O quinto e último episódio do ReeLeitura foi publicado nesta quinta-feira (13) e reforçou a importância do protagonismo e da representatividade negra em todas as esferas políticas e sociais. Para este episódio, nos debruçamos sobre a obra ”Quem pode acalmar esse redemoinho de ser mulher preta”, de Elizandra Souza (@elizandra_mjiba). Além da autora do livro, participaram a médica e apresentadora Thelma Assis (@thelminha) e a artista e criadora de conteúdo Suellen Massena (@suellen.massena)
O projeto é fruto da parceria da CAPRICHO, com Instagram, Gelédes Instituto da Mulher Negra e Africanize e trouxe, nos últimos meses, obras literárias de autores negros brasileiros com o intuito de incentivar a leitura, principalmente de adolescentes.
Para a artista Suellen Massena, é preciso que as pessoas pretas ocupem o lugar de protagonismo nas suas histórias. ”Sabemos que não é de hoje que produzimos literatura nesse país. Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, e tantas outras obras literárias produzidas por pessoas pretas estão aí para provar”, disse.
Para ela, toda essa vontade e ímpeto pode ser resumida dentro de uma frase expressa de pelo coletivo Batekoo, que brinca, neste caso, com os sentidos da palavra ”assistir”. “‘A gente não quer ser assistido, a gente quer se assistir'” Eu digo o mesmo quando se trata de literatura. Nós não queremos apenas ser lidos, queremos principalmente nos ler”.
A importância sobre se ter obras que representam a diversidade negra também é compartilhada pela apresentadora, médica e ex-BBB Thelma Assis: ”Para os jovens negros essa representatividade é extremamente importante, pois traz identificação e empoderamento. Para todos os jovens traz a possibilidade de construirmos uma geração anti-racista através de uma ferramenta muito importante que é a educação”, destacou.
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Para a escritora Elizandra Souza, é importante que as obras de pessoas pretas e negras cheguem a toda a sociedade. Para ela, o racismo acaba roubando a subjetividade e a valorização dos corpos negros como corpos políticos. ”A literatura negra é essa possibilidade de sermos quem quisermos ser. E também estamos pensando que a nossa literatura é o grande portal entre o presente, o futuro e o que nunca morre que é a ancestralidade. Incentivar a literatura negra entre os jovens é a esperança para dias melhores com a possibilidade de existir um país sem racismo e sem machismo. Precisamos projetar este futuro agora no presente”, projeta a autora.
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Tudo, né?
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Aqui você pode assistir ao quinto episódio na íntegra: