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Chloë Moretz sobre stalkers: “Situações de perseguição são muito reais”

A atriz conversou com a CH sobre seu novo filme, o suspense Obsessão, que está em cartaz nos cinemas

Por Da Redação Atualizado em 14 jun 2019, 17h29 - Publicado em 14 jun 2019, 17h12

Há anos que séries e filmes sobre stalkers fazem sucesso no cinema e na TV (quem não ficou viciada em Você, da Netflix?). E, nesta quinta-feira (13), chegou às telonas de todo o país um longa que eleva ainda mais a ~arte~ de fuçar a vida do outro.

No thriller Obsessão, Chloë Grace Moretz é Frances, uma garota que sofre com a perda a mãe e, após encontrar uma bolsa esquecida no metrô, acaba fazendo uma amizade improvável com a dona do acessório, uma viúva solitária chamada Greta, interpretada por Isabelle Huppert. Acontece que, com o tempo, Frances vai perceber que a mulher que diz ser francesa e estar distante da filha não é bem o que parece. Ela, na verdade, vem perseguindo a jovem há muito tempo!

Em entrevista, Chloe Moretz falou sobre o que a atraiu no projeto, comentou o que acha dos stalkers e ainda entregou porque decidiu dar uma pausa no trabalho há cerca de um ano e meio. Vem ver!

 

O que chamou sua atenção no roteiro de Obsessão?

CHLOE: Acima de tudo, eu amei a nostalgia do filme. O roteiro parecia um thriller dos anos 90, desses que não vemos mais, como Instinto Selvagem ou Atração Fatal. Além disso, amei também como o filme subverte o típico relacionamento masculino e feminino. Quando li o roteiro, achei que era um filme divertido, mas também uma incrível oportunidade de falar sobre a solidão e como isso afeta as pessoas.

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Sua personagem realmente sofre nesse filme, né?

CHLOE: Frances é ingênua e vulnerável. Ela faz amizade com Greta com as melhores intenções. E a angustiante percepção de que essa mulher, que ela deixa entrar em sua vida, não é nada do que ela pensava que era é pior do que a morte de várias maneiras. Ela não está apenas perdendo alguém, mas essa pessoa escolheu manipulá-la e ir contra ela, o que é de partir o coração.

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Chloë Grace Moretz e Isabelle Huppert são Frances e Greta no suspense Obsessão Galeria Distribuidora/Divulgação

Esse papel mudou a maneira como você pensa sobre stalkers?

CHLOE: É uma representação interessante do cyberstalking. Geralmente pensamos que ele acontece mais em relacionamentos. Mas o fato de ter a Isabelle Huppert vasculhando meu Facebook e enviando fotos falsas de mim de férias com meus amigos é totalmente psicótico, mas também é muito real. Atire uma pedra e você vai acertar alguém que tenha passado por algum tipo de situação parecida com essa. Obviamente não tão terrível, mas situações de perseguição são muito reais na sociedade moderna, e eu acho que isso é muito bem descrito no filme.

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Há alguns anos você tirou um tempo da atuação para tentar se encontrar. O que fez durante esse período?

CHLOE: Eu viajei. Fui para o México sozinha por um tempo e li muitas coisas. Ouvi muitos podcasts e vi filmes.Tirei um tempo para mim e para me sentir confortável com o meu próprio silêncio. Eu tenho uma família muito grande, e sempre fui acostumada ao barulho. É importante descobrir como é estar sozinho e ter seus próprios pensamentos. Quando você passa bastante tempo em silêncio, não consegue evitar encarar suas próprias realidades. E isso foi importante para mim, porque eu abri um diálogo interno comigo mesma, algo que nunca tinha feito no passado, e pude questionar as coisas.

Você sentiu saudade de atuar?

CHLOE: Era difícil não ter essa descarga emocional, mas acho que foi importante descobrir como superar a agitação emocional em minha vida sem usar apenas a atuação. Atuar sempre foi minha terapia, mas quando eu estava atuando, eu tinha que descobrir como processar essas emoções dentro de mim.

Há quem diga que Nova York pode te comer vivo. Você concorda?

CHLOE: Eu não sei. Eu costumava amar Nova York quando era mais nova. Agora, odeio correr por aí. Eu tenho uma vida tranquila. Eu tenho cães, moro com meu irmão, cozinhamos todas as noites e passeamos pelo nosso bairro. Eu amo isso. Eu amo sair de casa e não ter em minha porta vários ônibus e carros e táxis e pessoas. Esse influxo de energia humana é demais para mim. Eu respeito a cidade, respeito os sonhos que podem ser quebrados e construídos nela, mas gosto de ver isso de longe, ou viajar para um fim de semana só. (risos) Eu não aguento a cidade. Há muita coisa acontecendo lá.

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