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Camila Cabello: “quero que a Anitta cante comigo. Eu a adoro!”

Em entrevista exclusiva à CAPRICHO, cantora falou sobre álbum de estreia e possível turnê pelo Brasil ainda este ano

Por Mariane Morisawa, de Los Angeles Atualizado em 22 jan 2018, 16h32 - Publicado em 22 jan 2018, 16h23
Promoção CAPRICHO Volta às Aulas 2018
Divulgação/CAPRICHO

São 10H da manhã, mas Camila Cabello está trabalhando faz tempo. Tanto que deixou o sapato de saltos altíssimos no canto e os substituiu por uma botinha peluda de pata de leão para dar entrevistas. A cantora, que lançou no dia 12 de janeiro seu primeiro álbum solo, Camila, conversou com a CAPRICHO em Los Angeles:

CAPRICHO: Como foi gravar esse álbum?
Camila Cabello: Foi uma loucura. Certamente não fiz da maneira tradicional. Gravei no estúdio por três meses, aí parei para fazer promoção da primeira música. Voltei para o estúdio por duas semanas, então saí para fazer mais promoção. Voltei para mais uma semana de estúdio. Fui encaixando dias de estúdio quando podia. Foi muito doido, frenético, caótico. Mas também muito divertido! Foi incrível. Meu primeiro dia foi 8 de janeiro do ano passado e o último em novembro, então foi quase um ano. Foi a melhor época da minha vida!

O que acha que aprendeu?
Aprendi que é preciso se jogar nas coisas, por mais aterrorizante que pareça. Seja na carreira, no trabalho, num relacionamento, amizade. Em tudo na vida é preciso se jogar.

As músicas parecem muito pessoais.
Sim! Definitivamente. Cada uma se conecta comigo e fala de alguma experiência que vivi. Essa é a parte mais gratificante deste álbum, que ele é tão eu. Sinto que as pessoas realmente vão ouvir quem eu sou.

 

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Em All These Years, você fala de reencontrar um amor do passado. Isso aconteceu mesmo?
Sim. Reencontrei alguém que me fez sentir muitas coisas mesmo tanto tempo depois. Quando vi essa pessoa, fiquei abalada, realmente mexeu comigo. Fui para o estúdio e escrevi a música.

Qual conselho daria para uma garota na mesma situação?
Bem, acho que é importante ser impulsiva e dizer o que sente. Mesmo que você se arrependa um pouco. Porque você vai se arrepender mais se não disser nada.

Agora que pode se expressar completamente, acha que o álbum foi terapêutico?
Certamente! Às vezes queria falar de coisas profundas, em outras só me divertir.

Sony Music/Divulgação
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Muitas vezes garotas são vistas de uma só maneira: se é forte, tem de ser sempre forte. Acha que o álbum é um jeito de dizer que tudo bem ser várias coisas ao mesmo tempo?
Claro! É mais do que tudo bem, é isso que é interessante. Ser uma coisa só é chato. O melhor que podemos fazer é explorar as diferentes partes de nós mesmas. E todo o mundo tem lados diferentes. E neste álbum há músicas fortes, como She Loves Control, Havana, que é super autoconfiante, e outras em que estou sofrendo e insegura, como Consequences e Something’s Gotta Give. Posso ter essas duas garotas em mim.

É verdade que vai para o Brasil?
Quero tanto ir! Quero ir para o Brasil fazer shows e quero que a Anitta cante comigo. Eu a adoro!

Há rumores de que você iria em junho ou julho.
Pode ser, mas ainda não tenho certeza.

Sony Music/Divulgação
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O que gostaria de fazer no Brasil que não teve chance das outras vezes?
Amo o Rio! Amo! É um dos meus lugares favoritos. É lindo. E amo o povo brasileiro: a energia, o calor, a paixão. Adoro música brasileira. E amaria fazer aula de capoeira. Não consegui fazer quando fui da outra vez porque estava muito doente, e a gente tinha show no dia seguinte, ficamos só dois dias. Gosto de fazer coisas normais, não as turísticas. Ir aonde as pessoas que vivem lá vão.

De que música brasileira você gosta?
Amo a Anitta. Adoro Vai Malandra (canta um pedacinho). Qual a outra música dela? (começa a cantar Paradinha). Adoro. Um fã me deu algumas coisas que eu gosto, mas não sei dizer o que. Desculpe, ouço muita coisa.

O que os fãs podem esperar da sua turnê solo?
Certamente vai ser uma experiência. Amo performances ao vivo. É uma parte importante para mim. Realmente trabalho muito nos meus shows. É tão importante quanto o álbum. Vai ser incrível.

Sony Music/Divulgação
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Sei que você ainda não sabe quando vai ao Brasil, mas sei que vai tocar na Argentina em março. Estava com vontade de voltar rápido à América Latina?
Me ofereceram o Lollapallooza, então por isso estou indo. Mas com certeza quero fazer uma turnê de verdade pela América Latina, tocando em diferentes lugares. Isso certamente vai acontecer.

Essa conexão com os fãs latino-americanos é importante?
Sim, 100%. Um dia gostaria de fazer um álbum em espanhol, porque amo música em espanhol e faz tanto parte da minha identidade. Amo voltar ao México, amo a América Latina. Amo meus fãs latino-americanos.

Tem muita interação com os fãs brasileiros, que tendem a ser muito apaixonados?
Eu sei! Isso não é segredo! Eu mantenho contato com eles no Twitter.

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Você se lembra dessa paixão quando esteve no Brasil?
Ah, sim! Foi uma loucura. A gente nem podia sair do hotel. Não dava para fazer nada. Mas foi incrível, na verdade. Os shows, a energia do público, a paixão, como eles vêm falar com você: “Ah, Camila, linda!”. Eles te abraçam. São muito afetuosos, uns fofos, queridos, puros.

Agora temos esse grande movimento do #MeToo, Time’s Up, pelo girl power, igualdade para as mulheres, luta contra o assédio. Como está vendo tudo isso?
Estou feliz que todo o mundo está falando, compartilhando suas experiências, porque isso faz com que as outras mulheres se sintam menos sozinhas. De repente não é mais esse segredo horrível que permite que os abusadores continuem abusando de seu poder. Quando todo o mundo compartilha suas verdades, os abusadores perdem poder.

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