Como o príncipe Philip, de Malévola 2, quebra padrões de masculinidade
A CH conversou com Harris Dickinson, o ator que interpreta o personagem em Malévola: Dona do Mal
Se você é fã da Disney, não se assuste se perceber que o príncipe Philip de Malévola: Dona do Mal está um pouco diferente do primeiro filme da franquia. É que ao contrário de Angelina Jolie e Elle Fanning, que repetem os papéis de Malévola e Aurora na sequência do longa, Brenton Thwaites foi substituído pelo britânico Harris Dickinson.
Aos 23 anos, o ator faz sua estreia em uma grande produção do cinema já com um personagem bastante icônico. Ele conversou com a CAPRICHO em Los Angeles sobre a responsa de atuar ao lado de grandes nomes da indústria e como o seu príncipe Philip tenta quebrar padrões de masculinidade, além de revelar algumas curiosidades de bastidores. Vem ver!
CH: O príncipe Philip já existia no primeiro filme. Como foi seu processo de construção desse personagem? Chegou a imitar traços do Brenton Thwaites ou decidiu começar do zero?
HARRIS DICKINSON: Eu já tinha visto o primeiro filme anos atrás, mas quando peguei o papel decidi não revê-lo. Achei que era melhor simplesmente seguir o roteiro novo e criar o meu próprio Philip de onde o segundo filme começava. Tentei entender quem era ele e como era sua relação com a Aurora e com sua família.
CH: O que mais te surpreendeu ao conhecer Elle Fanning e Angelina Jolie?
HARRIS: A Elle não só é uma pessoa incrivelmente talentosa, mas também uma mulher muito encantadora e calorosa. Ela está nessa indústria há um tempão e mesmo assim é supernormal e legal, o que é muito bom de ver. Já a Angelina é impressionante em diversas formas. Ela é atriz, mãe, diretora, filantropa e faz tudo isso parecer muito fácil, embora obviamente não seja.
CH: Você está de cabelo longo no filme. Era seu mesmo ou era peruca?
HARRIS: Era peruca! E eu amei usá-la, sabia? Era tão real que um dia alguns parentes foram me visitar no set e, por mais que eles me vissem o tempo todo com o meu cabelo curto, eles acharam que aqueles eram meus fios de verdade. (Risos)
CH: E a peruca não incomodava?
HARRIS: Não tanto. O Ed [Skrein, que faz o Borra, um dos seres das trevas, como são chamadas as criaturas iguais à Malévola] tinha que passar cinco ou seis horas na sala de maquiagem todas as manhãs. Eu só colocava uma peruca e estava pronto, então não tenho do que reclamar.
CH: Malévola mostra mulheres em posições empoderadas, mas esse segundo filme também tenta quebrar alguns estereótipos de masculinidade. O Philip, por exemplo, não tem medo de mostrar seu amor pela Aurora e o pai dele é supercarinhoso, bem mais do que a mãe. Por que acha que é importante mostrar esse lado para jovens garotos?
HARRIS: Isso foi algo sobre o qual eu e Joachim [Rønning, o diretor] conversamos muito. Nós queríamos ter certeza de que conseguiríamos mostrar o que de fato deveria significar ser homem, especialmente em posição de poder. Acho que é importante retratar isso para o público não para forçar uma opinião, mas para gerar uma reflexão e mostrar que uma outra perspectiva pode ser interessante.
CH: Para você, qual foi a cena mais desafiadora de fazer?
HARRIS: Teve uma mais para o final do filme em que eu tive que fazer um discurso na frente de 400 ou 500 pessoas. Essa foi bem difícil, e era um dia quente, então todo mundo estava meio cansado e com calor. Por sorte, ao contrário das outras pessoas, que tinham roupas bem pesadas, eu pude usar uma camisa aberta, então me dei bem nesse sentido.
CH: Você também se interessa por direção. Se pudesse dirigir a adaptação de algum conto de fadas, qual seria?
HARRIS: Hmmm… Acho que A Pequena Sereia. Eu adoro a ideia de sereias no geral, e seria legal mostrar uma versão mais sombria da história.
Curtiu a conversa com Harris? Então não deixe de ver Malévola: Dona do Mal, que chega aos cinemas em 17 de outubro.
*A CAPRICHO viajou a Los Angeles a convite da Disney.