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Diretora fala sobre girlpower em Para Todos os Garotos que Já Amei

"As pessoas têm dificuldades com mulheres no comando no set de filmagens", disse Susan Johnson

Por Mariane Morisawa, de Los Angeles 17 ago 2018, 15h04

No filme Para Todos os Garotos que Já Amei, baseado no livro de Jenny Han e que chegou à Netflix nesta sexta-feira (17), Lara Jean (Lana Condor) passa por um pesadelo: cartas que ela escreveu secretamente para seus crushes do passado são enviadas para eles sem sua autorização, incluindo Josh (Israel Broussard), que mais recentemente foi o namorado da irmã mais velha dela. Para escapar do drama, ela inventa para Josh que está com Peter (Noah Centineo), outro garoto que recebeu uma das cartas. E Peter acaba topando fingir ser o namorado dela para fazer ciúme na ex. A diretora do filme, Susan Johnson, falou um pouco sobre o processo todo de filmagens à CAPRICHO.

CH: O que te fez querer fazer este projeto?

SUSAN: Gostei porque era um filme doce, esperançoso e alegre. Sou a irmã do meio entre três garotas, então realmente entendi o que Lara Jean passa. Minhas irmãs e eu somos muito próximas e isso influenciou minha decisão de fazer o filme, porque acho que a família é o nosso porto-seguro. E esse projeto me deu a chance de ligar para meu namorado do colégio! Foi divertido lembrar daquela época com ele, em que você se preocupa com tudo. Na nossa história ela é exposta de maneira espetacular. Não acho que lidaria tão bem quanto Lara Jean.

CH: Sobre o que o filme fala em termos de empoderamento feminino?

SUSAN: Acho que “enfrente seus medos” é o melhor slogan para este filme. Se eu passasse pelo que a Lara Jean passa, provavelmente me esconderia debaixo de uma pedra por três anos. E ela lida com tudo com tanta graciosidade.

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Susan Johnson (a loira) dirigindo uma das cenas de Para Todos os Garotos que Já Amei Reprodução/Instagram

CH: Nos últimos anos tivemos muitos livros e filmes para adolescentes que eram muito sombrios, sem esperança, e era uma época em que havia preocupação em relação ao futuro, mas as coisas não estavam tão ruins. Acha que o entretenimento em geral vai ter uma mudança?

SUSAN: Acho que sim. Meus filmes favoritos são dos anos 1940, no meio da Segunda Guerra Mundial. Eram filmes com belas imagens, música, estrelas de cinema de verdade. Outra coisa de que gosto em Para Todos os Garotos que Já Amei é que por uma década pelo menos as comédias românticas tinham de ser meio escatológicas, grandes, exageradas, com piadas bestas. Gosto da inocência deste filme e parece que todos coletivamente conseguimos fazer algo honesto sem ser espalhafatoso. Simples, mas no melhor sentido.

CH: Há um apelo por mais mulheres dirigindo filmes em Hollywood. Como você enxerga esse movimento?

SUSAN: Existe uma mudança. Sou produtora há 20 anos, então estou sentindo esta transformação. Acho que já não era sem tempo. Mas ainda temos um caminho longo a percorrer. A relação entre homens e mulheres sempre vai ser complicada e há dinâmicas bem complexas no set com a equipe, por exemplo. Há muitos ajustes a se fazer no set com uma mulher dando as ordens. Muita gente tem dificuldades com as mulheres no comando. Tenho um sobrinha pequena e não posso imaginar ela crescendo num mundo em que toda história que ouve é sob o ponto de vista masculino. Dito isso, eu cresci num mundo assim e estou bem. (risos) Meus ídolos eram basicamente cineastas homens.

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Lana Condor é Lara Jean em Para Todos os Garotos que Já Amei Divulgação/Netflix

CH: O que levou em conta ao escolher os atores?

SUSAN: A química era o mais importante. Tínhamos algumas opções, mas no momento em que colocamos o Noah e a Lana juntos ficou óbvio que eles eram a dupla. E eles são amigos, então entre as cenas são como irmãos, um socando o outro. Mas conseguem virar a chavinha instantaneamente e fazer as cenas românticas puras e doces.

CH: Tem vontade de fazer os outros filmes da série de livros?

SUSAN: Espero que façamos os outros dois! As histórias são boas, temos ótimos atores… Espero que role!

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