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CH Entrevista: Vivi conta alegrias e inseguranças de estreia como cantora

Em conversa, a cantora nos contou se pretende continuar com a carreira de influenciadora, spoilers de sua próxima canção e possíveis feats

Por Bruna Parrado Atualizado em 4 abr 2023, 17h45 - Publicado em 4 abr 2023, 13h00

Vivi é um dos principais nomes do TikTok no Brasil e agora dá início a sua carreira como cantora. Realizando um de seus grandes sonhos, a influenciadora lançou no final do ano passado seu primeiro single Playground – que foi um sucesso nas redes sociais e chegou ao Top Brasil no Spotify.

Em entrevista à CH, Vivi contou mais sobre essa nova fase: “Sobre a transição de influenciadora pra cantora, é diferente, querendo ou não. É bem diferente”, explicou. “Vou usar da minha influência, das minhas redes sociais pra poder divulgar meu trabalho como cantora também. Essa é a minha prioridade agora e quero sempre estar postando coisas com referência as minhas músicas.” Nesta terça-feira (4/4), a cantora ainda lança seu segundo single, intitulado VINGANCINHA.

Confira nossa conversa com a Vivi no lançamento de Playground:

CH: Playground foi o seu single de estreia e seu primeiro grande sucesso. Quando você viu a música pronta ou a letra pela primeira vez, você imaginou que talvez fosse ser um hit?

V: Quando Playground foi escrito, eu estava junto. Inclusive, foi a primeira vez que a gente sentou pra compor alguma coisa e coloquei na minha cabeça, falei: ‘Gente, eu não sei compor. Vocês vão me guiar. Me ajudem’. Estava com algumas amigas minhas quando a gente compôs, a galera que estava no estúdio nesse dia está lá nos créditos de composição. E aí, eu me surpreendi porque consegui ter muitas ideia porque sou uma pessoa muito criativa. Eu não sabia montar a música e me juntei com pessoas que sabem, ficou maravilhoso. Eu amei a música desde o começo. Eu já fiquei apaixonada. Achei a minha cara. Não gosto muito de pegar música pronta sem eu estar no lugar quando ela está sendo composta porque dou muito pitaco [risos].

Quando ela terminou de ser composta, falei: ‘Tô apaixonada’. Eu amei a música, mas em nenhum momento pensei que… Não tirei a possibilidade de ser um hit, mas ao mesmo tempo não pensei que ia ser tão hit no TikTok, por exemplo. Não é uma música tão focada pro TikTok, nas danças. A dança também não é muito TikTok – mas graças a Deus deu tudo certo. Tudo maravilhosamente bem. Foi uma surpresa pra mim. Não vou negar.

CH: E não só a música, mas também outra coisa que eu vi que viralizou bastante foi a estética. Você trouxe alguma inspiração nessa parte do projeto?

V: Então, não teve uma inspiração em uma pessoa específica. Todas as minhas ideias de referência foram do Pinterest. Você acredita? Tudo do Pinterest! Eu achei uma aba do Pinterest, um universo lá, minha filha, que ninguém me tira. É um tanto de coisa muito artística, muito diferente e eu pego muita referência de look. Inclusive, o cenário, que é o jogo de xadrez, foi uma ideia que eu vi uma foto no Pinterest de uma menina em cima de um jogo gigante de Monopoly.

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Outra que veio do Pinterest foi a máscara facial. E os adesivinhos porque eu vi um menino que fez uma foto com vários adesivos no rosto que eu amei. Ele tinha até na boca. A gente pensou em fazer na boca, mas não deu muito certo. E também aquela máquina de ursinho foi de uma campanha de maquiagem da Huda Beauty, que eu peguei essa ideia. Você acredita?

CH: E essa estética foi especialmente para Playground ou você vai trazer em outros projetos também?

V: Então, a ideia do verde, de muito jeans e tudo mais é uma ideia que eu vou seguir, mas a de jogo nem tanto. Não vai ter tanto jogo. É mais para o clipe de Playground mesmo. Pensei em sempre ter o verde presente, por exemplo, porque eu não vejo muitas pessoas no Brasil fazendo a lace verde. Já tiveram cantoras que fizeram, mas não que tenha isso como uma identidade visual. E aí adotei.

CH: E o que você pode dar de spoiler do que vem por aí? Tem single? Tem álbum?

V: Então, teve uma entrevista que eu dei que já não concordo mais comigo mesma porque tudo muda. Isso é uma das coisas que a minha empresária falou. Eu dei o maior spoilerzão de uma música. Depois a gente trocou de ideia pra colocar uma outra música na frente, que agora é essa nova ideia. E a gente está sempre mudando. Ou seja, eu dei spoiler de um pedaço de uma música que eu nem sei quando vai sair [risos].

@festivalteen

Spoiler de mais um hit?? 👀🔥 Quem aí já tá ansioso? 😱 @vivi #Vivi #playground #FestivalTeen

♬ original sound – festivalteen

CH: Você pretende continuar no pop ou você vai testar outro gêneros musicais também?

V: Eu sempre gostei muito de pop porque acho que tem tudo a ver com a minha personalidade e eu pretendo, sim, por enquanto, continuar. Esse ano vai ser tudo pop. Quem sabe se alguém me chamar pra uma algo diferente? ‘Vambora‘, mas uma música minha mesmo vai ser pop.

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CH: Falando nisso, tem algum feat. vindo? Você é amiga de várias cantoras brasileiras, como a Luísa Sonza, Anitta e muito mais. 

V: Tem feats. sendo conversados, mas ainda estão sendo conversados. Nada confirmado ainda. Eu quero muito fazer feat. com as pessoas que eu admiro e meus amigos. Pretendo, sim.

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CH: E você está tendo como mentores grandes nomes da música nacional. Você participou do bloco da Luísa, viajou com a Anitta. Teve algum conselho dessas pessoas que você leva pra vida?

V: Eu comentei com a Anitta que eu tinha muita vergonha de me apresentar, que eu estava muito nervosa em relação a isso. Eu falei: ‘Sei cantar, mas não sei performar’. Falei com ela. Uma coisa que ela falou pra mim, que foi a mesma coisa que a minha professora de canto, que é super referência e professora da Manu Gavassi, falou foi: ‘Isso é prática porque essa insegurança, esse nervosismo sempre vai existir, né?’. Todo mundo já teve medo antes de entrar no palco, todo mundo ficou com medo antes de fazer o primeiro show. Têm shows que são bons, têm shows que não são tanto. Não adianta você fugir, é na prática, é fazendo que se aprende.

CH: E outro feat que a gente viu em Playground foi com seus amigos influenciadores, que dançaram no clipe. A presença deles é algo que vai acontecer em outros projetos, talvez no seu próprio balé?

V: Então, como parte do balé oficial não tem como porque eles são muito ocupados. A Clara já até falou com a nossa empresária que ela queria ser dançarina. Eu falei: ‘Clara, você tem um milhão de publicidades pra fazer, minha filha. Eu não tenho nem condição de pagar sua diária, gata.’ Dos meus amigos influenciadores nenhum deles vão ser meus bailarinos. Vão ter participações, sim, nos próximos clipes de alguns deles. A Clarinha, por exemplo, já falou que ela quer e pronto.

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Eu quero sempre estar chamando pra fazer participações especiais, lógico. Ainda mais que são pessoas que que eu confio muito, que me passam segurança. Eles me ajudaram muito no clipe, que eu fiquei nervosa também. Era o meu primeiro clipe, né? E eles me ajudaram muito em manter a segurança no clipe. Acho que se fossem pessoas desconhecidas no primeiro, talvez eu ficaria mais envergonhada.

CH: Além de cantora, você já trabalhava como influenciadora. E a junção dessas duas profissões é muito complicada em questão de críticas. Você foi muito bem recebida no meio musical, mas chegou a sentir insegurança de iniciar esse processo?

V: Sim. Eu falo que eu fiz até uma sessão de terapia antes da minha música lançar pra me preparar psicologicamente para as pessoas criticarem muito, porque eu já esperei muita crítica de uma coisa que eu coloquei tanto o meu coração. Porque quando você faz uma coisa de qualquer jeito, isso não te afeta – mas quando você faz uma coisa que é seu sonho e você leva um mar de críticas afeta, né? Deixa chateada. Acho que se eu tivesse sido muito criticada, talvez eu ficaria me sentindo mal porque eu amei a música, entendeu? Eu amei. E eu tive essa sessão de terapia pra me preparar psicologicamente para o que eu o que eu achava que ia passar.

Graças a Deus teve uma aceitação muito grande. Eu esperava esse preconceito com os influenciadores porque têm influenciadores também que lançam música só por ter vontade de lançar uma música, não tem aquele sonho desde criança. Fala: ‘Ah, eu vou usar isso da minha influência pra quem sabe dar certo nesse ramo também’. Mas sempre foi uma coisa que era o meu sonho. Por isso que demorei tanto pra poder fazer, porque é insegurança, procrastinação, não se sentir suficiente…. Acontece isso. E eu me preparei muito, muito, muito. Eu tive que ter muita certeza pra poder lançar alguma coisa. E eu já esperava que, mesmo eu dando o meu melhor, ia ter muita crítica. Recebi críticas, mas nem tanto. E foi uma surpresa muito grande para mim.

CH: Você se vê continuando como influenciadora também? Como está sendo essa transição?

V: Sobre a transição de influenciadora pra cantora, é diferente, querendo ou não. É bem diferente. Tem coisas que já não se encaixam mais de postar. A gente tem que linkar as duas profissões, né? As duas carreiras que se tornam uma e elas tem que condizer uma com a outra, apesar de serem dois mundos diferentes. Eu sou os dois, eu amo os dois e vou continuar sendo os dois. Vou usar da minha influência, das minhas redes sociais, pra poder divulgar meu trabalho como cantora também. Essa é a minha prioridade agora e quero sempre estar postando coisas com referência das minhas músicas.

CH: E quando você sentiu que era o momento certo de começar sua carreira musical?

V: Então, desde o começo do ano passado, eu já queria muito, muito, muito isso. Se eu não me engano, a gente escreveu Playground em março do ano passado e eu comecei a fazer bastante aula de canto. Queria muito ter conseguido fazer um ano certinho de aula de dança, né? Porque eu acho que uma coisa que o povo mais reclamou no clipe foi que eu sou dura. Sou mesmo. Sou dura. Mas eu não consegui fazer porque eu tive uma complicação no meu silicone. Ele encapsulou, eu tive que operar. Tive que ficar sem fazer exercício físico. Não podia dançar, mas segui fazendo as aulas de canto e foi uma coisa que me ajudou muito na segurança também. Uma coisa que eu não me preparei foi pra me apresentar porque eu achei que ia ter tempo pra isso. Aí, agora eu estou me preparando!

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