O dia 13 de junho tem um significado especial para a maioria dos fãs de k-pop. Foi nesse dia, em 2013, que Jimin, Jin, Jungkook, V, RM, Suga e J-Hope estrearam oficialmente como BTS.
Para celebrar essa data tão importante, a CAPRICHO convidou ARMYs de todo o Brasil para compartilharem sobre o impacto do grupo e das músicas em suas vidas ao longo desses dez anos.
Prepare o coração e se inspire com histórias de superação, esperança e amor:
Lorena Eltz, 23 anos
A criadora de conteúdo já viajou para a Coreia do Sul e hoje estuda coreano.
“Passei por momentos muito complicados durante uma cirurgia e acreditei que não seria capaz de seguir em frente. No entanto, o grupo surgiu em minha vida com letras de músicas acolhedoras e programas que me fizeram passar dias e dias de recuperação rindo. Cada membro me ensinou coisas importantes sobre a vida. Além disso, o meu amor pelo BTS despertou em mim o desejo de estudar algo novo, e agora estou fazendo aulas de coreano há mais de um ano. Também tive coragem para viver novas aventuras e foi assim que acabei indo parar no show do BTS na Coreia do Sul em 2022! Foi como realizar um sonho e acabei chorando muito naquele dia. Poder estar perto deles para agradecer foi incrível.”
Giseli Oliveira, 35 anos
Conheceu BTS durante a pandemia e ganhou forças para enfrentar a depressão.
“Eu estava no pior momento da minha vida, em tratamento psiquiátrico de uma depressão que já se arrastava há anos, e que a pandemia fez piorar muito. Foi num desses dias que me deparei com um vídeo do grupo discursando na ONU. Foram palavras sinceras vinda de jovens do outro lado do mundo que me tocaram profundamente. Eles falavam sobre o amor próprio. Isso despertou uma curiosidade em tentar entender quem eram aqueles rapazes, que além de muito bonitos, tinham uma mensagem poderosa. A partir daquele discurso comecei a ouvir as músicas, e pude entender a mensagem deles ao traduzir as letras.
Passei a utilizar uma técnica que o terapeuta havia me indicado e que começou a fazer sentido para mim: todas as vezes em que os pensamentos intrusivos começassem a surgir, ouvir uma música me acalmava. E assim, eu passei a ouvir cada vez mais as músicas do BTS. Eles sempre tem alguma mensagem quando sinto que tenho alguma recaída. Foi um caminho longo, mas posso dizer que eles me mostraram que vale a pena me amar, que eu preciso ser importante para mim mesma, que a minha opinião vale sim e que eu tenho que ouvi-la e expressá-la.”
Edileusa Santos, 71 anos
Entrou para o fandom ARMY na pandemia, adora o Jin e sempre compartilha mensagens positivas em seu perfil nas redes sociais.
“Entre as sombras, encontrei o brilho do sol no sorriso do J-Hope, a sabedoria na voz do RM, a autoestima no olhar do Jin, a determinação no Jungkook, a poesia nas canções do Suga, a alegria nas brincadeiras do V e a fluidez da vida na dança do Jimin. Através deles, recuperei minha autoestima. Hoje, não abro mão de quem eu sou, porque o tempo pode moldar nossas ações, mas só nós podemos decidir o que queremos ser. Eles me deram coragem, me motivaram com suas músicas e a conexão que eles têm com o ARMY faz com que eu sinta que são meus vizinhos de tão próximos que parecem.
Também conheci pessoas maravilhosas no Twitter graças ao grupo e agora faço parte do Delta Noonas, além de participar do projeto Army has no age no canal Army.stv. Eles vieram para fazer a diferença na vida das pessoas, influenciando sentimentos, política e meio ambiente. São embaixadores da ONU, da moda e do esporte. São sete rapazes diferentes entre si, mas como grupo descobriram sua força através do respeito, amor, amizade e humildade, sentimentos que são verdadeiramente inspiradores. Tenho orgulho de ser ARMY e não há idade limite para amar. Permita-se amar. Todo ser vivo merece respeito simplesmente por existir. Em uma noite interminável. Foi você quem me deu a manhã – Make It Right.”
Giulia Bressani, 28 anos
A jornalista começou a trabalhar com k-pop e fez tatuagens em homenagem ao grupo.
“Existe uma espécie de crença entre os fãs de BTS que diz que os meninos entram na sua vida quando você mais precisa deles, e comigo não foi diferente. Era final de 2017 e eu tinha voltado de um intercâmbio, estava desempregada e tinha terminado um relacionamento recentemente, então estava em um momento bem difícil, quando uma série de coincidências colocou o BTS na minha vida quando eles se apresentaram com a música DNA no American Music Awards. Depois, comecei a conhecer e me aproximar da música pop coreana como um todo e, após quase dois anos sem trabalhar com jornalismo, voltei a escrever justamente cobrindo shows e falando sobre lançamentos. A partir de então, comecei a me especializar no ramo, e focar meu trabalho no k-pop, até que em 2021, tive a oportunidade de ir para Los Angeles quando o BTS voltou aos palcos após a pandemia e participei da coletiva de imprensa deles, um momento do qual tenho muito orgulho como profissional, e sem dúvida uma das minhas memórias favoritas como fã.
Sempre fui uma pessoa muito ligada a datas, e sei exatamente o dia em que o BTS entrou na minha vida (20 de novembro de 2017) e sempre fiz questão de celebrar. No meu primeiro ano como ARMY, fiz minha primeira tatuagem para eles, um verso da música You Never Walk Alone. No segundo aniversário, tatuei o desenho de um planeta que o Namjoon fez em uma homenagem para o fandom. Em 2023, no último mês de maio, celebrei meus 2000 dias com o BTS com mais duas tatuagens: uma frase que Namjoon escreveu em uma carta e uma homenagem a DNA, que não só foi a música que me apresentou ao BTS, mas que fala justamente sobre vidas que se cruzam por um motivo, um lembrete de que absolutamente nada é por acaso.”
Juliana de Oliveira Follador, 25 anos
Fã desde 2018, criou o projeto B-Armys Acadêmicas que reúne pesquisadores sobre BTS.
Comecei a consumir muito mais conteúdo sobre o BTS quando estava no último ano do meu trabalho de conclusão de curso da faculdade. Decidi mudar o tema para arquitetura cenográfica aplicada em um conceito de show do álbum Map of the Soul: Persona e passei a compartilhar sobre isso na internet. Percebi que era bastante desafiador encontrar material de pesquisa direcionado para o que eu procurava estudando em português, e até mesmo em inglês, já que em 2019 o BTS estava em ascensão, mas não havia muita informação disponível.
Felizmente, encontrei outros pesquisadores que também estavam realizando seus próprios estudos sobre BTS, e começamos a trocar informações e nos apoiar mutuamente. Foi nesse ambiente de apoio mútuo que tive a ideia de criar o B-Armys Acadêmicas, que hoje funciona como uma associação, mas na época era mais um ponto de encontro para acadêmicos que precisavam de orientação. O projeto foi crescendo e hoje recebemos muitas mensagens sobre como o BAA ajudou as pessoas a tomar decisões sobre qual curso seguir. Alguns relatam que, ao verem minhas pesquisas, se motivaram a ingressar na arquitetura também. É incrível ver como tudo começou com um grupo de poucos pesquisadores e agora já somos mais de 50, com mais de 200 pessoas tendo passado pela equipe. É realmente inspirador testemunhar o impacto positivo que podemos ter uns nos outros por meio do nosso trabalho em comum.”
Yasmin Souza, 24 anos
A arquiteta e designer criou uma loja que vende peças inspiradas no grupo e viajou à Nova York este ano para assistir ao show solo de Suga.
“Conhecer esses sete artistas transformou positivamente a minha vida. As mensagens presentes em suas músicas são reconfortantes, motivadoras e inspiradoras para mim e para milhares de pessoas. O BTS traz consigo uma forma de cura e crescimento. Através deles, eu também encontrei amizades incríveis que agora fazem parte do meu dia a dia. Além disso, tive a oportunidade de criar a minha própria “Magic Shop”, conhecida como Yante, uma das minhas maiores realizações.
Como arquiteta, muitas clientes do meu escritório, que também são fãs do BTS, pediam itens de decoração inspirados no grupo para seus projetos de interiores, mas que fossem diferentes do comum. Foi assim que surgiu a Yante, uma loja que combina estilo clássico e elegância, trazendo a essência dos meninos em cada produto. Sempre foi um sonho produzir produtos com minhas próprias artes autorais, mas parecia algo distante de ser alcançado. No entanto, com o surgimento do BTS, a oportunidade de criar quadros decorativos, canecas, cadernos e até mesmo ecobags apareceu. Tudo isso porque o ARMY, o fandom do BTS, me incentivou e acolheu, assim como os próprios integrantes. Suas palavras, ideologias e músicas me fizeram sentir segura e capaz de perseguir e realizar meus sonhos, o que de fato aconteceu. Obrigada, BTS, por me permitirem amá-los de forma genuína. Estarei aqui com vocês, pois sei que o melhor ainda está por vir.”
João Martins, 31 anos
O professor de inglês é conhecido nas redes como professor ARMY, onde cria conteúdos sobre o grupo.
“Descobri o universo do BTS de forma inesperada em março de 2021, por meio dos vídeos de reações no YouTube. A cada novo vídeo que eu assistia sobre eles, meu carinho e admiração só aumentavam! Quando percebi, já estava falando sobre o grupo em todas as minhas redes sociais. Hoje, após pouco mais de dois anos como ARMY, não consigo mais imaginar minha vida sem BTS. Me apaixonei não apenas pela música, mas pelo lado pessoal de cada integrante. Cada um deles tem sua própria essência, o que torna o grupo verdadeiramente singular. Também conheci pessoas incríveis dentro do fandom e fiz amizades que levarei comigo para o resto da vida.”
Carmen Silvia Lucas, 57 anos
Conheceu BTS com a música Dynamite e também faz parte do grupo Delta Noonas.
“Em 2020, passei por uma série de problemas familiares e de saúde que me levaram a entrar em uma fase de depressão. Contudo, aos poucos, minha vida se tornou cheia de luz, como se fosse um milagre. Minha autoestima foi renovada e, por meio do BTS, descobri uma nova forma de viver. Conheci pessoas maravilhosas de diferentes lugares do Brasil e do mundo, aprendi sobre outras culturas e minha vida se tornou mais movimentada.
O BTS tem o poder de transformar vidas e, certamente, transformaram a minha. Sinto-me como se voltasse no tempo e me visse novamente como uma adolescente, mas com uma experiência de vida maior. Amo todos os sete integrantes, mas o meu favorito é o Jimin.
Nós, ARMY com mais idade, devemos mostrar que o amor e o gosto por diferentes gêneros musicais não estão restritos somente aos jovens. Devemos amar e respeitar a todos, independentemente de suas preferências, pois é assim que encontraremos a verdadeira felicidade. Hoje, sou mais feliz porque ser ARMY é demonstrar a força de um fandom que respeita e ama esses sete artistas.”
Tiffany Mishima, 30 anos
Criadora de conteúdo, tem um canal no YouTube dedicado ao BTS.
“BTS influencia minha vida diariamente de várias formas. Eles são um refúgio no meio do caos que muitas vezes enfrentamos. Além disso, tiveram um impacto tão significativo na minha vida que é perceptível para qualquer pessoa que me conheça. Eu sempre fui uma garota tímida, quieta e reservada. O tipo de pessoa que fala baixo e odeia ser o centro das atenções. No entanto, meu amor e admiração pelos meninos e pelo trabalho deles me deram coragem para criar um canal onde passei a falar sobre eles.
Eu precisava de um lugar para compartilhar com outras pessoas o quanto o trabalho deles é incrível, como eles são pessoas admiráveis e surtar a cada lançamento. Essa experiência me fez acreditar mais no meu potencial e desenvolver habilidades que eu nem sabia que tinha. Minha capacidade de comunicação melhorou consideravelmente e, mesmo que pareça bobo, isso teve um impacto enorme na minha vida. Ganhei mais confiança, autoestima e coragem para expressar meus pensamentos. Isso se reflete desde as interações mais simples do dia a dia até no aspecto profissional.
Recentemente, graças ao canal, também tive a oportunidade de fazer minha primeira viagem internacional para conhecer a Coreia do Sul, o que foi uma experiência transformadora. Nada disso teria acontecido se eu não tivesse me encantado por eles em 2019.”
Qual é a sua história especial com o BTS? Compartilhe nas redes sociais usando a #BTSnaCH <3