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Cauã Martins destaca mistério de personagem em Dr4gon, série da Globoplay

A produção é ambientada no universo dos e-sports e acompanha a história de um jovem que precisa aprender o valor do trabalho em equipe

Por Da Redação 18 jul 2024, 09h30

A nova série da Globoplay tem o universo de e-sports como cenário. Estrelada por Cauã Martins, Dr4gon leva o público em uma jornada que envolve amizade e competições. A produção estreia na plataforma em 18 de julho e o ator contou mais sobre seu personagem em material exclusivo para CAPRICHO.

No enredo, Daniel é o irmão mais novo de Ana Paula, vivida por Nanda Marques, e faz sucesso como um habilidoso jogador de e-sports. Ele não costuma ser notado pela família mas, quando seus pais entram em falência, a irmã cria um plano para investir em sua carreira de jogador profissional. Com isso, pela primeira vez, seus pais e irmã passam a conhecer sua personalidade manipuladora.

“Esse lado misterioso do Daniel é a síntese do personagem, você nunca sabe o próximo passo dele. Ele está sempre à frente. E tem muitos momentos na série em que mostramos isso, essa consciência dele, esse mistério. E isso se apresenta nas relações com os outros personagens. As pessoas têm um medo do Daniel, dessa nuvem em volta dele, que elas não conseguem ultrapassar, mas ele está vendo tudo claramente”, disse Cauã sobre seu protagonista.

É só depois de conhecer Horang (Gabriel Kim), seu principal rival nos games, que Daniel vai aprender a importância do trabalho em equipe. “Cauã entendeu esse ar completamente blasé do Daniel. Ele se acha melhor que os outros, mas não fala sobre isso. Ele pode ser insuportável, mas todo mundo fica em torno dele”, compartilhou Ana Saki, roteirista da série.

Confira a entrevista com Cauã Martins sobre seu personagem em Dr4g0n:

Daniel, ou Dr4g0n, é um menino introspectivo e frio. Como você avalia a personalidade do personagem?

Esse lado misterioso do Daniel é a síntese do personagem, você nunca sabe o próximo passo dele. Ele está sempre à frente. E tem muitos momentos na série em que mostramos isso, essa consciência dele, esse mistério. E isso se apresenta nas relações com os outros personagens. As pessoas têm um medo do Daniel, dessa nuvem em volta dele, que elas não conseguem ultrapassar, mas ele está vendo tudo claramente. Esse mistério é a síntese do personagem.

Você já conhecia o universo dos e-games competitivos antes da série? Tinha alguma relação com essa temática?

Eu já gostava de jogar antes, mas nunca fui uma pessoa aficionada por esse universo, não conhecia tanto. Quando entrei no projeto, precisei pesquisar e estudar, além de jogar mais também. E o legal é que a gente tem dois craques dos e-sports no elenco, o Luigi Montez e o Gabriel Kim. A gente aprendeu muito com o Luigi, ele é uma bíblia do Counter Strike. Perguntamos muito para ele sobre o que falar e como agir. Então, foi um processo de bastante estudo pré-gravações, mesmo já estando familiarizado com o universo dos games.

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Rafa (Caio Cabral), Daniel (Cauã Martins), Patos (Erik Vesch) e Ana Paula (Nanda Marques), Ike (Luige Montez), Gui (Thiago Prade) e Kami (Laura Luz) posando em uma sala; alguns atores estão sentados em sofás e outros estão em pé
Rafa (Caio Cabral), Daniel (Cauã Martins), Patos (Erik Vesch) e Ana Paula (Nanda Marques), Ike (Luige Montez), Gui (Thiago Prade) e Kami (Laura Luz) em dr4gon, série da Globoplay Fabio Rebelo/Globoplay/Divulgação

O que você fez para se preparar para dar vida ao personagem? Quais foram seus objetos de estudo?

Uma das primeiras coisas que comecei a pesquisar, assim que entrei no projeto, foi sobre pro players. Mas eu gosto muito também de buscar referências fora do tema do trabalho. Duas referências que eu busquei foram o Michael Jordan e o Kobe Bryant. No caso do Jordan, eu recém tinha assistido um documentário sobre ele e, pensando no Dr4g0n, eles têm muito a competitividade super aflorada, ele cobra muito dos colegas e eu achei que ter essa figura em mente funcionaria muito nessa minha construção. Já o Bryant tem um lado mais frio, que combina muito com o Daniel. No mundo dos e-sports, foi muito legal pesquisar sobre o FalleN, que é um pro player de Counter Strike, e o Coldzera, muito para entender o mundo dos e-sports no Brasil, para saber sobre o estilo de jogo, o comportamento deles ao longo de uma transmissão. Essas foram algumas referências que me ajudaram a construir o Daniel.

Vocês tiveram alguma imersão nesse universo juntos, como um time?

Durante o período de preparação a gente teve uma experiência muito divertida e que me ajudou muito nessa construção de personagem. Todo mundo foi, junto, para uma lan house, jogar uma partida de Valorant. E fiquei no time vencedor, o que foi ótimo, pois começar perdendo talvez tivesse sido um balde de água fria nesse processo (risos). Nos bastidores, a gente jogou muita coisa para além desse mundo de e-sports, como jogos de tabuleiro. Isso nos ajudou a criar uma conexão e, claro, isso resulta na cena.

Quais foram os principais desafios durante todo o processo de fazer ‘Dr4g0n’?

O primeiro desafio do projeto, para mim, foi pessoal. Eu já trabalho há bastante tempo, mas esse projeto é o meu primeiro depois de fazer 18 anos. Deixei de ser um ator mirim para ser um ator adulto, o que envolve mais responsabilidades. Mas está sendo muito bacana esse crescimento e esse novo momento. Outro desafio foi manter a concentração para segurar o personagem durante a gravação. O Daniel é um cara muito mais blasé e eu me empolgo, fico feliz, então preciso estar atento a isso, entre um take e outro.

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Você já tinha trabalhado com alguém do elenco antes?

Eu só tinha trabalhado com a Laura Luz uma vez, mas foi uma coisa rápida, a gente não conversou muito. Em ‘Dr4g0n’, estou cheio de novos amigos. Todos tivemos uma conexão muito boa desde o início.

Como foi, para você, abordar o abismo geracional entre o Daniel e seus pais?

Eu acho os personagens dos pais do Daniel incríveis. Desde as primeiras leituras de roteiro, as cenas deles têm o tipo de humor que eu mais gosto. Essa questão geracional entre eles e o filho é bem explícita, mas ela nunca tem um juízo de valor, do que seria certo ou errado. O filho fica isolado no quarto, os pais não fazem ideia do que está acontecendo naquele mundo. A Ana Paula também fica isolada no mundo dela e, mesmo morando dentro de uma mesma casa, eles não convivem nem conversam.

Quais foram os outros temas tratados na série que você mais gostou de abordar em cena?

Um dos temas que eu acho mais legais que a gente trabalha na série é sobre como um time se comporta. Não necessariamente um time de e-sports, mas um time, formado por personalidades totalmente diferentes e como elas se comunicam e superam os desafios para chegar no objetivo final. Também tem a relação entre irmãos, da Ana Paula com o Daniel, que são pessoas muito diferentes. Ela, super ansiosa, prestativa; ele, indiferente e blasé. Os dois por tanto tempo não se conectavam e por causa do time se reconectam, numa relação que evolui ao longo da série.

Dr4gon estreia na Globoplay em 18 de julho.

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