De coletor de lixo a bombeiro: conheça Trampo Zika, o novo programa da MTV
A produção conta com Lucas Maciel se jogando na rotina das profissões mais inusitadas
Lucas Maciel é formado em Rádio TV e administra o Selfie Service, seu canal no YouTube com mais de 430 mil inscritos. Um dos quadros do canal que mais obteve sucesso foi o Trampo Zika, no qual ele se dispôs a experimentar a rotina de diversas profissões diferentes. Aquilo que começou como um projeto despretensioso acabou conquistando muita audiência e chamou a atenção da MTV, que decidiu transformar o quadro em um programa para a TV com o mesmo nome. A produção contará com 12 episódios de 30 minutos, nos quais poderemos vê-lo como drag queen, coletor de lixo e até bombeiro!
A CAPRICHO conversou com o Lucas sobre como vai ser o programa, quais foram os “trampos” mais difíceis e qual mensagem ele espera passar com esse projeto. Além disso, ele também contou algumas histórias tensas pelas quais passou e que nos deixaram bem nervosas só de imaginar!
CH: Como você pensou na ideia do Trampo Zika?
LUCAS MACIEL: Eu fiz Rádio TV e lembro que a gente via muito documentário para as aulas. Aí assistimos a um que chamava Boca de Lixo e foi então que eu comecei a pirar nesse formato. A produção mostrava a realidade de um lixão e eu fiquei bem impressionado com o que vi. Depois disso, fiquei horas pensando sobre o assunto e achei que seria legal fazer alguns vídeos sobre profissão, em que eu contasse a história das pessoas de um jeito bem humorado e me jogando nisso. Há uns quatro anos, conheci um motoboy que tinha canal no YouTube sobre o que ele fazia e perguntei se ele toparia fazer parte desse projeto. Combinamos um dia e eu gravei durante horas com ele. Logo depois, editei, publiquei e fiquei esperando para ver o que o pessoal achava. Deu muito certo e comecei a fazer de outras profissões, como coveiro, fazendeiro e polícia científica.
CH: Qual a diferença entre o quadro do YouTube para o programa na MTV?
LUCAS: Os trampos estão bem difíceis, não só de esforço físico, mas que me desafiaram em outros sentidos, como o de drag queen, que tinha que dançar e se montar. Acho que conseguimos mostrar mais o lado dos profissionais, porque colocamos alguns depoimentos no meio. O visual está mais legal, tem mais estrutura de câmera agora.
CH: Qual foi o trabalho mais tenso?
LUCAS: O de bombeiro foi o de mais esforço, foi o que mais fiquei pensando no meio que eu não ia conseguir fazer. Eu tive que ajudar a resgatar uma vítima em um lugar fechado e fiquei sem força. O de alpinismo foi o que mais deu medo, porque tive que escalar uma caixa d’água com mais de 50 metros de altura. O da drag queen foi o mais difícil em geral, porque testou minha confiança. Eu tive que dançar, ficar em cima de um salto por três horas, cantar, usar maquiagem e agir como uma drag, o que foi bem difícil.
CH: Qual episódio é seu favorito?
LUCAS: Todos os episódios são como meus filhos, porque até os mais fáceis foram legais. O que eu trabalhei na hamburgueria era mais simples, mas tiveram algumas tretas entre eu e a Becca Pires, que estava comigo. Já o de coleta de lixo foi muito aprendizado com o pessoal de lá.
CH: Você lembra de alguma história marcante?
LUCAS: Nesse mesmo da hamburgueria rolou uma complicação. A Becca foi atender um cliente que estava apressado e deixou claro que odiava cebola e pediu para tirar do lanche dele. Eu estava na cozinha, peguei o pedido e na correria coloquei muita cebola, porque não vi no pedido. O cara ficou put* e tivemos que refazer o lanche. Aí eu tive a ideia de dar uma batata para ele como um pedido de desculpas, só que estava gelada. O cliente ficou muito bravo e gritou com ela, aí todo mundo ficou nervoso. Ficou um climão.
CH: O que você acha que as pessoas vão aprender ao assistir ao programa?
LUCAS: A gente escolheu profissões com as quais a galera tem um certo julgamento, então o programa vai mostrar que esses trampos não são tão fáceis como pensam e que não são uma zoeira. Por exemplo, o trampo de drag não é levado a sério e não encaram como profissão, e o pessoal não entende como é difícil. O programa vai mostrar como essas pessoas ralam e são julgadas mesmo assim. De outro lado, pegamos algumas profissões que estão presentes na rotina do pessoal, mas a gente não percebe a importância que elas têm, como o coletor de lixo. Você tem aquela imagem do lixeiro pelos cinco segundos que você presta atenção nele quando ele aparece na sua frente, mas você não sabe que ele teve que acordar muito cedo e tem que carregar um peso enorme. No programa você aprende o que pode ser reciclado ou não, acompanha todo um processo que eu não tinha ideia de como funcionava.
CH: Como vocês fizeram para dar valor às profissões do programa e não estereotipar quem trabalha em cada ramo?
LUCAS: Eu fui sem frescura e ego nenhum, assumindo que eu realmente não sabia nada sobre os trampos, mas mostrando que eu curtia o trabalho deles e queria aprender mais sobre. Acho que espectador vai se enxergar bastante em mim, porque ele também pode não saber sobre o assunto. Acredito que deixei bem livre para que eles me corrigissem quando eu errasse e me ensinassem direito, mesmo que dependesse de broncas. Mas tiveram elogios também. (risos)
Trampo Zika chega dia 20 de agosto, às 21h30, na MTV!