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‘Amarela’ leva identidades nipo-brasileiras para o festival de Cannes

O curta é o único da América Latina na disputa pela Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2024 e acaba de ganhar seu primeiro trailer

Por Arthur Ferreira Atualizado em 21 Maio 2024, 17h26 - Publicado em 21 Maio 2024, 16h54
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curta-metragem Amarela, escrito e dirigido por André Hayato Saito, ganhou seu primeiro trailer oficial nesta terça-feira (21/5). O filme, que está concorrendo à Palma de Ouro no 77º Festival de Cannes, foi selecionado entre mais de 4420 obras inscritas, sendo o único representante da América Latina na categoria.

O diretor André Hayato Saito compartilhou suas motivações pessoais para o filme: “Sempre me senti japonês demais pra ser brasileiro e brasileiro demais pra ser japonês. A busca por uma identidade que habita o entrelugar se tornou a parte mais sólida de quem eu sou. ‘Amarela’ é uma ferida aberta não só do povo Nipo-Brasileiro, mas de todos os filhos das diásporas ao redor do globo que se conectam a esse sentimento de serem estrangeiros no próprio país. Erika, a protagonista, representa o desejo de encontrar nosso lugar no mundo”, compartilhou em comunicado à imprensa.

A trama se passa em São Paulo em julho de 1998, mais especificamente no dia da final da Copa do Mundo contra a França, e acompanha Erika Oguihara (Melissa Uehara), de 14 anos, uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa, está ansiosa para comemorar um título mundial pelo seu país. Em meio à tensão da partida, Erika enfrenta uma violência invisível, mergulhando em um mar doloroso de sentimentos.

O filme será avaliado pelo Júri presidido pela atriz belga Lubna Azabal, e a Palma de Ouro de Curta-Metragem será entregue no sábado, 25 de maio, durante a cerimônia de encerramento do Festival de Cannes.

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“Amarela” é a terceira parte de uma trilogia de curtas da MyMama com André Hayato Saito, que explora sua ancestralidade japonesa. A trilogia começou com “Kokoro to Kokoro”, que abordou os laços de amizade entre sua avó paterna e sua melhor amiga japonesa, e continuou com “Vento Dourado”, que foca na relação entre gerações, tendo como personagem principal sua avó materna, Haruko Hirata. “Amarela” será o ponto de partida para o primeiro longa-metragem do diretor, ‘Crisântemo Amarelo’, projeto que sintetiza a trilogia e que foi selecionado para o Torino FeatureLab 2024.

Amarela foi realizado por uma equipe majoritariamente brasileira com ascendência asiática e marca a estreia nas telas da jovem protagonista nipo-brasileira Melissa Uehara. A produção é assinada por Mayra Faour Auad e Gabrielle Auad, com coprodução de André Hayato Saito e Tati Wan. A direção de fotografia é de Hélcio Alemão Nagamine, direção de arte de Luana Kawamura Demange, montagem de Caroline Leone, com elenco por Gy Ogata, figurino de Yuri Kobayashi, trilha sonora original de Dudu Tsuda e Lilian Nakahodo, produção executiva de João da Terra, direção de produção de Toti Higashi, e produtores associados Fernanda Takai, Rodrigo Pasianotto, Jacqueline Sato e Ilda Santiago.

Mayra Faour Auad, da MyMama Entertainment, destacou a importância da produção: “’Amarela’ traz uma perspectiva linda e forte para o cinema, que fala sobre pertencimento e identidade enquanto demonstra o poder da coletividade. Um cinema que faz parte da curadoria da MyMama, de realizar filmes com propósito, vozes e talentos diferentes e com representatividade, neste caso representando a visão sobre os imigrantes asiáticos no Brasil e no mundo e as diferenças entre identidades e culturas que coexistem em nosso território.”

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‘Amarela’ leva identidades nipo-brasileiras para o festival de Cannes
O curta é o único da América Latina na disputa pela Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2024 e acaba de ganhar seu primeiro trailer

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