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Fãs brasileiros de BTS lançam projeto que une pesquisa e paixão pelo grupo

O B-Armys Acadêmicas é uma plataforma com análises, podcast e dicas para estudantes

Por Gustavo Balducci 11 jun 2020, 17h41
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CAPRICHO/Divulgação

Já imaginou transformar o BTS no tema da sua pesquisa acadêmica? Acredite, essa já é uma realidade para muitos universitários apaixonados pelo grupo de K-pop. E, pensando na necessidade de inspirar e ajudar outros estudantes, um grupo brasileiro irá lançar o B-Armys Acadêmicas, plataforma que busca conectar fãs ao campo dos estudos com enfoque no boy group.

Reunindo material educativo, análises, podcast, e dicas sobre como começar uma pesquisa, o portal do BAA estreia oficialmente nesta sexta-feira, dia 12, às 18h — A data é uma homenagem ao aniversário do septeto que completa sete anos de debut. Se liga: 

Tudo começou com um grupo de Whatsapp organizado em 2019 pela arquiteta Juliana de Oliveira Follador, 22 anos, de Santos (SP): “Enquanto realizava meu TCC, senti dificuldade de encontrar fontes confiáveis e outros acadêmicos sobre BTS no Brasil. Essa necessidade me encorajou a publicar nas redes sociais e, através delas, descobri que existiam outros Armys pesquisando temas tão diversos quanto o meu, mas que também não tinham nenhum lugar para conversarem sobre o assunto”, explicou. Sua monografia, apresentada em dezembro e intitulada Arte, Arquitetura e Cenografia – Proposta Cenográfica de MAP OF THE SOUL: PERSONA, chamou atenção de outros estudantes na web.

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Hoje, o grupo é formado por 45 pesquisadores de diferentes regiões do país, e esse crescimento significativo foi o pontapé inicial para que Juliana (ao lado de outros colegas) transformasse o B-Armys Acadêmicas num espaço ainda maior: “Já existem outras ações sociais e coletivos criados pelo ARMY, porém, a necessidade de estimular e auxiliar os fãs brasileiros na produção acadêmica — além de construir uma boa relação entre estudo e aprendizado — também é muito importante”, afirmou. Animada com a repercussão do projeto, Follador deseja cursar pós graduação em Set Design na K-Arts, uma universidade da Coréia do Sul.

O BAA, contudo, não é composto apenas por arquitetos ou designers, e reúne acadêmicos de outras áreas do conhecimento, como é o caso do Thyago Teixeira de Souza, 22 anos, do Rio de Janeiro (RJ), estudante de Letras que utiliza semiótica para analisar os clipes da faixa Blood Sweat & Tears. Para ele, o BAA foi fundamental para entender melhor a cultura coreana: “Estava muito perdido antes do BAA surgir. Foi muito bom encontrar pessoas que também pesquisam a Onda Coreana” disse. Vivendo no Rio de Janeiro, seu próximo passo é continuar pesquisando os mvs do BTS no mestrado.

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Quem também faz parte da iniciativa é Ana Luíza Gomes Barbosa, 23 anos, formada em jornalismo  que vive em Fortaleza (CE). Com uma pesquisa focada em analisar os videoclipes Intro: Persona e Boy With luv para compreender o discurso narrativo transmitido através da performance do grupo, ela contou à CH que o trabalho do boy group também a ajudou nas dúvidas e escolhas profissionais: “Todas as mensagens de aceitação, encorajamento e superação presentes nas músicas e mvs do BTS me fizeram acreditar que eu poderia fazer tudo aquilo que já me disseram que eu não seria capaz. Compreendi que ser ambiciosa não é ruim quando se tem um sonho, e que sonhar alto nos leva até lugares incríveis”, e completou, “Espero que o BAA seja uma plataforma que traga conforto, pois durante a minha pesquisa, passei muito tempo sozinha, ouvindo palavras desmotivadoras e correndo atrás de pesquisas com muita dificuldade. Meu desejo, então, é que o BAA faça essa experiência ser mais agradável e acolhedora para outros estudantes”.

Os pesquisadores que integram o projeto esperam contribuir com a produção de conteúdos originais, a fim de que a cultura e a música pop sul-coreana sejam cada vez mais valorizadas e tratadas como assuntos sérios e relevantes pela academia. “Esperamos trazer uma mensagem desconstruída sobre o que é o BTS e o que ele representa”, refletiu Gabrielly Guimel, 23 anos, de Campinas (SP), que também participa da ação.

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Entre os destaques do portal, que já conta com os painéis Acadêmico, Cobertura, Como Fazer, Estações, Olhar, Prateleira e Visual, está a seção Artes, onde exibirá fanarts, poesia, moda, colaborações e entrevistas com profissionais do setor. O B-Armys Acadêmicas pode ser acessado através do site www.barmysacademicas.com e suas publicações serão divulgadas nas redes sociais oficiais (Instagram e Twitter) do projeto.

Atualmente, estima-se que mais de 20 milhões de pessoas façam parte do ARMY, tornando o fandom composto por um público de adolescentes, mulheres, homens, mulheres de meia idade com mais de 30 anos, pessoas não-brancas, integrantes da comunidade LGBTQ+ e até mesmo intelectuais e cientistas. Demais, né?

Que tal começar a pesquisar BTS para o seu TCC?

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