Se alguém ainda menosprezava o poder do k-pop, precisou rever suas ideias com a vinda do BTS ao Brasil. O grupo sul-coreano havia anunciado um único show no país, no dia 25 de maio, no Allianz Parque, na cidade de São Paulo, e os ingressos para essa apresentação acabaram em menos de duas horas após o início das vendas.
Por isso, um show extra foi confirmado para o dia seguinte, 26 de maio, no mesmo local. E, novamente, as entradas acabaram em poucas horas nesta quinta-feira (14).
Algumas fãs acamparam no estádio desde o dia 18 de fevereiro para garantir seus ingressos, e muitos dos que estavam lá denunciaram ações de cambistas e até assaltos na fila, que ia do portão B do Allianz até o quarteirão do Shopping West Plaza, em um percurso de quase 1 quilômetro.
Em entrevista à Veja SP, Raquel Santos contou que “cambistas chegavam em bandos e começaram a ameaçar as meninas que acamparam para tentar entrar na fila”. Pais de fãs do grupo contaram ainda ao veículo que alguns homens teriam mostrado facas aos adolescentes para passar na frente deles.
Nos dois dias, as vendas online esgotaram em questão de minutos, e algumas pessoas alegaram ainda que cambistas já revendiam os próprios ingressos online para aqueles que haviam ficado no final da fila física, no estádio. Foram relatados ainda, pela internet, casos de roubos de ingressos àqueles sortudos que conseguiram garantir os seus.
Tanto na segunda-feira (11), quando foram abertas as vendas para o primeiro dia de show, quanto hoje (14), a polícia foi acionada por causa de confusões e bate-boca. Nesta quinta-feira um grupo de fãs denunciou alguns cambistas que aliciavam idosos para comprar ingressos na fila preferencial.
Em sites de revenda de ingressos, entradas para os shows do BTS em São Paulo estão sendo vendidos por valores absurdos, que vão de R$ 1.125 (cadeira inferior) a R$ 12.000 (pista), sendo que os preços oficiais variavam de R$145 a R$750 (fora um pacote VIP que saia por R$ 975).
Vale lembrar que não é recomendável comprar ingressos para shows e outros eventos em fontes não-oficiais, uma vez que a prática de cambismo, ou seja, revender tickets por preços acima dos já estipulados, é crime e, ainda por cima, você não tem a garantia nenhuma de que os ingressos que adquiriu são verdadeiros, né?