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Ellen DeGeneres: funcionários denunciam casos de abuso sexual no programa

A apresentadora escreveu uma carta comentando as polêmicas sobre os bastidores de seu programa

Por Amábile Reis Atualizado em 2 ago 2020, 19h26 - Publicado em 31 jul 2020, 15h19

Há duas semanas, o Buzzfeed News denunciou relatos de racismo, intolerância e toxicidade no ambiente de trabalho no programa de Ellen DeGeneres. Agora, a situação ficou ainda mais tensa. Em uma nova matéria da publicação, funcionários falaram sobre assédio e má conduta sexual praticada por produtores-executivos nos bastidores. 

Entre as pessoas expostas, estão Kevin Leman (roteirista chefe e produtor-executivo), Ed Glavin (produtor-executivo) e Jonathan Norman (co-produtor executivo).

Kevin foi acusado por cerca de 12 entrevistados de fazer comentários sexuais explícitos no ambiente de trabalho e disfarçar dizendo que se tratava de piada. Além disso, em 2013, ele teria perguntado a um ex-funcionário se poderia masturbá-lo ou se poderia fazer sexo oral nele no banheiro. Já outro funcionário disse que, em 2017, Leman teria apalpado um assistente de produção e beijado o pescoço dele. Procurado, Kevin negou as alegações: “Durante todo o meu tempo no programa, que eu saiba, nunca tive uma única reclamação no RH ou feita pessoalmente para mim. Estou devastado além do que posso acreditar que esse tipo de artigo malicioso e enganoso possa ter sido publicado.”

No caso de Ed, cinco ex-funcionários alegaram que ele os tocou de forma inapropriada, por exemplo, colocando a mão em volta da cintura deles. Gavin não respondeu as acusações.

Por fim, um funcionário acusou Jonathan de dar mimos, como ingressos de shows, a ele e tentar fazer sexo oral nele também. Três funcionários confirmaram a história, dizendo que o rapaz chegou a confidenciar a história. Através de um comunicado, Norman disse que “nega categoricamente e 100% das alegações”. “Eu nunca fiz qualquer coisa para machucar outro membro da equipe. Nunca. A pessoa que eu imagino que falou isso tem motivos ocultos para derrubar o programa e está agindo com malícia”, declarou.

Desde que as especulações começaram a surgir, a Warner Bros. iniciou um inquérito a fim de investigar o ambiente de trabalho no estúdio do The Ellen DeGeneres Show. Em nota, eles afirmaram que estão levando novas medidas para a equipe.

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A apresentadora também quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre o assunto para o The Hollywood Reporter: “No primeiro dia do nosso programa, eu falei para todos em reunião que o The Ellen DeGeneres Show deveria ser um lugar feliz – ninguém levantaria o tom de voz e todos seriam tratados com respeito. Obviamente, algo mudou e eu estou desapontada em saber que isso aconteceu. E por isso, sinto muito. Qualquer pessoa que me conheça sabe que isso é o oposto do que acredito e quero para o programa.

“Eu também sei que algumas pessoas que trabalham comigo estão falando por mim e me representando mal nessa situação e isso precisa parar. Como alguém que já foi julgada e quase perdeu tudo por ser quem é, eu entendo demais e tenho uma grande compaixão por quem sentiu que era olhado diferente, tratado injustamente ou desigualmente ou, pior, desconsiderado. Pensar que um de vocês passou por isso é horrível“, concluiu.

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