontecendo aqui?” Mas essa é a graça do filme, não é só uma comédia romântica de adolescente. Tem muitas reviravoltas e é muito engraçado. Lendo o roteiro, ficávamos imaginando como seria feito. A cena final com todos os atores foi um surto.

Bibi: Lendo o roteiro, não tinha noção do quanto seria intenso. Quando o elenco deu vida aos personagens, você foi entendendo. Não fizemos leitura coletiva por causa da pandemia, então tudo aconteceu na hora da gravação.

Fefe: Cada vez que assisto ao filme, descubro algo novo e engraçado. É muito bom.

Por fim, qual mensagem vocês gostariam de deixar para os fãs que estão ansiosos para ver o filme?

Fefe: Acho muito legal voltarmos para os cinemas. Durante a pandemia, os jovens perderam o hábito de ir ao cinema. É um momento único e lindo para você ir com a família ou amigos, largar o telefone um pouco e assistir a um filme completo. Este é um filme leve e divertido. Então vão ao cinema dia 13 de junho! 

Avassaladoras 2.0 já está em cartaz nos cinemas. Confira a programação da sua cidade.

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