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CH Entrevista: 2Z fala sobre estreia, ativismo e amor por trilhas sonoras

A banda sul-coreana vem ao Brasil em junho com a turnê ‘A Crash Landing’

Por Gustavo Balducci 19 mar 2022, 10h00

Antes de vir ao Brasil para uma série de shows em junho com a turnê A Crash Landing, a banda sul-coreana 2Z , composta pelos músicos HoJin (vocais), JiSeob (guitarra), JungHyun (baixo), BumJun (bateria) e Zunon (percussão e teclados), conversou com a Capricho sobre sua estreia, paixão por trilhas sonoras e ativismo no k-pop. Confira:

CH: A banda 2Z estreou em 2020 pouco tempo antes da pandemia de COVID-19 começar. Como vocês lidaram com essa situação?

JungHyun: No começo, não acreditávamos que seria uma situação séria, mas quando a Covid-19 se espalhou e passamos a usar a máscara o tempo todo, percebi a gravidade da situação. Juntos, decidimos tentar contornar a situação para continuar produzindo. Como aconteceu quase imediatamente após a nossa estreia, pensamos que não poderíamos mais recuar. Conseguimos criar um total de 27 músicas autorais nesse meio tempo porque não paramos de produzir, mesmo durante esse período difícil.

CH: E como está sendo poder voltar aos palcos e conhecer o público agora?

HoJin: Quando subo no palco sempre penso como o público vai receber nossas músicas, se estão satisfeitos, desapontados etc. Há sempre emoções novas e excitantes na hora de se apresentar. Também é muito empolgante começar a fazer uma música nova, filmar o videoclipe e falar sobre tudo isso com os outros integrantes. Sempre tentamos transmitir essas emoções complexas e ao mesmo tempo sutis para o nosso público.

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CH: O que vocês sentem que mudou desde a época do debut? Qual foi a lição mais valiosa que vocês aprenderam nesse meio tempo?

JungHyun: “Tudo depende da sua mentalidade”. Esta é uma lição que aprendi durante esses dois anos desde a estreia. Mesmo que seja a mesma coisa, o resultado será diferente dependendo de como você a interpreta. Como nós conseguimos lançar 27 músicas autorais desde a estreia, o que mudou foi a quantidade de entrevistas e apresentações que fizemos. No ano passado, era impossível pensar em turnê ou sessões de autógrafos por causa da Covid, mas esse ano estamos torcendo para tudo se recuperar rapidamente e voltar ao mundo sem pandemia.

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CH: Vocês também ficaram conhecidos por apoiar movimentos sociais importantes como o #BlackLivesMatter nesse meio tempo.

HoJin: Quando perguntaram ao Bono Vox, o vocalista do U2, sobre por que a banda não costuma cantar músicas românticas, ele respondeu: “Muitos músicos já cantam sobre histórias de amor. Eu não sei se queremos entrar nessa mesma lista. Cada artista tem uma filosofia diferente e uma mensagem diferente para transmitir”. A 2Z ainda é muito jovem e não conhece bem o mundo. No entanto, nos últimos dois anos, tivemos muito tempo para pensar sobre o que é importante. Como resultado, pensamos que o que tínhamos que fazer era ser uma boa influência como artistas. Como não entendemos muito sobre política, não pretendemos ficar do lado de nenhuma pessoa ou grupo específico. Ainda assim, o que é importante para nós é que somos todos iguais. Isso é sobre respeitar as pessoas. A razão pela qual nós apoiamos o movimento #BlackLivesMatter foi que era um movimento sobre o respeito ao próximo. Nós, do 2Z, respeitamos todos os direitos humanos. E tenho certeza que todas as pessoas merecem ser felizes.

CH: E se vocês tivessem que escolher uma música da 2Z para recomendar a um novo fã, qual seria?

JiSeob Eu recomendaria Not without U. Há muitas músicas do 2Z para curtir, mas acho que essa é uma música para cantar junto. As partes tipo “OhOh OhOh” faz você cantarolar o tempo todo. Se você ouvir essa música, com certeza vai querer ir ao show do 2Z para cantar junto. Ouça Not without U e apaixone-se pelo 2Z!

CH: Vocês também já gravaram muitas versões cover de músicas do BTS, GOT7 e (G)I-DLE. Qual foi a mais difícil de fazer?

BumJun: A música mais difícil foi Black Swan, do BTS, porque foi a primeira vez que fizemos um cover desde a estreia. Eu estava ansioso para mostrar esse cover para os fãs, mas também fiquei muito nervoso. Para ser honesto, a reação do fandom ARMY foi assustadora. Enquanto preparamos o cover, nos esforçamos muito para expressar nosso estilo, mas como ainda estávamos iniciando nossa carreira, foi tudo mais difícil. Não é fácil escolher as músicas para fazer o cover, então antes de escolher refletimos muito sobre isso. Vocês podem acompanhar nossa evolução nesse sentido também.

CH: A banda já produziu músicas para a trilha sonora dos dramas Kissable Lips, The Tasty Florida e Behind Cut. Como é participar desse tipo de experiência?

Zunon: Trabalhar em trilha sonora é algo que eu realmente queria experimentar, mas houve partes muito difíceis. Pessoalmente, adoro trabalhos de vídeo, como filmes e dramas. Também tenho muito interesse em atuar. Ao participar da criação dessas trilhas, me imaginei como personagem principal de todas elas para entender como a música poderia harmonizar perfeitamente com a história. Nós pensamos muito sobre como nossa música pode expressar o sentimento da cena para os telespectadores e, pensando nisso, ganhamos confiança para continuar trabalhando nelas. Continuaremos trabalhando duro para fazer boas trilhas sonoras para vocês.

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CH: E qual é a parte mais legal desse trabalho?

JiSeob: É transmitir a verdadeira emoção que a cena precisa. Sempre escutamos juntos a música, fechamos os olhos e imaginamos a cena. Ao ouvir a música, temos que conseguir sentir as emoções da cena. E quando conseguimos isso é a parte que nos deixa mais orgulhosos. Pessoalmente, acho muito legal quando a voz de HoJin aparece no primeiro verso e no refrão da faixa Behind Cut. Escutem!

CH: Que outro instrumento musical vocês gostariam de aprender a tocar?

HoJin: Eu gostaria de estudar piano. Quando fiz a audição para entrar na 2Z, minha apresentação foi cantar enquanto tocava um teclado. Nessa época ainda não tínhamos escolhido o vocalista, então foquei no vocal e deixei o piano um pouco de lado. Agora vejo Zunon responsável pelo teclado e também como DJ e sinto um pouquinho de inveja (risos). Me arrependo de não ter praticado mais.

CH: No ano passado, vocês já conheceram e conversaram com alguns fãs brasileiros durante um evento online. Estão ansiosos para se encontrar pessoalmente com eles dessa vez?

Zunon: Durante a pandemia tivemos poucas oportunidades de encontrar com os fãs, mas graças a videochamada tivemos essa oportunidade incrível de interagir com os fãs brasileiros. Eu me senti um pouco envergonhado de conversar virtualmente, mas mesmo assim foi muito bom. Eu sou o integrante mais tímido da banda e por isso não falei muito durante o evento. Nem posso imaginar o quão nervoso vou ficar ao encontrar com vocês pessoalmente nessa turnê. Mas acho que se os fãs me derem apoio eu vou me sentir mais relaxado e vou ficar totalmente à vontade.

CH: Podemos esperar por um cover de música brasileira no show da 2Z aqui no Brasil?

HoJin: Com certeza! É claro que não vou contar qual será a música que iremos cantar, mas sempre que formos viajar para outros países, planejamos cantar uma música no idioma local. Acreditamos que isso irá nos ajudar a simpatizar mais com o nosso trabalho também. Vamos trabalhar duro para cantar em português!

CH: Que mensagem vocês gostariam de deixar para os fãs brasileiros até lá?

BumJun: Brasil e Capricho, muito obrigado por fazer essa preciosa entrevista conosco. Enquanto respondo, fico ainda mais ansioso para encontrá-los pessoalmente no Brasil. Junho está chegando e acredito que muitos fãs irão nos encontrar. Já estou empolgado para viver isso! Vamos curtir muito juntos, nos vemos em junho!

Os ingressos para a turnê A Crash Landing já estão à venda no site do Sympla. Acompanhe também a banda 2Z no Twitter e no Instagram.

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